OS FIOS QUE TECEM A TERCEIRA IDADE
Presentes e plenos na Terceira Idade,
os silêncios se declaram reflexivos
enquanto seus fios tecem os dias
com ausências e sucessivas perdas.
No vácuo das amizades que se distanciam
forma-se uma atitude trêmula de aceitação,
origina-se a maturidade necessária a viver.
A bengala é de madeira, e não, de carne;
nem com detalhes de prata, não de osso,
mas de madeira, para substituir o apoio
afetivo indisponível, e sem calor humano.
Telefones mudos, cadeiras vazias; se não
tocam as campainhas, ainda repicam sinos,
repercutindo acordes angelicais no infinito
espaço de uma galáxia íntima, simbólicos
ritos. Das vozes a povoar os sonhos vêm
os filetes de pensamentos, desordenados.
Todavia, na conversa íntima, os versos
do poema interior da alma se fazem
companheiros de jornada. Porque o céu
promete, na escrita do espectro estelar,
as luzes imortais de uma aurora boreal.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 10 de junho de 2017
De: João Vianey de Farias
Data: 11 de junho de 2017
Fantástico, Theresa!
Um abraço fraterno,
João Vianey de Farias
De: Milza Guidi
Data: 17 de junho de 2017
Muito lindo. Você viajou na lírica como só os
bons poetas sabem fazer. Um forte abraço
carinhoso.
Milza Guidi
De: Betina Schürmann
Data: 20 de junho de 2017
(...) Muito linda e nostálgica.
Betina Schürmann
De: Elizabeth Fernanda de Campos Barros
Data: 11 de agosto de 2017
Muito bonito, Tia, gostei muito.
Um pouco triste, mas são reflexões verdadeiras
sobre a "maturidade necessária a viver". Há a
necessidade de aceitação de várias situações e
mudanças na vida de uma pessoa. São necessárias
muitas reflexões e equilíbrio emocional nesse
tempo da Terceira Idade.
Acho que a senhora está passando por este
período de forma inteligente e tranquila.
Sempre tomando decisões acertadas e não
desanimando com as dificuldades que surgem.
Um beijo da sobrinha,
Elizabeth |