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								Uma Verdade Inconveniente 
								 
								é um documentário sobre o aquecimento global 
								escrito e apresentado por Al Gore, candidato 
								derrotado por George W. Bush à presidência dos 
								Estados Unidos nas eleições de 2000 e vencedor 
								do prêmio Nobel da Paz em 2007. O filme teve 
								enorme sucesso, ganhando Oscar de melhor 
								documentário e sendo utilizado em escolas do 
								mundo inteiro como material de estudo sobre 
								aquecimento global. 
								O documentário é baseado em apresentações sobre 
								mudanças climáticas que Al Gore realizou pelo 
								mundo inteiro durante muitos anos. Portanto, a 
								maior parte do filme consiste na apresentação de 
								dados e teorias a respeito do aquecimento 
								global. 
								A teoria defendida por Al Gore é de que o CO2 
								gerado pelos seres humanos tem contribuído 
								drasticamente para a elevação da temperatura 
								média da Terra. Esse fenômeno natural está sendo 
								acelerado a taxas muito acima do esperado, o que 
								provoca grandes alterações ambientais. 
								Em suas apresentações, Gore cita o derretimento 
								das calotas polares, a morte de diversas 
								espécies de animais, desastres naturais (como o 
								furacão Katrina), entre outros. 
								Inicialmente, Gore afirma que a atmosfera 
								terrestre é extremamente fina em relação à 
								espessura do planeta, e, portanto, está sujeita 
								a modificações constantes. Explicando o 
								funcionamento do efeito estufa, afirma que se 
								trata de um fenômeno natural e benéfico, pois 
								permite que exista vida na Terra. Se não 
								houvesse efeito estufa, a temperatura média do 
								planeta seria extremamente baixa. Entretanto, de 
								acordo com sua teoria sobre o aquecimento 
								global, a emissão de CO2 em enorme escala devido 
								às indústrias e outras formas de intervenção 
								humana têm causado aumento da espessura da 
								camada atmosférica que retêm a radiação 
								infravermelha refletida do sol. Com isso, o 
								processo natural é acelerado, causando 
								consequências severas para o meio ambiente. 
								Al Gore apresenta fotos de diversas paisagens 
								para demonstrar os efeitos da alteração 
								climática em nível mundial, como lagos que 
								secaram e montanhas com muita neve no topo que 
								agora têm apenas pequenos locais com neve. Ele 
								afirma que essas alterações, além de na maior 
								parte das vezes afetarem os seres humanos, 
								também afetam os animais, acarretando no 
								desbalanceamento de diversos ecossistemas. 
								Alguns animais se adaptam melhor do que outros, 
								e isso traz consequências também para a saúde, 
								como o aumento dos casos de malária devido ao 
								aumento na população de mosquitos. 
								Outra consequência ambiental grave é o aumento 
								do nível do mar devido ao derretimento do gelo 
								na Antártida e na Groenlândia. Além do aumento 
								do nível causado pelo derretimento, as placas de 
								gelo servem como “espelho” para a radiação 
								solar, atrasando o processo de aquecimento da 
								água (refletindo a radiação). Com menos gelo, o 
								escudo natural é defasado e a radiação solar 
								alcança a água mais eficientemente. A água 
								absorve 90% dessa radiação, esquentando mais 
								rapidamente a área ao redor de mais calotas 
								polares e assim o fenômeno cíclico é acelerado. 
								O aumento do nível do mar teria consequências 
								extremamente severas para áreas litorâneas, 
								especialmente para os Países Baixos. 
								O aumento da temperatura dos oceanos também 
								acarreta no aumento da velocidade dos ventos e 
								no aumento da umidade do ar. Com isso, 
								observa-se a presença de tempestades e furacões 
								mais intensos e em áreas de formação diferentes. 
								De acordo com Gore, há má vontade política a 
								respeito do assunto. Os Estados Unidos, maiores 
								emissores de CO2 do planeta, são (na época do 
								filme, junto com a Austrália), a única nação 
								desenvolvida do mundo a não ratificar o 
								Protocolo de Kyoto. Gore afirma que há muitas 
								pessoas que acreditam não haver possibilidade de 
								desenvolvimento econômico sem prejudicar o meio 
								ambiente, e que essa é uma escolha inevitável. 
								Porém, ele discorda dessa ideia, apresentando 
								como exemplo o mercado automotivo americano que, 
								sem imposições de controle de quilometragem, 
								ainda vende poucos automóveis comparado a outros 
								países, como o Japão, que cada vez mais realiza 
								esse controle. 
								Para concluir, Al Gore afirma que “fazer a coisa 
								certa naturalmente nos leva para frente”, e que 
								se cada pessoa fizer sua parte, reduzindo as 
								emissões de CO2, é possível reverter a situação 
								atual. 
								Apesar de conter apelo emocional exacerbado em 
								diversas partes do filme, Uma Verdade 
								Inconveniente possui um bom rigor científico e é 
								apresentado de maneira simples, possibilitando o 
								entendimento geral do público. Ao apresentar 
								sugestões de redução de CO2 nos créditos do 
								filme, Al Gore oferece pequenas soluções de como 
								um grande problema pode ser resolvido se uma 
								resposta global for adotada. 
								 
								
								  
								 
								
								http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/resenhas/filosofiadodireito/1446-resenha-documentario-uma-verdade-inconveniente--al-gore | 
							 
							
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