Theresa Catharina de Góes Campos

     
SEM ARMADURA, NOS LABIRINTOS

A indiferença reina, soberana,
na sociedade, como nas famílias.
Sobrevivo com a força transmitida
pela dedicada melhor companhia.

Alimento, trato bem a mim mesma; 
com bons pensamentos o espírito
ocupo, novos conhecimentos busco,
de olhos e mente abertos, ávida
de aprendizados, acolho vivência
que chega sem aviso, de surpresa.

Se não fosse eu minha melhor,
dedicada companhia, como  
conseguiria viver, neste lamaçal 
infértil de repetidas indiferenças?

No pântano do egoísmo circundante,
superei frieza e distâncias, floresci.
Eu me transformei em minha melhor 
companhia. Sem armadura, sensível.

Amigos e laços afetivos são meus
novelos de Ariadne para escapar
das armadilhas dos minotauros.

Plena de recursos, uso estratagemas
emocionais e mentais. No isolamento,
tento a comunicação. Na indiferença,
aprendo com a empatia. Em tempos
de cegueira, já recorro a uma visão 
que antes eu desconhecia. Consigo 
abrir portas nestes labirintos íntimos.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 21 de novembro de 2017

De: Leman Pechliye 
Data: 22 de novembro de 2017

Amei! Muito bem elaborado! Parabéns!
Leman


De: Maria do Carmo Pereira Coelho
Data: 21 de novembro de 2017

Colossal ! 
Maria do Carmo


De: Elizabete Fernanda Campos Barros
Data: 22 de novembro de 2017

Tia, a senhora está sempre escrevendo textos lindos e profundos.
Com lições de vida. Parabéns!
De sua sobrinha, 
Elizabeth


De: Luci Tiho Ikari
Data: 26 de novembro de 2017

Parabéns pela originalidade de suas poesias !
Luci

 

Jornalismo com ética e solidariedade.