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Participação
de
Theresa
Catharina
de
Góes
Campos
na
antologia
literária
ESCRITOS
X
THERESA
CATHARINA
de
Góes
Campos
(Natal
-
RN,
13/1/1945)
Jornalista,
escritora,
professora
universitária,
tradutora,
conferencista,
blogueira
e
produtora
cultural.
Livros
publicados:"O
Progresso
das
Comunicações
Diminui
a
Solidão
Humana?
Uma
interpretação
histórica
das
comunicações
gráficas
e
audiovisuais,
desde
a
pré-história
até
o
Intelsat"
-
Rio
de
Janeiro,
Editora
Lidador,
1970,
139p.
"A
TV
nos
tournou
mais
humanos?
Princípios
da
Comunicação
pela
TV"
-
com
Prefácio
de
Ariano
Suassuna
-
Recife,
Editora
da
Universidade
Federal
de
Pernambuco,
1970,
362
p.
(Tradução
da
versão
francesa)
"Sons
e
Sinais
na
Linguagem
Universal:
Semiótica,
Cibernética,
Linguística,
Lógica"
de
A.
Kondratov
-
Brasília,
Editora
Coordenada,
1972,
189p.
"Pensamentos
para
Ser,
Agir
e
Viver
Melhor"
-
Brasília,
Ed.
Guanabara,
2007,
134
p.
"Pensamentos
para
Ser,
Agir
e
Viver
Melhor"
-
Brasília,
2ª
Edição,
Ed.
Guanabara,
2008,
160
p.
"Existe
Vida
sem
Poesia?",
Brasília,
Ed.
Guanabara,
2010,
472
p.
"Versos
e
Prosa
de
minha
Infância
e
Adolescência",
Brasília,
Ed.
Guanabara,
2014,
163
p.
==============================
TER
E
VIVER
COM
GLAMOUR...SEMPRE!
Eis
que
tomamos
uma
decisão
que
ilumina
a
nossa
existência,
num
processo
de
viver
com
encanto
e
graça,
realizando
os
projetos
pessoais
que
nos
fazem
assumir
o
que
somos
em
potencial.
Vamos
seguir
pela
vida
escolhendo
bem,
estabelecendo
uma
programação
que
respeite
as
nossas
características
e
nossos
gostos
individuais,
inclusive
refletindo
as
ofertas
da
moda
que
nos
valorizam.
Nos
modelos,
nas
cores
e
formas
diversas,
encontremos
um
estilo
de
afirmação
a
ressaltar
tudo
...ou
uma
parte
importante,
do
que
podemos
contribuir
para
a
sociedade.
Utilizar
os
produtos
oferecidos
para
que
enfatizem
o
nosso
GLAMOUR
com
autenticidade
tranquila,
demonstrando
segurança,
ao
mesmo
tempo
espontânea
e
planejada
nos
detalhes
que
indicam
inteligência
e
maturidade.
Com
o
objetivo
de
continuar
crescendo
- em
termos
físicos,
espirituais
e
mentais
-
vivenciamos
a
prática
necessária
de
atividades
físicas,
inclusive
com
orientação
especializada,
para
que
o
nosso
GLAMOUR
seja
um
espelho
do
que
pensamos
sobre
a
saúde
como
um
conceito
holístico,
que
abrange
a
dinâmica
multidimensional
de
nosso
corpo,
merecedor
de
nossa
atenção
e
cuidados
preventivos,
considerando
que
nos
cabe
a
responsabilidade
(
primária,
porque
primordial
e
fundamental
na
sua
essência
)
intransferível
por
nossa
vida.
Enfim,
uma
mensagem
para
o
mundo,
transmitida
a
cada
momento
pela
consumidora
consciente
de
que
as
opções
criativas
ali
estão
para
que
possa
se
sentir
, em
todos
os
instantes
e
contextos,
alguém
cuja
presença
se
impõe
naturalmente,
com
personalidade
própria
acentuada
pela
competência
na
escolha
do
que
veste,
na
maquiagem
adequada
e
nos
acessórios.
Com
todo
esse
conjunto
de
GLAMOUR,
ela
chega
a
qualquer
ambiente
pronta
para
interagir
sem
medo.
Porque
sabe
quem
é,
acredita
no
que
faz,
tem
sonhos
e se
prepara,
numa
postura
adulta,
para
seguir
se
aperfeiçoando...Uma
coragem
suave,
tão
fundamental
ao
dia
a
dia
feminino,
repleto
de
inúmeros
desafios
que
se
sucedem
e
nos
tornam
mais
experientes
com
o
passar
do
tempo.
Ser
mulher
e
caminhar
de
acordo
com
as
suas
preferências.
Mas
sem
esquecer
de
ampliar
seus
horizontes.
Sem
negligenciar
a
necessidade
da
leitura.
Sem
rejeitar
as
oportunidades
para
o
aprendizado
que
leva
ao
aperfeiçoamento
no
âmbito
cultural.
Acreditando
que
as
portas
do
conhecimento
são
múltiplas.
E
que
as
atitudes
fazem
parte
do
conceito
existencial
do
GLAMOUR
que
se
exerce
na
convivência.
Não
apenas
o
GLAMOUR
visual.
Mas,
principalmente,
demonstrando
tal
GLAMOUR
na
cortesia,
no
refinamento,
na
simpatia
com
que
a
mulher,
em
plena
realização
na
comunidade,
se
dirige
aos
outros,
não
importando
a
sua
condição
socioeconômica,
pois
sabe
tratar
a
todos
com
sensibilidade
de
coração.
E
com
essa
prática
de
uma
rotina
de
solidariedade
humanística
para
com
o
seu
próximo,
acontece
a
reafirmação
do
seu
GLAMOUR,
que
se
torna
facilmente
mais
visível,
porque
multiplicado
em
ações
de
qualidade,
excelência
e
cidadania..
O
GLAMOUR
que
desfila,
na
pessoa
que
sorri
porque
sabe
estar
usando
os
melhores
produtos,
para
circunstâncias,
eventos
e
compromissos
específicos,
no
lazer,nos
estudos
ou
no
trabalho,
tem
bases
na
realidade
concreta
dos
materiais
utilizados
e
nos
avanços
técnicos,
industriais
e
científicos
da
atualidade.
Ainda
assim,
esse
GLAMOUR
que
todas
nós
desejamos
ter,
sonhando
viver...SEMPRE
com
GLAMOUR...,
ainda
tem
uma
outra
dimensão,
que
vai
muito
além
...porque
também
precisamos
cultivar
a
espiritualidade
que
existe
em
cada
uma
de
nós
e
poderá
fazer
brilhar,
como
estrela
cintilante,
a
nossa
presença
feminina!
Theresa
Catharina
de
Góes
Campos
São
Paulo,
29
de
julho
de
2010
==============================
====
DIÁLOGO SOBRE
A
REALIDADE DO
TEMPO
Criança
de 8
anos,
meu
sobrinho-neto
Samuel
me
fazia
uma
visita.
Olhou
a
foto
na
parede
do
apartamento
em
que
resido
e me
perguntou,
com
a
espontaneidade
característica
de
sua
idade:
-
Quem
é
esta
pessoa,
tia
Theresa?
-
Sei
que
fica
difícil
acreditar,
mas
sou
eu,
quando
era
jovem.
O
sorriso
não
mudou,
você
não
acha?
Agora,
tenho
cabelos
brancos...porque muitos
anos
se
passaram,
muitos
aniversários.
Na
vida
é
assim.
O
tempo
vai
correndo
e
fazendo
diferença
na
gente,
em
nosso
corpo,
uma
grande
diferença.
Você,
por
exemplo,
já
foi
bem
pequenino.
Minha
explicação
compreendida,
logo
iniciamos
uma
conversa
sobre
outros
assuntos,
de
maior
interesse
para
o
jovem
visitante.
Theresa
Catharina
de
Góes
Campos
Brasília
-
DF,
14
de
outubro
de
2017
-------------
AS
LIÇÕES
DO
TEMPO
O ex-aluno da Faculdade de Ciências Sociais veio me cumprimentar, afirmando ter me reconhecido de imediato.
Comentei com ele:
- Interessante, a sua certeza...fui sua professora na segunda metade da década de 80, quando eu pesava 20 kg a menos e não tinha tantos cabelos brancos, como hoje, aos 71 anos.
- Não tive dúvida. Reconheci os olhos, o sorriso, todo o seu jeito. De modo especial, o olhar.
A esposa, que o acompanhava, se apressou a me dizer:
- Ele costuma relembrar suas aulas. Diz que transmitia o conteúdo demonstrando ser uma pessoa apaixonada pelo que ensinava.
Confesso que senti grande alegria por esse encontro com o antigo aluno, agradecendo de coração ao casal pela iniciativa de me cumprimentar com palavras tão generosas.
No dia seguinte, um outro encontro me trouxe a experiência da realidade, em conversa com vizinhos, moradores do mesmo bloco residencial.
O marido me lembrou que eu já produzira um trabalho jornalístico e televisivo para sua empresa, sobre turismo, na década de 90.
Da esposa, fui professora em curso de especialização (pós-graduação lato sensu). Ela me disse não me ter identificado, a princípio, precisando da minha confirmação sobre as aulas ministradas à sua turma de licenciatura.
- Você era magra, jovem, de porte altaneiro, parecia mais alta, entusiasmada...
Hoje, o tempo me dá lições. Há que ouvi-las. E louvar a Deus, pelo dom da vida.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 14 de setembro de 2016
-------------
De: Leman Pechliye
Data: 15 de outubro de 2017
Theresa,
(...)
Mesmo com seus cabelos brancos, você continua você!
Leman
De: Teresa Oliveira
Data: 15 de outubro de 2017
Não, Theresa! Você é essa foto! O sorriso é o mesmo, a beleza jovial está aí, dentro de você. Envelhecer é externo e nós somos, essencialmente, o que somos por dentro. Beijo e abraço da menina Teresa para a menina Theresa.
Deus te olhe!
Teresa
De: Dolores Moreira
Data: 16 de outubro de 2017
Que interessante este assunto sobre o tempo, senhora Theresa Catharina! Adorei ler, muito bom ! Como é importante esta reflexão sobre o tempo em nossa vida. Abraço!
Dolores
De: Artemis Coelho
Data: 16 de outubro de 2017
(...) Que linda explicação.
Sua delicadeza, tanto na foto quanto na escrita, continua a revelar quem você é.
Abraço carinhoso,
Artemis
De: Aliris Porto Alegre dos Santos
Data: 17 de outubro de 2017
É, Theresa, as crianças sempre nos surpreendem com seus comentários.
Há poucos dias, minha neta, Isabela, chorava copiosamente no quarto; os pais quiseram saber o motivo e ela, entre soluços, disse que estava sofrendo muito. O motivo do sofrimento: ela não queria que a vovó Lilinha (eu) ficasse velha!
Por essas e outras é que adoro conversar com as crianças. Elas são lindas!
Um grande abraço,
Aliris
Blog Janelas da minha Alma
www.janelasdaminhalma.blogspot .com.br
De: Elizabeth Fernanda de Campos Barros
Data: 17 de outubro de 2017
Tia, eu gostei muito.
Vou mostrar para Samuel este texto. Penso que ele vai gostar muito.
Um beijo da sobrinha,
Elizabeth
P.S.
Samuel adorou !
Um beijo da sobrinha,
Elizabeth
De: Maria do Carmo Pereira Coelho
Data: 26 de outubro de 2017
Linda conversa!
Atenciosamente,
Maria do Carmo
De: bere bahia
Data: 14 de setembro de 2016
Só se cultiva de bom o que se plantou com amor...
Abração, Berê
De: Elizabeth Barros
Data: 15 de setembro de 2016
Tia, (...) é sempre muito bom ser reconhecida e lembrada como pessoa, amiga e professora.
Estou certa de que muitos pessoas a admiram e têm muito entusiasmo quando a encontram.
Um beijo da sobrinha, Elizabeth.
Ontem, no Pier 21, minha dermatologista, casada e mãe de duas crianças, me surpreendeu: ela estava com a filha pequena e veio falar comigo de forma tão carinhosa que um pesquisador do CNPq, sentado em mesa próxima, no local em que ambos nos encontrávamos, ao observar a cena, me disse depois ter pensado que a Dra. Christiana fosse minha filha, e a garotinha de uns 6 anos, seria minha neta. Gentileza e carinho assim, tão visíveis em sua manifestação, não são momentos para serem esquecidos. Por isso aqui registro esse instante de generosa cordialidade para comigo.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 15 de setembro de 2016
De: Milza Guidi
Data: 19 de setembro de 2016
Quem planta boas sementes sempre colhe lindas flores. Parabéns. Merecido reconhecimento.
Milza Guidi
De: Heloísa Helena De Castro Guimarães
Data: 20 de setembro de 2016
O seu relato desta mensagem bem configura a efetividade do "processo de retorno", sabida a consideração e o respeito que usualmente dedica aos seus competentes médicos, que decerto lhe chegam pelas mãos de Deus.
Dra. Christiana, a cujos cuidados me submeti, por sua indicação, com ótimos resultados, é mesmo muito atenciosa e gentil.
(...)
Deixo-lhe um afetuoso abraço. A sempre amiga, apreciadora de sua nobre militância no bom jornalismo, a disseminar matérias verdadeiramente guiadas pela ética e solidariedade,
Heloísa Helena
De: Maria do Carmo Pereira Coelho
Data: 20 de setembro de 2016
Muito interessantes, essas lições. Parabéns!
Maria do Carmo |
|
|
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==============================
=========
Éramos
três
irmãos
-
Victoria
e
Fernando
José,
ambos
mais
moços
que
eu
-,
chegando
a
Brasília
com
os
nossos
pais.
Comigo,
eu
trazia
um
corpo
diferente.
Com
essa
aparência
física
eu
costumava
ir,
com
a
família,
todas
as
manhãs,
ao
Clube
Cota
Mil,
onde
passávamos
horas
agradáveis
(e
saudáveis)
na
piscina.
Nadar
nos
renovava...no
corpo
e no
espírito.
Sim,
naquela
época,
éramos
três
irmãos.
E
meu
corpo
era
esbelto.
Eu
simplesmente
aceitava
com
naturalidade
essa
bênção
de
nossa
excelente
condição
física,
pois
não
se
via
obesidade
em
nossa
família.
A
obesidade
nunca
nos
preocupou
porque,
com
o
peso
sempre
adequado,
todos
nós
lhe
desconhecíamos
o
rosto.
Até
que,
muitos
anos
depois,
precisei
sobreviver
ao
naufrágio
de
meu
corpo
antigo.
Resgatei
a
minha
vida,
sem
conseguir,
até
os
dias
de
hoje,
recuperar
aquele
meu
corpo
antigo,
que
naufragou,
apesar
de
todos
os
meus
contínuos
esforços,
inclusive
com
ajuda
médica
e o
acompanhamento
de
professores
de
educação
física.
Vou
precisar
esquecer
o
meu
corpo
antigo.
Porque
não
consigo
resgatá-lo.
Do
naufrágio,
salvou-se
apenas
o
sorriso.
Uma
lembrança
bonita
dos
tempos
em
que
éramos
três
irmãos.
E
nossos
pais
estavam
conosco.
Fernando
José,
infelizmente,
deixou
que
o
vício
do
cigarro
lhe
reduzisse
o
tempo
de
vida.
Nossos
pais
também
já
morreram.
Continuam
vivos
em
nosso
coração,
nas
memórias
que
hoje
nos
acompanham
em
nossa
imensa,
dolorosa
saudade.
Diante
dessas
perdas
de
tão
grandes
afetos,
que
nos
causam
profundo
sofrimento,
devo
dizer
que
o
naufrágio
do
meu
corpo
antigo,
da
minha
imagem
física
de
quase
cinco
décadas,
como
pessoa
esbelta,
quase
nada
significa...
Theresa
Catharina
de
Góes
Campos
São
Paulo
-
SP,
18
de
junho
de
2013
*In
memoriam:
Fernando
José
Salvador
Campos
(01/01/1946
-18/06/2007)
De:
VICTORIA
ELIZABETH
de
Campos
BARROS
Data:
21
de
junho
de
2013
17:13
Assunto:
Re:
O
NAUFRÁGIO
Querida
Therezita,
me
comoveu
bastante
ler
este
belo
texto,
O
Naufrágio,
resgatando
muitas
lembranças
e
alguns
períodos
marcantes
de
nossa
vida,
ao
lado
dos
entes
queridos.
Mudando
de
residência,
fazendo
novos
amigos,
tendo
que
se
adaptar
a
diversas
situações
e
transformações
em
nosso
corpo
e
nossa
alma.
A
felicidade
está
nestes
pequenos
momentos
e
nas
lembranças
que
nos
levam
a
reviver
fatos
importantes,
que
influenciaram
nossa
caminhada
de
vida
e
orientam
nossos
passos
agora,
pensando
no
futuro
e no
que
poderemos
deixar...
Um
beijo
carinhoso
da
irmã
Victoria.
-----
Querida
irmã
Victoria:
Há
dois
anos
eu
tentava
escrever
esta
pequena
crônica.
Mas
não
conseguia
passar
das
três
palavras
iniciais,
tal
a
emoção
da
saudade
que
me
comovia.
A
introdução
lembrava
o
contexto
de
nossa
realidade
familiar:
uma
relação
fraternal,
de
1948
a
2007,
portanto,
durante
59
anos,
quase
seis
décadas.
Para
resolver
esse
impasse
literário,
porque
o
coração
repetia
"Éramos
três
irmãos"
,
precisei
recorrer
a um
artifício,
ou
melhor,
usei
o
recurso
de
abordar,
para
desbloquear
a
mente,
travada
pelo
coração
saudoso,
como
se
fossem
desvios,
todos
verdadeiros,
outros
temas
e
algumas
conclusões,
igualmente
autênticas.
Agradeço
a
sua
generosa
compreensão,
ao
interpretar
o
meu
texto.
Com
amor
e
carinho,
Therezita
De:
Suzana
Data:
22
de
junho
de
2013
04:16
Assunto:
RES:
Há
dois
anos
eu
tentava
escrever
esta
pequena
crônica.
Fwd:
O
NAUFRÁGIO
Muito
bonito
e,
realmente,
escrever
sobre
uma
coisa
que
a
gente
precisa
encarar
de
frente
nem
sempre
é
fácil.
(...)
Bom
fim
de
semana,
Suzana
De:
Liman
Pechliye
Data:
22
de
junho
de
2013
03:25
Assunto:
Re:
Há
dois
anos
eu
tentava
escrever
esta
pequena
crônica.
Fwd:
O
NAUFRÁGIO
Querida
Theresa,
não
só
você,
mas
a
humanidade
vai
perdendo
muitas
coisas
ao
longo
do
tempo.
Meu
oncologista
diz:
(quando
reclamo
do
meu
corpo,
da
minha
falta
de
energia,
da
minha
falta
de
força,
etc.)
"Todos
nós
passaremos
por
esta
ponte".
Você
acha
que
o
seu
corpo
naufragou,
mas
perguntou
aos
outros
como
enxergam
você???
Acho
você
uma
mulher
forte,
harmoniosa,
com
um
rosto
e
sorriso
belíssimo,
gentil
e
educada;
acima
de
tudo,
boníssima!!!
Além
de
tudo
isso,
é
poetisa
e
escritora
sensível,
que
na
maioria
das
vezes,
me
comove
profundamente.
Resumindo,
é um
ser
belíssimo!!!
Todos
temos
perdas,
você
foi
salva
do
naufrágio,
pois
existem
pessoas
que
perdem
tudo,
principalmente
a
dignidade
e
não
têm
absolutamente
nada
para
contar!!!
São
essas
as
palavras
que
lhe
dedico,
como
amiga
que
a
respeita,
admira
e
lhe
quer
muito
bem.
Leman
De:
Milza
Guidi
Data:
12
de
junho
de
2015
Muito
belo,
o
seu
texto.
No
balanço
de
perdas
e
ganhos
da
vida,
você,
com
certeza,
apesar
das
perdas,
saiu
ganhando!
Milza
Guidi
==============================
==============================
==========================
|
|
PATERSON
(Paterson - EUA, 2016 - de Jim Jarmusch, 118min.)
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Adam Driver, Golshifteh Farahani, Chasten Harmon, William Jackson Harper, Barry Shabaka Henley
Um filme notável, que narra com simplicidade a rotina de vida de personagens comuns. Obra sem apelo comercial para o grande público, revela um olhar mais profundo ao se fixar nas pequenas-grandes coisas de pessoas que realizam suas tarefas com tranquilidade, uma existência que também pode ser valorizada pela poesia do cotidiano quase sem surpresas.
"Se você um dia me abandonar / meu coração vai junto / e não conseguirei trazê-lo de volta"
(no cartaz de divulgação do filme de Jim Jarmusch)
"Paterson", uma pequena joia cinematográfica, minimalista e criativa, mostra-se um relato atento a sonhos, emoções e sentimentos.
O casal de protagonistas (Adam Driver, Golshifteh Farahani) tem um relacionamento amoroso de atenção e carinho recíprocos, demonstrando estabilidade afetuosa nos ajustes espontâneos do dia a dia, sem dificuldade, de um cônjuge à personalidade diferenciada do outro.
O cachorro de estimação, realmente bem treinado, mereceu ser premiado por sua participação no roteiro.
Destaques: direção, roteiro e interpretação.
Filme tranquilo e sereno, relaxante, bonito de se ver e prazeroso de apreciar com a sensibilidade necessária para enxergar o próximo como seres humanos únicos, no espaço deles e na convivência, em suas características próprias e dimensões pessoais muitas vezes surpreendentes na singeleza de seu brilho.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 27 de abril de 2017 |
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==============================
==============================
=
O MELHOR INVESTIMENTO: saúde física e mental
Escritora e jornalista, meus hábitos preferidos são a leitura, assistir a bons filmes, editar e produzir textos.
Tenho consciência, porém, da importância dos exercícios físicos para a saúde física e mental de todos nós. E da necessidade da orientação e supervisão de profissionais habilitados, nos quais acredito e respeito a formação acadêmica e sua experiência.
Aos 73 anos, completei 605 aulas de pilates (com aparelhos), praticando essa atividade física desde outubro de 2013, sob a responsabilidade da fisioterapeuta Monaliza Barbosa Arruda, minha professora desde o início. Lutando contra a obesidade, a epilepsia controlada e o hipotireoidismo, logo percebi os inúmeros benefícios com as aulas três vezes por semana, no Estúdio de Pilates Monaliza Arruda (Fashion Mall, Asa Sul - Brasília - DF), que tem uma ótima equipe de professoras, todas fisioterapeutas.
A prática de pilates (com aparelhos) me trouxe benefícios visíveis para minha qualidade de vida, em vários aspectos da rotina diária: melhoria na postura e no equilíbrio, assim como facilidade e segurança na realização de atividades funcionais com independência.
Até meus 49 anos, tive saúde, sem problemas com a balança e sem medicação (nem para dor de cabeça). Em 1994, porém, após uma convulsão, fui diagnosticada com epilepsia e comecei a tomar anti-convulsivos, com acompanhamento regular de neurologista. Paciente de câncer em 1998, com duas recidivas (em 2001 e 2002), passei por cirurgias e sessões de quimioterapia sistêmica. Em 2004, com 20 kg a mais de peso, abandonei o sedentarismo em definitivo.
Para essa mudança no estilo de vida, encontrei quatro excelentes profissionais aos quais devo uma homenagem especial: em Brasília, o fisioterapeuta Luciano Salgado Bitarães (In memoriam); e os professores de Educação Física Emerson Corona, Juliana Emiko Taroda e Ricardo Lima Gonçalves (meus personal trainers em São Paulo).
Considero-me bastante sensível e aberta a uma interação professor - aluno. Informo sobre as medicações que uso. Costumo levar cópias de resultados dos exames solicitados por meus médicos para também auxiliarem nas escolhas dos exercícios mais adequados, sua intensidade, duração e frequência. Esse acompanhamento das atividades físicas propicia uma atenção individual, que identifica os pontos fracos a serem desenvolvidos e quais os cuidados especiais para cada pessoa. Com essa transparência na partilha de informações, posso afirmar que nunca me lesionei ao realizar exercícios físicos, sempre sob a supervisão de professores qualificados atuando com responsabilidade.
Acredito que, para todos nós, o melhor investimento é na saúde física e mental. Não há riscos de perdas ou prejuízos, somente lucros e benefícios. Para viver melhor, minha escolha foi o pilates (com aparelhos). Quem investe em saúde nunca tem bons motivos para desistir.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 11 de fevereiro de 2018
De: Juliana
Data: 11 de fevereiro de 2018
Dona Theresa Catharina:
Que ótima “declaração”!
Muito bom para aqueles que relutam em realizar atividades físicas e também incentivo para quem está começando ou mesmo com algumas restrições!
Muito obrigada por sempre se lembrar de todos nós, profissionais de Educação Física e hoje seus amigos !
Um grande e forte abraço
Juliana Emiko Taroda
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De: Theresa Catharina de Goes Campos <theresa.files@gmail.com>
Data: 12 de fevereiro de 2018
Querida professora Juliana:
Como sempre, é uma alegria receber sua correspondência.
Que bom você ter apreciado meu texto, no qual descrevo a dura realidade de alguns problemas patológicos, mas destacando um caminho de possibilidades para soluções de sobrevivência e qualidade de vida por meio da prática de atividades físicas, orientadas e sob a supervisão de profissionais qualificados e responsáveis.
Não esqueço você, nem os professores que me indicou para também me darem aulas, aí em São Paulo. O meu "muito obrigada" continua se repetindo, nas boas lembranças que eu cultivo, mesmo com o passar dos anos e apesar da distância física, que não apaga minha memória de gratidão.
Que as bênçãos de Deus iluminem seus dias!
Beijo e abraço carinhosos de sua aluna e amiga,
Theresa Catharina de Góes Campos
De: Elizabeth Fernanda de Campos Barros
Data: 13 de fevereiro de 2018
Ótima materia, Tia. Adorei!
Um beijo da sobrinha
Elizabeth
De: Monaliza Barbosa Arruda
Data: 13 de fevereiro de 2018
Excelente texto! Fico muito feliz por contribuir para seu bem-estar, mantendo a funcionalidade e qualidade dos seus movimentos.
Parabéns pela perseverança e disciplina que são essenciais para a melhora e manutenção da flexibilidade, força, do equilíbrio e da coordenação.
Obrigada pela confiança.
Monaliza Barbosa Arruda.
De: Berê Bahia
Data: 2 de abril de 2018
Querida amiga,
Com respeito e admiração pela sua coragem e altruísmo neste relato pessoal, no enfrentamento do que para alguns poderia ser uma tragédia, você encara com coragem e luta na busca de tratamento que permite melhor qualidade de vida e ainda dando exemplos de superação e reconhecimento à equipe de profissionais gabaritados que lhe cercam e contribuem para minorar o que poderia ser uma limitação e se transforma em superação.
Compartilho sua atitude, em momento algum soneguei, escamoteei ou escondi de amigos o câncer intestinal que me acometeu, bem como a cirurgia e os tratamentos que enfrentei. Também tive uma equipe fantástica de profissionais os quais me acompanham semestralmente na avaliação dos exames requeridos.
Na minha autoavaliação, pior que o câncer é a tristeza e a indignação que sinto ao vivenciar a realidade catastrófica que o país tem enfrentado, no conluio mesquinho e calculado na degradação física dos bens e riquezas do patrimônio nacional, da perda da cidadania e dos valores morais e éticos, de uma casta predadora e venal que usurpa não só a dignidade mas principalmente as esperanças das gerações vindouras...
Este ano, após meu retorno da Bahia no final de janeiro, fui acometida de uma gripe insistente: após consultas e exames foi detectada uma "pneumonia atípica", da qual estou me recuperando. Minha médica homeopata está reforçando minha baixa imunidade com alimentação saudável e florais.
Enquanto durar o tratamento foi suspensa a hidroterapia e, para compensar, estou fazendo "Pilates" com a equipe que lhe assiste. Procurei a mesma em função do seu reconhecimento aos referidos profissionais. Obrigada pela dica.
Abração,
Berê Bahia |
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NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO?
Natal sem o Menino-Deus, sem gratidão nem compreensão do que o presépio e o nascimento de Cristo em Belém significam para todos nós, onde quer que vivamos, nunca foi, nem é Natal! Não importa o que digam as vitrinas comerciais e os anúncios publicitários, onde quer que estejam.
Mas ainda há esperança de vivermos o encontro com a família no santo presépio. Vamos nos unir aos Reis Magos que estão viajando, guiados por inspiração divina, por seus estudos e conhecimentos, conduzidos pela estrela de Belém, para adorar o Menino-Deus e lhe ofertarem, na tradicional festa da Epifania, as dádivas preciosas que trouxeram para a criança recém-nascida em uma manjedoura: incenso, ouro e mirra.
Se nós colocamos, com antecipação indevida, já no mês de novembro, a decoração natalina, sem esperar os quatro domingos do Advento, em dezembro, e não acendemos, em momento de meditação e prece, a cada domingo, uma a uma, as velas da Guirlanda do Advento - um belo costume, cultivado pelas famílias que praticam o verdadeiro espírito do Natal, inclusive se preparando espiritualmente para celebrá-lo em toda a profundidade de seu significado bíblico, podemos agora acompanhar os Reis Magos e, somente no início da segunda quinzena de janeiro desfazermos a decoração natalina de nossas casas.
Quanto a mim, após ler sobre uma senhora mineira que mantém o santo presépio durante o ano inteiro, sem jamais desmontá-lo, decidi, há alguns anos, acompanhar o seu belo exemplo. Portanto, durante o ano inteiro, quem entra em nossa residência vê a cena singela de uma família que se apresenta ao mundo com a missão de transformá-lo...ali, não falta hospedagem para o carpinteiro José, sua esposa Maria e a criança recém-nascida.
Num cenário de carência material, em ambiente despojado de vaidades e sem qualquer elemento supérfluo, encontramos no presépio os valores espirituais - permanentes - de que a humanidade tanto precisa. Toda a plenitude do amor que redime e salva! Feliz Ano Novo! Feliz Epifania!
Theresa Catharina de Góes Campos
Recife-PE, 30 de dezembro de 2011Ver também:
PRESÉPIO EM DESTAQUE NA SALA
De: Zuleica Fisher
Data: 3 de janeiro de 2012 09:23
Assunto: Re: Com os meus votos de Feliz 2012, para você e toda a família, envio este meu texto ... NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO?
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Obrigada cara amiga pela linda e verdadeira mensagem de Natal.Estou perfeitamente de acordo e retribuo os melhores votos desta festa tão deturpada pelo aspecto capitalista.
Abraços
Valmor e Zuleica
De: MIRTÔ FRAGA
Data: 18 de janeiro de 2012 10:43
Assunto: Re: NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Belíssimo texto. Parabéns, também, por manter armado durante o ano
inteiro o presépio. Lindo e comovente gesto.
Abrs.
Mirtô
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O COMBATE ÀS PERSONIFICAÇÕES DO MAL EM LUTA CONTRA AS FORÇAS DO BEM
A presença permanente do mal, neste mundo em que vivemos, é uma verdade que, muitas vezes, preferimos ignorar ou, de fato, não sabemos reconhecer, o que não muda uma realidade apavorante.
Os filmes de terror com personagens fictícios monstruosos em histórias de ficção não amedrontam tanto quanto as tragédias provocadas por pessoas de carne e osso que, muito manipuladoras, não sentem culpa pelos crimes que praticam de forma repetitiva.
O psicopata entra em ação, e consegue nos surpreender quando ataca, porque se revela como tal quase unicamente após abater as suas vítimas.
Insidioso, traiçoeiro, amante de marcas e disfarces invisíveis, recursos que sabe utilizar com maestria. Eficiente nos diálogos de palavras melífluas, planeja o espaço onde colocará as armadilhas fatais.
Mente perigosa a dirigir todos os seus passos planejados, se expressa em gestos que podem ser rápidos, entretanto, têm efeito duradouro.
Na sociedade e na vida do ser humano, o mal se torna absolutamente devastador. Esgueira-se, convence ao mentir, perturba, lança dúvidas, engana. A calúnia é uma das armas que utiliza, sem piedade, na teia urdida que propicia outros males. Os caluniados agonizam lentamente, perdem espaço, se desesperam ao não encontrarem solidariedade, sentem-se isolados, morrem todos os dias.
Todavia, as forças do bem, igualmente presentes em nossa existência, vencerão a batalha final. Conservemos, portanto, sem vacilar, a nossa fé em Deus.
E continuemos a fazer as nossas orações.
Que São Miguel Arcanjo, anjo de luz a serviço das ordens divinas, esteja a nosso lado enquanto caminhamos nestes tempos perigosos; que ele nos torne invisíveis aos que insistem na prática de ferir, magoar o próximo; que a espada desse anjo, incansável guerreiro do bem, nos ajude a fugir, com êxito, das personificações maléficas, a escapar das ações de psicopatas, assim como a resistir, incólumes, a todos que pretendem e podem nos fazer o mal.
Príncipe da Milícia Celeste, guarda e protetor de nossa vida, com a sua espada e o seu poder, concedidos por Deus, retirai esses agentes do mal, dos caminhos que estivermos percorrendo.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 27 de outubro de 2014
De: Joao Vianey de Farias
Data: 3 de novembro de 2014
Theresa,
O que podemos dizer: AMÉM!!!!
João Vianey de Farias
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SEM FÔLEGO
(Wonderstruck - EUA,
2017 - de Todd
Haynes, 117min)
Ben e Rose são
crianças de épocas
diferentes que, por
iniciativa própria e
secretamente, também
desejam vidas
diferentes. Ben
anseia pelo pai
desconhecido,
enquanto Rose sonha
com uma atriz
misteriosa. Quando
Ben descobre uma
pista em um livro de
curiosidades, e no
momento em que Rose
lê uma notícia no
jornal, ambas as
crianças partem em
jornadas que
transcorrem com uma
simetria, em vários
aspectos, fascinante
.
Elenco:Julianne
Moore, Oakes Fegley,
Millicent Simmonds,
Jaden Michael, Cory
Michael Smith, Tom
Noonan, Michelle
Williams
Direção:Todd Haynes
Roteiro: Brian
Selznick
Produção: Christine
Vachon, Pamela
Koffler, John Sloss
Inspirado no livro
SEM FÔLEGO
(Wonderstruck, no
original)
de Brian Selznick.
Recomendo "Sem
fôlego" para todas
as idades, por ser
um filme inteligente
e criativo, sem
apelações, que
acompanha as
dificuldades da
surdez vivenciadas
pelos jovens
protagonistas da
história. Destaca a
importância dos
laços afetivos, a
necessidade de
amigos. Livrarias,
museus e obras
literárias
enriquecem a
narrativa, sendo
fios condutores no
roteiro comovente.
Uma pequena joia,
com brilho próprio.
Theresa Catharina de
Góes Campos
Brasília - DF, 06 de
fevereiro de 2018
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OS RECÉM-CHEGADOS
(miniconto)
Não vieram me
fazer uma visita social, nem
chegaram como hóspedes
convidados ou como vizinhos me
solicitando ajuda, nem me
pedindo algo emprestado. Vieram
para ficar, viver comigo,
adequados à minha rotina, embora
com vida própria, autêntica.
Encontraram o seu espaço, que
ocuparam harmonizados ao
ambiente.
Os recém-chegados são bem
tranquilos. Inspiram uma
sensação de alegria e paz,
transmitindo lirismo com
serenidade, perfeitamente
integrados à paisagem interior
da residência.
"Corajoso", o pequeno cão São
Bernardo, uma raça canina
natural dos Alpes suíços, nem
discutiu comigo, aceitando o
cantinho que escolhi para ele,
pertinho do sofá. Assim, de tão
à vontade, dá a impressão de ter
sido uma escolha sua, ficar na
sala, como lugar preferido,
próximo à entrada do
apartamento.
Entre as características da
raça, vigilante e muito ativa,
inclui-se uma excelente
habilidade no trabalho de
resgate, assim como um
temperamento dócil, calmo e
amável. Um bom animal, que não
dá trabalho, nem perturba o dia
a dia de uma casa, enfim,
semelhante a toda "pessoa do
bem". Nem poderia ser diferente,
quando recordamos que os cães
São Bernardo se tornaram
célebres por saírem vencedores
em situações dificílimas, nos
desafios que enfrentam para
resgatar acidentados na neve,
inclusive após avalanches.
O meu "Corajoso" tem uma
respiração pausada e regular, em
seu encantador "repouso do
guerreiro".
Quando regresso ao apartamento,
mesmo ao contemplar o cãozinho
dormindo, tenho a impressão
reconfortante de que me recebe,
pois não se deixa perturbar pelo
som da porta que abre e depois
se fecha. Meu olhar vai primeiro
para ele, imperturbável no sono.
Um encontro no silêncio. Uma
compreensão entre dois seres
diferentes, compartilhando um
espaço residencial.
Ao sair, meus olhos levam comigo
a sua imagem de tranquilidade,
que me inspira confiança.
"Corajoso" não chegou sozinho.
Com ele vieram quatro peixinhos
coloridos. Coloquei o pequeno
aquário em lugar estratégico,
visível do corredor - no
espaçoso banheiro social.
Os que me visitam afirmam se
encantarem com essas novas
presenças na casa. Já os trouxe
com os nomes escolhidos: o
cãozinho da raça São Bernardo,
"Corajoso", mais os pequeninos
na água - Esperança, Alegria,
Entusiasmo e Amor. A qualquer
pessoa eu recomendaria todos
eles como hóspedes residentes
que em nada perturbam e
contribuem para manter um
ambiente de harmonia saudável.
Significativo para mim foi o
lugar onde os encontrei: na
livraria preferida, entre
centenas de livros e dezenas de
outros artigos (presentes e
produtos de papelaria).
Podem acreditar em todos os
detalhes desta história
verdadeira. A quem me pergunta
se o São Bernardo e os peixes
coloridos são "de verdade", logo
explico:
"Sim! Na fantasia e nos
sentimentos de minha imaginação,
eles têm vida!"
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 10 de março de
2014
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De: Hercilia
Lopes Lopes
Data: 10 de fevereiro de 2014
Oi, Theresa, obrigada pelo seu
texto OS RECÉM-CHEGADOS
(miniconto). É de belas palavras
que devemos nos rodear.
Já li o livro "Território da
Fantasia", de Ceres Alvim, e
volto a te agradecer por tão
agradável leitura.
Abraços,
Hercília
De: Elizabeth
Barros
Data: 28 de fevereiro de 2014
Querida Tia Therezita, eu achei
maravilhoso, este texto da
senhora sobre os peixinhos e o
cãozinho São Bernardo, que estão
em sua casa.
Foi uma idéia ótima da senhora
comprar esses lindos
companheiros.
Um beijo, da sobrinha Elizabeth.
NOTA DA EDITORA:
Minha irmã Victoria me
surpreendeu, um ano depois, ao
me pedir para que eu
encontrasse, para ela, um
cãozinho "igual ao seu, só quero
se for igual ao que você tem!",
me disse, determinada em sua
exigência.
Enfrentei uma certa dificuldade,
no início da busca, mas consegui
achar, em uma papelaria, um
animal igualzinho ao meu, para
presenteá-la. Contente, Victoria
logo me informou que havia
escolhido o nome bíblico
"Filêmon" para colocar no
filhote de São Bernardo.
http://www.theresacatharinacam
pos.com/comp6184.htm
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 15 de março de
2015
De: Monaliza
Arruda
Data: 21 de julho de 2015
(...)
Linda, a descrição sobre os
"fofos" moradores de sua casa.
(...)
Monaliza
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UMA
JANELA E DUAS IRMÃS
Nossos pais determinaram
que, para uma
convivência pacífica e
justa entre as irmãs, e
como a mais velha, eu,
sentia frio, ao
contrário da caçula, que
habitualmente reclamava
do calor, deveríamos
alternar: uma noite a
janela ficaria fechada,
na noite seguinte,
aberta. Dormimos sempre
assim, as duas irmãs, da
infância ao casamento da
caçula, esta a primeira
dos três irmãos a se
casar. Ano após ano, no
quarto tranquilo, nas
muitas cidades em que
vivemos,
compartilhávamos o
quarto e nos deitávamos
em camas paralelas. E
fomos as melhores
amigas, uma da outra.
Personalidades
diferentes, mas educadas
com equidade e dedicação
amorosa de nossos pais.
Theresa Catharina de
Góes Campos
Brasília - DF, 15 de
maio de 2017
De: Leman
Pechliye
Data: 16 de maio de 2017
Bonito! Sessão
nostalgia!
Lembrei da minha
juventude, quando eu e
minha irmã dormíamos no
mesmo quarto. Eu
acordava muito cedo,
quatro horas da manhã,
tinha que acender a luz
pra me vestir... Ela
reclamava muito disso!
Apesar de tudo éramos
muito unidas!
Leman
De:
Elizabeth Barros
Data: 17 de maio de 2017
Tia, gostei muito destas
suas lembranças, que
vieram como um poema.
Recordações de uma
infância feliz são
bênçãos maravilhosas!
(...)
Um beijo da sobrinha,
Elizabeth |
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"A RODEAR MARES E JARDINS",
de Reynaldo Domingos
Ferreira
O escritor, jornalista e
advogado Reynaldo Domingos Ferreira,
autor de obras publicadas - em gêneros
literários desde peças de teatro, poesia
e memórias, ao "Dicionário da Dívida
Externa Brasileira", tem novo livro
editado:
"A Rodear Mares e
Jardins".
O título, conforme
explica Reynaldo Domingos Ferreira, "
surgiu de uma expressão - a rodear
jardins - regularmente usada pelo padre
Antônio Vieira para significar divagação
ou andar sem rumo."
A RODEAR MARES E JARDINS
reúne três narrativas de viagens: a
primeira, a Nova York, com o Coro
Sinfônico da UnB - para cantar no
Carnegie Hall; a segunda, ao Vale do
Loire, com um grupo de vinte pessoas de
Brasília; e a terceira, a bordo do
veleiro Beethoven, atracado na marina de
Puerto La Cruz, na Venezuela, a convite
de um amigo para velejar no Mar do
Caribe.
Os relatos minuciosos
dessas três viagens nos demonstram a
cultura enciclopédica de Reynaldo
Domingos Ferreira, já bastante conhecida
pelos admiradores de outros textos de
sua autoria.
Aos leitores desavisados,
a evocação lírica do título talvez
engane, de início, porque antecipariam
uma leitura de roteiros poéticos. Embora
se possa, a qualquer momento, enxergar
poesia em tudo que encontramos, o que se
comprova nas páginas de A Rodear Mares e
Jardins, onde a poesia se faz presente,
noite e dia, na tristeza e no
entusiasmo, na solidão e no convívio
humano.
Na obra repleta de
informações, vê-se que o escritor, em
seus relatos de viagens, faz observações
sobre: urbanismo e arquitetura, fatos e
personalidades, administração federal e
municipal; literatura universal,
história e música; enologia, gastronomia
e hábitos alimentares; botânica,
geografia física; biografias e crítica
literária; artes plásticas e cênicas
(teatro, dança e cinema ); biografias,
costumes, comportamento e política;
mobiliário e decoração; características
e tendências econômicas, oscilações do
mercado!
Longe de casa, o viajante
Reynaldo Domingos Ferreira não se
manteve afastado intelectualmente do
Brasil. Em várias oportunidades, fez
comparações no tempo e no espaço.
Ao longo de seus
itinerários, o escritor mantém o hábito
de comprar jornais, acompanha editoriais
e notícias publicadas na imprensa dos
países visitados. A ênfase maior,
contudo, ele coloca além das
modernidades e dos avanços tecnológicos
- está nas pessoas, nos encontros e
relacionamentos. Comparece a um
casamento, vai ao cinema, canta ao lado
de novas amizades, conversa sobre livros
e a cultura dos povos, posiciona-se na
questão separatista dos bascos, visita
museus e assiste a uma ópera, na
companhia de amiga.
Em A Rodear Mares e
Jardins, somos convidados a empreender,
prazerosamente, a leitura do que seria
identificada, se o objetivo fosse a
publicação na imprensa, como uma série
de reportagens especiais, escritas com
erudição - jornalismo cultural,
realizado com olhar atento, em atitude
ativa, com a reflexão crítica que
abrange os detalhes inseridos no
conjunto interpretado, sem faltar uma
análise que considera as observações na
perspectiva necessária. Aqui não está
ausente a coragem das opiniões
pertinentes, fundamentadas com
objetividade.
A realidade surge como
tela viva, emoldurada por contexto
específico.
As numerosas citações,
eficientes e apropriadas, mostram-se
absolutamente adequadas, acrescentando
beleza e sensibilidade às narrativas.
Em Nova York, a música é
o fio condutor a reger a programação,
portanto, exerce com elegância a função
de protagonista.
Ressalta-se ainda, nessas
páginas, um poema de Reynaldo Domingos
Ferreira; com o registro de textos
reproduzidos no latim original; e a
descrição dos acontecimentos que
precederam a viagem, dos antecedentes
das decisões, das providências para que
a apresentação do Coro Universitário da
UnB se concretizasse, apesar das
inúmeras dificuldades em conseguir
patrocinadores. Os interesses políticos,
em sua maioria camuflados, por isso
desconhecidos pelo grande público,
compõem os bastidores, aos quais se
acrescentava a influência do grupo
religioso frequentado por alguns
personagens.
Na segunda viagem (Ao
Longo do Vale do Loire), a narrativa
mostra, em destaque, a enologia e a
gastronomia.
Reynaldo Domingos Ferreira descreve as
características dos famosos vinhos
franceses, o cultivo, os diferentes
processos usados na fabricação dos
vinhos, as adegas e a rotina dos
viticultores; assim como os saborosos
cardápios, servidos aos turistas durante
o itinerário.
Castelos, igrejas,
capelas e catedrais também estão no
roteiro, que se curva à beleza dos
templos franceses. O autor afirma sua
preferência pela Catedral de
Saint-Étienne: "uma das mais belas da
França".
Visitando com o narrador os locais em
que se reverencia a corajosa e piedosa
guerreira Joana d'Arc (1412-1431),
recordamos as batalhas que a jovem
heroína liderou, as ciladas de que "A
Donzela de Orléans" foi vítima e tantos
sofrimentos lhe causaram, na sua breve
existência.
Reynaldo Domingos
Ferreira também registra o
reconhecimento de Jules Michelet como o
melhor biógrafo de Joana d´Arc.
Na terceira viagem, o
tema não é apenas a experiência de
velejar no Mar do Caribe. Sobressai a
inquietação do escritor ante o cenário
desolador da situação política na
Venezuela, presidida pelo ditador Hugo
Chávez, seguidor de Fidel Castro. Dramas
e tragédias, nesta última parte do
livro, inclusive as condições de pobreza
e ausência de serviços básicos para a
população, estão paralelamente descritos
às muitas oportunidades de convivência
tranquila, conversas e refeições
partilhadas com velejadores e seus
familiares.
A Rodear Mares e Jardins,
de Reynaldo Domingos Ferreira, me levou
a evocar, em uma extraordinária
peregrinação no tempo: os artistas
rupestres, que transmitiram movimento a
seus desenhos nas cavernas
pré-históricas; as viagens do fabulista
Esopo, na Antiguidade; os jograis,
menestréis e trovadores medievais, que
visitavam castelos e vilas, acompanhados
de sua música e poesia, observando e
trocando informações preciosas.
E a evocação de outro
viajante, o jesuíta missionário e
dramaturgo Padre José de Anchieta, que
escreveu cartas, sermões, poesias e uma
gramática da língua tupi.
Encerro esta primeira leitura de A
Rodear Mares e Jardins (o
livro merece mais, por ser tão agradável
e pleno de informações) com
a nítida impressão de que Reynaldo
Domingos Ferreira, nos relatos de suas
três viagens, demonstrou, em todos os
momentos, vivenciar essas experiências
como um capitão de barco que, com mar
tranquilo ou agitado, entre calmarias e
tempestades, com maturidade e destemor
registrou "quase tudo", em seu "diário
de bordo".
Theresa Catharina de Góes
Campos
Brasília, 9 de janeiro de
2012
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