NO HORIZONTE, PAISAGENS OCULTAS
Sobre o primeiro segundo de vida,
cegos ignorantes não devemos ser:
também anuncia outra realidade.
Nos cenários complementares,
já nos acompanha, em silêncio,
mas de nós se aproxima cada vez
mais determinada em se mostrar,
a sombra inexorável da morte,
que a nosso lado vai caminhar.
A certeza da morte, a nos lembrar:
nisso, sem exceção, nós somos,
como seres humanos, iguais
na vivência das duas realidades,
sempre atuais e muito presentes,
vida e morte, que se completam.
No segundo de vida derradeiro,
na data que nossa despedida
vier, certeira, a nos acontecer,
uma outra realidade se antevê.
Em ambas as dimensões,
vida e morte, ocaso e alvorada
nas duas realidades universais.
Na luz primeira da vida, as sombras
da morte já se avizinham. Ambas
trazem as sementes da imortalidade.
No horizonte, as paisagens ocultas,
o peso e a leveza da semente imortal,
a sinfonia de uma Aleluia de vidas!
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 24 de abril de 2017
De: Telma
Data: 25 de abril de 2017
Que maravilha, minha querida amiga! Adorei seu
poema. Muito obrigada por compartilhar comigo.
Abraços.
Telma |