Theresa Catharina de Góes Campos

     
Participação de Theresa Catharina de Góes Campos na antologia literária ESCRITOS X 
 

 

 
THERESA  CATHARINA  de Góes Campos
(Natal - RN, 13/1/1945)
Jornalista, escritora, professora universitária, tradutora, conferencista, blogueira e produtora cultural.
Livros publicados:"O Progresso das Comunicações Diminui a Solidão Humana? Uma interpretação histórica das comunicações gráficas e audiovisuais, desde a pré-história até o Intelsat" - Rio de Janeiro, Editora Lidador, 1970, 139p.
"A TV nos tournou mais humanos? Princípios da Comunicação pela TV" - com Prefácio de Ariano Suassuna - Recife, Editora da Universidade Federal de Pernambuco, 1970, 362 p.
(Tradução da versão francesa) "Sons e Sinais na Linguagem Universal: Semiótica, Cibernética, Linguística, Lógica" de A. Kondratov - Brasília, Editora Coordenada, 1972, 189p.
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver Melhor" - Brasília, Ed. Guanabara, 2007, 134 p.
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver Melhor" - Brasília, 2ª Edição, Ed. Guanabara, 2008, 160 p.
"Existe Vida sem Poesia?", Brasília, Ed. Guanabara, 2010, 472 p.
"Versos e Prosa de minha Infância e Adolescência", Brasília, Ed. Guanabara, 2014, 163 p.
 
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TER E VIVER COM GLAMOUR...SEMPRE!

Eis que tomamos uma decisão que ilumina a nossa existência, num processo de viver com encanto e graça, realizando os projetos pessoais que nos fazem assumir o que somos em potencial. 

Vamos seguir pela vida escolhendo bem, estabelecendo uma programação que respeite as nossas características e nossos gostos individuais, inclusive refletindo as ofertas da moda que nos valorizam. Nos modelos, nas cores e formas diversas, encontremos um estilo de afirmação a ressaltar tudo ...ou uma parte importante, do que podemos contribuir para a sociedade. Utilizar os produtos oferecidos para que enfatizem o nosso GLAMOUR com autenticidade tranquila, demonstrando segurança, ao mesmo tempo espontânea e planejada nos detalhes que indicam inteligência e maturidade. 

Com o objetivo de continuar crescendo - em termos físicos, espirituais e mentais - vivenciamos a prática necessária de atividades físicas, inclusive com orientação especializada, para que o nosso GLAMOUR seja um espelho do que pensamos sobre a saúde como um conceito holístico, que abrange a dinâmica multidimensional de nosso corpo, merecedor de nossa atenção e cuidados preventivos, considerando que nos cabe a responsabilidade ( primária, porque primordial e fundamental na sua essência ) intransferível por nossa vida. 

Enfim, uma mensagem para o mundo, transmitida a cada momento pela consumidora consciente de que as opções criativas ali estão para que possa se sentir , em todos os instantes e contextos, alguém cuja presença se impõe naturalmente, com personalidade própria acentuada pela competência na escolha do que veste, na maquiagem adequada e nos acessórios. Com todo esse conjunto de GLAMOUR, ela chega a qualquer ambiente pronta para interagir sem medo. Porque sabe quem é, acredita no que faz, tem sonhos e se prepara, numa postura adulta, para seguir se aperfeiçoando...Uma coragem suave, tão fundamental ao dia a dia feminino, repleto de inúmeros desafios que se sucedem e nos tornam mais experientes com o passar do tempo.

Ser mulher e caminhar de acordo com as suas preferências. Mas sem esquecer de ampliar seus horizontes. Sem negligenciar a necessidade da leitura. Sem rejeitar as oportunidades para o aprendizado que leva ao aperfeiçoamento no âmbito cultural. Acreditando que as portas do conhecimento são múltiplas. E que as atitudes fazem parte do conceito existencial do GLAMOUR que se exerce na convivência. Não apenas o GLAMOUR visual. Mas, principalmente, demonstrando tal GLAMOUR na cortesia, no refinamento, na simpatia com que a mulher, em plena realização na comunidade, se dirige aos outros, não importando a sua condição socioeconômica, pois sabe tratar a todos com sensibilidade de coração. E com essa prática de uma rotina de solidariedade humanística para com o seu próximo, acontece a reafirmação do seu GLAMOUR, que se torna facilmente mais visível, porque multiplicado em ações de qualidade, excelência e cidadania.. 

O GLAMOUR que desfila, na pessoa que sorri porque sabe estar usando os melhores produtos, para circunstâncias, eventos e compromissos específicos, no lazer,nos estudos ou no trabalho, tem bases na realidade concreta dos materiais utilizados e nos avanços técnicos, industriais e científicos da atualidade. Ainda assim, esse GLAMOUR que todas nós desejamos ter, sonhando viver...SEMPRE com GLAMOUR..., ainda tem uma outra dimensão, que vai muito além ...porque também precisamos cultivar a espiritualidade que existe em cada uma de nós e poderá fazer brilhar, como estrela cintilante, a nossa presença feminina!

Theresa Catharina de Góes Campos
São Paulo, 29 de julho de 2010

 
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DIÁLOGO SOBRE A REALIDADE DO TEMPO

Criança de 8 anos, meu sobrinho-neto Samuel me fazia uma visita. Olhou a foto na parede do apartamento em que resido e me perguntou, com a espontaneidade característica de sua idade:

- Quem é esta pessoa, tia Theresa?

- Sei que fica difícil acreditar, mas sou eu, quando era jovem. O sorriso não mudou, você não acha? Agora, tenho cabelos brancos...porque muitos anos se passaram, muitos aniversários. Na vida é assim. O tempo vai correndo e fazendo diferença na gente, em nosso corpo, uma grande diferença. Você, por exemplo, já foi bem pequenino.

Minha explicação compreendida, logo iniciamos uma conversa sobre outros assuntos, de maior interesse para o jovem visitante.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 14 de outubro de 2017
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AS LIÇÕES DO TEMPO
 


O ex-aluno da Faculdade de Ciências Sociais veio me cumprimentar, afirmando ter me reconhecido de imediato. 

Comentei com ele:

- Interessante, a sua certeza...fui sua professora na segunda metade da década de 80, quando eu pesava 20 kg a menos e não tinha tantos cabelos brancos, como hoje, aos 71 anos.

- Não tive dúvida. Reconheci os olhos, o sorriso, todo o seu jeito. De modo especial, o olhar.

A esposa, que o acompanhava, se apressou a me dizer:

- Ele costuma relembrar suas aulas. Diz que transmitia o conteúdo demonstrando ser uma pessoa apaixonada pelo que ensinava.

Confesso que senti grande alegria por esse encontro com o antigo aluno, agradecendo de coração ao casal pela iniciativa de me cumprimentar com palavras tão generosas.

No dia seguinte, um outro encontro me trouxe a experiência da realidade, em conversa com vizinhos, moradores do mesmo bloco residencial. 

O marido me lembrou que eu já produzira um trabalho jornalístico e televisivo para sua empresa, sobre turismo, na década de 90. 

Da esposa, fui professora em curso de especialização (pós-graduação lato sensu). Ela me disse não me ter identificado, a princípio, precisando da minha confirmação sobre as aulas ministradas à sua turma de licenciatura.

- Você era magra, jovem, de porte altaneiro, parecia mais alta, entusiasmada...


Hoje, o tempo me dá lições. Há que ouvi-las. E louvar a Deus, pelo dom da vida.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 14 de setembro de 2016

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De: Leman Pechliye 
Data: 15 de outubro de 2017

Theresa, 
(...)
Mesmo com seus cabelos brancos, você continua você!
Leman


De: Teresa Oliveira 
Data: 15 de outubro de 2017

Não, Theresa! Você é essa foto! O sorriso é o mesmo, a beleza jovial está aí, dentro de você. Envelhecer é externo e nós somos, essencialmente, o que somos por dentro. Beijo e abraço da menina Teresa para a menina Theresa. 
Deus te olhe!
Teresa


De: Dolores Moreira
Data: 16 de outubro de 2017

Que interessante este assunto sobre o tempo, senhora Theresa Catharina! Adorei ler, muito bom ! Como é importante esta reflexão sobre o tempo em nossa vida. Abraço! 
Dolores


De: Artemis Coelho 
Data: 16 de outubro de 2017

(...) Que linda explicação. 
Sua delicadeza, tanto na foto quanto na escrita, continua a revelar quem você é. 
Abraço carinhoso,
Artemis


De: Aliris Porto Alegre dos Santos 
Data: 17 de outubro de 2017

É, Theresa, as crianças sempre nos surpreendem com seus comentários.
Há poucos dias, minha neta, Isabela, chorava copiosamente no quarto; os pais quiseram saber o motivo e ela, entre soluços, disse que estava sofrendo muito. O motivo do sofrimento: ela não queria que a vovó Lilinha (eu) ficasse velha!
Por essas e outras é que adoro conversar com as crianças. Elas são lindas!
Um grande abraço, 
Aliris
Blog Janelas da minha Alma
www.janelasdaminhalma.blogspot .com.br


De: Elizabeth Fernanda de Campos Barros 
Data: 17 de outubro de 2017

Tia, eu gostei muito.
Vou mostrar para Samuel este texto. Penso que ele vai gostar muito.
Um beijo da sobrinha,
Elizabeth

P.S.
Samuel adorou !
Um beijo da sobrinha, 
Elizabeth


De: Maria do Carmo Pereira Coelho
Data: 26 de outubro de 2017

Linda conversa!
Atenciosamente,
Maria do Carmo


 

 


 

De: bere bahia 
Data: 14 de setembro de 2016

Só se cultiva de bom o que se plantou com amor...
Abração, Berê


De: Elizabeth Barros 
Data: 15 de setembro de 2016

Tia, (...) é sempre muito bom ser reconhecida e lembrada como pessoa, amiga e professora.

Estou certa de que muitos pessoas a admiram e têm muito entusiasmo quando a encontram.

Um beijo da sobrinha, Elizabeth.


Ontem, no Pier 21, minha dermatologista, casada e mãe de duas crianças, me surpreendeu: ela estava com a filha pequena e veio falar comigo de forma tão carinhosa que um pesquisador do CNPq, sentado em mesa próxima, no local em que ambos nos encontrávamos, ao observar a cena, me disse depois ter pensado que a Dra. Christiana fosse minha filha, e a garotinha de uns 6 anos, seria minha neta. Gentileza e carinho assim, tão visíveis em sua manifestação, não são momentos para serem esquecidos. Por isso aqui registro esse instante de generosa cordialidade para comigo.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 15 de setembro de 2016


De: Milza Guidi 
Data: 19 de setembro de 2016

Quem planta boas sementes sempre colhe lindas flores. Parabéns. Merecido reconhecimento.
Milza Guidi


De: Heloísa Helena De Castro Guimarães 
Data: 20 de setembro de 2016

O seu relato desta mensagem bem configura a efetividade do "processo de retorno", sabida a consideração e o respeito que usualmente dedica aos seus competentes médicos, que decerto lhe chegam pelas mãos de Deus.

Dra. Christiana, a cujos cuidados me submeti, por sua indicação, com ótimos resultados, é mesmo muito atenciosa e gentil.

(...)

Deixo-lhe um afetuoso abraço. A sempre amiga, apreciadora de sua nobre militância no bom jornalismo, a disseminar matérias verdadeiramente guiadas pela ética e solidariedade,

Heloísa Helena


De: Maria do Carmo Pereira Coelho
Data: 20 de setembro de 2016

Muito interessantes, essas lições. Parabéns!
Maria do Carmo


 
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Éramos três irmãos - Victoria e Fernando José, ambos mais moços que eu -, chegando a Brasília com os nossos pais.

Comigo, eu trazia um corpo diferente. Com essa aparência física eu costumava ir, com a família, todas as manhãs, ao Clube Cota Mil, onde passávamos horas agradáveis (e saudáveis) na piscina. Nadar nos renovava...no corpo e no espírito.

Sim, naquela época, éramos três irmãos. E meu corpo era esbelto. Eu simplesmente aceitava com naturalidade essa bênção de nossa excelente condição física, pois não se via obesidade em nossa família. A obesidade nunca nos preocupou porque, com o peso sempre adequado, todos nós lhe desconhecíamos o rosto. 

Até que, muitos anos depois, precisei sobreviver ao naufrágio de meu corpo antigo. Resgatei a minha vida, sem conseguir, até os dias de hoje, recuperar aquele meu corpo antigo, que naufragou, apesar de todos os meus contínuos esforços, inclusive com ajuda médica e o acompanhamento de professores de educação física. 

Vou precisar esquecer o meu corpo antigo. Porque não consigo resgatá-lo. Do naufrágio, salvou-se apenas o sorriso. Uma lembrança bonita dos tempos em que éramos três irmãos. E nossos pais estavam conosco. Fernando José, infelizmente, deixou que o vício do cigarro lhe reduzisse o tempo de vida. Nossos pais também já morreram.
Continuam vivos em nosso coração, nas memórias que hoje nos acompanham em nossa imensa, dolorosa saudade.

Diante dessas perdas de tão grandes afetos, que nos causam profundo sofrimento, devo dizer que o naufrágio do meu corpo antigo, da minha imagem física de quase cinco décadas, como pessoa esbelta, quase nada significa...

Theresa Catharina de Góes Campos
São Paulo - SP, 18 de junho de 2013

*In memoriam:
Fernando José Salvador Campos (01/01/1946 -18/06/2007)

De: VICTORIA ELIZABETH de Campos BARROS 
Data: 21 de junho de 2013 17:13
Assunto: Re: O NAUFRÁGIO


Querida Therezita, me comoveu bastante ler este belo texto, O Naufrágio, resgatando muitas lembranças e alguns períodos marcantes de nossa vida, ao lado dos entes queridos. Mudando de residência, fazendo novos amigos, tendo que se adaptar a diversas situações e transformações em nosso corpo e nossa alma. A felicidade está nestes pequenos momentos e nas lembranças que nos levam a reviver fatos importantes, que influenciaram nossa caminhada de vida e orientam nossos passos agora, pensando no futuro e no que poderemos deixar... Um beijo carinhoso da irmã Victoria.

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Querida irmã Victoria:

Há dois anos eu tentava escrever esta pequena crônica. Mas não conseguia passar das três palavras iniciais, tal a emoção da saudade que me comovia. A introdução lembrava o contexto de nossa realidade familiar: uma relação fraternal, de 1948 a 2007, portanto, durante 59 anos, quase seis décadas. Para resolver esse impasse literário, porque o coração repetia "Éramos três irmãos" , precisei recorrer a um artifício, ou melhor, usei o recurso de abordar, para desbloquear a mente, travada pelo coração saudoso, como se fossem desvios, todos verdadeiros, outros temas e algumas conclusões, igualmente autênticas. Agradeço a sua generosa compreensão, ao interpretar o meu texto. Com amor e carinho, Therezita


De: Suzana 
Data: 22 de junho de 2013 04:16
Assunto: RES: Há dois anos eu tentava escrever esta pequena crônica. Fwd: O NAUFRÁGIO

Muito bonito e, realmente, escrever sobre uma coisa que a gente precisa encarar de frente nem sempre é fácil. (...) Bom fim de semana, Suzana


De: Liman Pechliye
Data: 22 de junho de 2013 03:25
Assunto: Re: Há dois anos eu tentava escrever esta pequena crônica. Fwd: O NAUFRÁGIO

Querida Theresa, não só você, mas a humanidade vai perdendo muitas coisas ao longo do tempo. Meu oncologista diz: (quando reclamo do meu corpo, da minha falta de energia, da minha falta de força, etc.) "Todos nós passaremos por esta ponte".

Você acha que o seu corpo naufragou, mas perguntou aos outros como enxergam você???
Acho você uma mulher forte, harmoniosa, com um rosto e sorriso belíssimo, gentil e educada; acima de tudo, boníssima!!! Além de tudo isso, é poetisa e escritora sensível, que na maioria das vezes, me comove profundamente. Resumindo, é um ser belíssimo!!!

Todos temos perdas, você foi salva do naufrágio, pois existem pessoas que perdem tudo, principalmente a dignidade e não têm absolutamente nada para contar!!! 
São essas as palavras que lhe dedico, como amiga que a respeita, admira e lhe quer muito bem.

Leman


De: Milza Guidi 
Data: 12 de junho de 2015

Muito belo, o seu texto. No balanço de perdas e ganhos da vida, você, com certeza, apesar das perdas, saiu ganhando!
Milza Guidi


 
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PATERSON 

(Paterson - EUA, 2016 - de Jim Jarmusch, 118min.)

Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Adam Driver, Golshifteh Farahani, Chasten Harmon, William Jackson Harper, Barry Shabaka Henley

Um filme notável, que narra com simplicidade a rotina de vida de personagens comuns. Obra sem apelo comercial para o grande público, revela um olhar mais profundo ao se fixar nas pequenas-grandes coisas de pessoas que realizam suas tarefas com tranquilidade, uma existência que também pode ser valorizada pela poesia do cotidiano quase sem surpresas. 

"Se você um dia me abandonar / meu coração vai junto / e não conseguirei trazê-lo de volta"
(no cartaz de divulgação do filme de Jim Jarmusch)

"Paterson", uma pequena joia cinematográfica, minimalista e criativa, mostra-se um relato atento a sonhos, emoções e sentimentos.

O casal de protagonistas (Adam Driver, Golshifteh Farahani) tem um relacionamento amoroso de atenção e carinho recíprocos, demonstrando estabilidade afetuosa nos ajustes espontâneos do dia a dia, sem dificuldade, de um cônjuge à personalidade diferenciada do outro.

O cachorro de estimação, realmente bem treinado, mereceu ser premiado por sua participação no roteiro. 

Destaques: direção, roteiro e interpretação. 

Filme tranquilo e sereno, relaxante, bonito de se ver e prazeroso de apreciar com a sensibilidade necessária para enxergar o próximo como seres humanos únicos, no espaço deles e na convivência, em suas características próprias e dimensões pessoais muitas vezes surpreendentes na singeleza de seu brilho.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 27 de abril de 2017

 
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O MELHOR INVESTIMENTO: saúde física e mental

Escritora e jornalista, meus hábitos preferidos são a leitura, assistir a bons filmes, editar e produzir textos. 
Tenho consciência, porém, da importância dos exercícios físicos para a saúde física e mental de todos nós. E da necessidade da orientação e supervisão de profissionais habilitados, nos quais acredito e respeito a formação acadêmica e sua experiência.

Aos 73 anos, completei 605 aulas de pilates (com aparelhos), praticando essa atividade física desde outubro de 2013, sob a responsabilidade da fisioterapeuta Monaliza Barbosa Arruda, minha professora desde o início. Lutando contra a obesidade, a epilepsia controlada e o hipotireoidismo, logo percebi os inúmeros benefícios com as aulas três vezes por semana, no Estúdio de Pilates Monaliza Arruda (Fashion Mall, Asa Sul - Brasília - DF), que tem uma ótima equipe de professoras, todas fisioterapeutas. 

A prática de pilates (com aparelhos) me trouxe benefícios visíveis para minha qualidade de vida, em vários aspectos da rotina diária: melhoria na postura e no equilíbrio, assim como facilidade e segurança na realização de atividades funcionais com independência. 

Até meus 49 anos, tive saúde, sem problemas com a balança e sem medicação (nem para dor de cabeça). Em 1994, porém, após uma convulsão, fui diagnosticada com epilepsia e comecei a tomar anti-convulsivos, com acompanhamento regular de neurologista. Paciente de câncer em 1998, com duas recidivas (em 2001 e 2002), passei por cirurgias e sessões de quimioterapia sistêmica. Em 2004, com 20 kg a mais de peso, abandonei o sedentarismo em definitivo.

Para essa mudança no estilo de vida, encontrei quatro excelentes profissionais aos quais devo uma homenagem especial: em Brasília, o fisioterapeuta Luciano Salgado Bitarães (In memoriam); e os professores de Educação Física Emerson Corona, Juliana Emiko Taroda e Ricardo Lima Gonçalves (meus personal trainers em São Paulo).

Considero-me bastante sensível e aberta a uma interação professor - aluno. Informo sobre as medicações que uso. Costumo levar cópias de resultados dos exames solicitados por meus médicos para também auxiliarem nas escolhas dos exercícios mais adequados, sua intensidade, duração e frequência. Esse acompanhamento das atividades físicas propicia uma atenção individual, que identifica os pontos fracos a serem desenvolvidos e quais os cuidados especiais para cada pessoa. Com essa transparência na partilha de informações, posso afirmar que nunca me lesionei ao realizar exercícios físicos, sempre sob a supervisão de professores qualificados atuando com responsabilidade.

Acredito que, para todos nós, o melhor investimento é na saúde física e mental. Não há riscos de perdas ou prejuízos, somente lucros e benefícios. Para viver melhor, minha escolha foi o pilates (com aparelhos). Quem investe em saúde nunca tem bons motivos para desistir. 

Theresa Catharina de Góes Campos 
Brasília - DF, 11 de fevereiro de 2018

De: Juliana
Data: 11 de fevereiro de 2018

Dona Theresa Catharina:

Que ótima “declaração”!
Muito bom para aqueles que relutam em realizar atividades físicas e também incentivo para quem está começando ou mesmo com algumas restrições! 
Muito obrigada por sempre se lembrar de todos nós, profissionais de Educação Física e hoje seus amigos !
Um grande e forte abraço 
Juliana Emiko Taroda

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De: Theresa Catharina de Goes Campos <
theresa.files@gmail.com>
Data: 12 de fevereiro de 2018

Querida professora Juliana:
Como sempre, é uma alegria receber sua correspondência. 
Que bom você ter apreciado meu texto, no qual descrevo a dura realidade de alguns problemas patológicos, mas destacando um caminho de possibilidades para soluções de sobrevivência e qualidade de vida por meio da prática de atividades físicas, orientadas e sob a supervisão de profissionais qualificados e responsáveis.
Não esqueço você, nem os professores que me indicou para também me darem aulas, aí em São Paulo. O meu "muito obrigada" continua se repetindo, nas boas lembranças que eu cultivo, mesmo com o passar dos anos e apesar da distância física, que não apaga minha memória de gratidão. 
Que as bênçãos de Deus iluminem seus dias! 
Beijo e abraço carinhosos de sua aluna e amiga,
Theresa Catharina de Góes Campos


De: Elizabeth Fernanda de Campos Barros 
Data: 13 de fevereiro de 2018

Ótima materia, Tia. Adorei!
Um beijo da sobrinha 
Elizabeth


De: Monaliza Barbosa Arruda 
Data: 13 de fevereiro de 2018

Excelente texto! Fico muito feliz por contribuir para seu bem-estar, mantendo a funcionalidade e qualidade dos seus movimentos.
Parabéns pela perseverança e disciplina que são essenciais para a melhora e manutenção da flexibilidade, força, do equilíbrio e da coordenação.
Obrigada pela confiança.
Monaliza Barbosa Arruda.


De: Berê Bahia
Data: 2 de abril de 2018

Querida amiga,

Com respeito e admiração pela sua coragem e altruísmo neste relato pessoal, no enfrentamento do que para alguns poderia ser uma tragédia, você encara com coragem e luta na busca de tratamento que permite melhor qualidade de vida e ainda dando exemplos de superação e reconhecimento à equipe de profissionais gabaritados que lhe cercam e contribuem para minorar o que poderia ser uma limitação e se transforma em superação.

Compartilho sua atitude, em momento algum soneguei, escamoteei ou escondi de amigos o câncer intestinal que me acometeu, bem como a cirurgia e os tratamentos que enfrentei. Também tive uma equipe fantástica de profissionais os quais me acompanham semestralmente na avaliação dos exames requeridos.

Na minha autoavaliação, pior que o câncer é a tristeza e a indignação que sinto ao vivenciar a realidade catastrófica que o país tem enfrentado, no conluio mesquinho e calculado na degradação física dos bens e riquezas do patrimônio nacional, da perda da cidadania e dos valores morais e éticos, de uma casta predadora e venal que usurpa não só a dignidade mas principalmente as esperanças das gerações vindouras...

Este ano, após meu retorno da Bahia no final de janeiro, fui acometida de uma gripe insistente: após consultas e exames foi detectada uma "pneumonia atípica", da qual estou me recuperando. Minha médica homeopata está reforçando minha baixa imunidade com alimentação saudável e florais.

Enquanto durar o tratamento foi suspensa a hidroterapia e, para compensar, estou fazendo "Pilates" com a equipe que lhe assiste. Procurei a mesma em função do seu reconhecimento aos referidos profissionais. Obrigada pela dica.

Abração, 
Berê Bahia

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NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO?

Natal sem o Menino-Deus, sem gratidão nem compreensão do que o presépio e o nascimento de Cristo em Belém significam para todos nós, onde quer que vivamos, nunca foi, nem é Natal! Não importa o que digam as vitrinas comerciais e os anúncios publicitários, onde quer que estejam.

Mas ainda há esperança de vivermos o encontro com a família no santo presépio. Vamos nos unir aos Reis Magos que estão viajando, guiados por inspiração divina, por seus estudos e conhecimentos, conduzidos pela estrela de Belém, para adorar o Menino-Deus e lhe ofertarem, na tradicional festa da Epifania, as dádivas preciosas que trouxeram para a criança recém-nascida em uma manjedoura: incenso, ouro e mirra.

Se nós colocamos, com antecipação indevida, já no mês de novembro, a decoração natalina, sem esperar os quatro domingos do Advento, em dezembro, e não acendemos, em momento de meditação e prece, a cada domingo, uma a uma, as velas da Guirlanda do Advento - um belo costume, cultivado pelas famílias que praticam o verdadeiro espírito do Natal, inclusive se preparando espiritualmente para celebrá-lo em toda a profundidade de seu significado bíblico, podemos agora acompanhar os Reis Magos e, somente no início da segunda quinzena de janeiro desfazermos a decoração natalina de nossas casas.

Quanto a mim, após ler sobre uma senhora mineira que mantém o santo presépio durante o ano inteiro, sem jamais desmontá-lo, decidi, há alguns anos, acompanhar o seu belo exemplo. Portanto, durante o ano inteiro, quem entra em nossa residência vê a cena singela de uma família que se apresenta ao mundo com a missão de transformá-lo...ali, não falta hospedagem para o carpinteiro José, sua esposa Maria e a criança recém-nascida.

Num cenário de carência material, em ambiente despojado de vaidades e sem qualquer elemento supérfluo, encontramos no presépio os valores espirituais - permanentes - de que a humanidade tanto precisa. Toda a plenitude do amor que redime e salva! Feliz Ano Novo! Feliz Epifania!

Theresa Catharina de Góes Campos
Recife-PE, 30 de dezembro de 2011

Ver também:

 PRESÉPIO EM DESTAQUE NA SALA


De: Zuleica Fisher 
Data: 3 de janeiro de 2012 09:23
Assunto: Re: Com os meus votos de Feliz 2012, para você e toda a família, envio este meu texto ... NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO?
Para: Theresa Catharina de Goes Campos

Obrigada cara amiga pela linda e verdadeira mensagem de Natal.Estou perfeitamente de acordo e retribuo os melhores votos desta festa tão deturpada pelo aspecto capitalista.

Abraços
Valmor e Zuleica


De: MIRTÔ FRAGA 
Data: 18 de janeiro de 2012 10:43
Assunto: Re: NATAL SEM JESUS NO PRESÉPIO
Para: Theresa Catharina de Goes Campos

Belíssimo texto. Parabéns, também, por manter armado durante o ano
inteiro o presépio. Lindo e comovente gesto.
Abrs.
Mirtô

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O COMBATE ÀS PERSONIFICAÇÕES DO MAL EM LUTA CONTRA AS FORÇAS DO BEM

A presença permanente do mal, neste mundo em que vivemos, é uma verdade que, muitas vezes, preferimos ignorar ou, de fato, não sabemos reconhecer, o que não muda uma realidade apavorante.

Os filmes de terror com personagens fictícios monstruosos em histórias de ficção não amedrontam tanto quanto as tragédias provocadas por pessoas de carne e osso que, muito manipuladoras, não sentem culpa pelos crimes que praticam de forma repetitiva.

O psicopata entra em ação, e consegue nos surpreender quando ataca, porque se revela como tal quase unicamente após abater as suas vítimas.
Insidioso, traiçoeiro, amante de marcas e disfarces invisíveis, recursos que sabe utilizar com maestria. Eficiente nos diálogos de palavras melífluas, planeja o espaço onde colocará as armadilhas fatais.
Mente perigosa a dirigir todos os seus passos planejados, se expressa em gestos que podem ser rápidos, entretanto, têm efeito duradouro.

Na sociedade e na vida do ser humano, o mal se torna absolutamente devastador. Esgueira-se, convence ao mentir, perturba, lança dúvidas, engana. A calúnia é uma das armas que utiliza, sem piedade, na teia urdida que propicia outros males. Os caluniados agonizam lentamente, perdem espaço, se desesperam ao não encontrarem solidariedade, sentem-se isolados, morrem todos os dias.

Todavia, as forças do bem, igualmente presentes em nossa existência, vencerão a batalha final. Conservemos, portanto, sem vacilar, a nossa fé em Deus.
E continuemos a fazer as nossas orações.

Que São Miguel Arcanjo, anjo de luz a serviço das ordens divinas, esteja a nosso lado enquanto caminhamos nestes tempos perigosos; que ele nos torne invisíveis aos que insistem na prática de ferir, magoar o próximo; que a espada desse anjo, incansável guerreiro do bem, nos ajude a fugir, com êxito, das personificações maléficas, a escapar das ações de psicopatas, assim como a resistir, incólumes, a todos que pretendem e podem nos fazer o mal.

Príncipe da Milícia Celeste, guarda e protetor de nossa vida, com a sua espada e o seu poder, concedidos por Deus, retirai esses agentes do mal, dos caminhos que estivermos percorrendo.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 27 de outubro de 2014

De: Joao Vianey de Farias 
Data: 3 de novembro de 2014

Theresa,
O que podemos dizer: AMÉM!!!!
João Vianey de Farias

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SEM FÔLEGO 

(Wonderstruck - EUA, 2017 - de Todd Haynes, 117min)

Ben e Rose são crianças de épocas diferentes que, por iniciativa própria e secretamente, também desejam vidas diferentes. Ben anseia pelo pai desconhecido, enquanto Rose sonha com uma atriz misteriosa. Quando Ben descobre uma pista em um livro de curiosidades, e no momento em que Rose lê uma notícia no jornal, ambas as crianças partem em jornadas que transcorrem com uma simetria, em vários aspectos, fascinante .

Elenco:Julianne Moore, Oakes Fegley, Millicent Simmonds, Jaden Michael, Cory Michael Smith, Tom Noonan, Michelle Williams

Direção:Todd Haynes
Roteiro: Brian Selznick
Produção: Christine Vachon, Pamela Koffler, John Sloss

Inspirado no livro SEM FÔLEGO (Wonderstruck, no original) 
de Brian Selznick.

Recomendo "Sem fôlego" para todas as idades, por ser um filme inteligente e criativo, sem apelações, que acompanha as dificuldades da surdez vivenciadas pelos jovens protagonistas da história. Destaca a importância dos laços afetivos, a necessidade de amigos. Livrarias, museus e obras literárias enriquecem a narrativa, sendo fios condutores no roteiro comovente. Uma pequena joia, com brilho próprio.

Theresa Catharina de Góes Campos 
Brasília - DF, 06 de fevereiro de 2018

 
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OS RECÉM-CHEGADOS

(miniconto)

Não vieram me fazer uma visita social, nem chegaram como hóspedes convidados ou como vizinhos me solicitando ajuda, nem me pedindo algo emprestado. Vieram para ficar, viver comigo, adequados à minha rotina, embora com vida própria, autêntica. Encontraram o seu espaço, que ocuparam harmonizados ao ambiente. 


Os recém-chegados são bem tranquilos. Inspiram uma sensação de alegria e paz, transmitindo lirismo com serenidade, perfeitamente integrados à paisagem interior da residência.


"Corajoso", o pequeno cão São Bernardo, uma raça canina natural dos Alpes suíços, nem discutiu comigo, aceitando o cantinho que escolhi para ele, pertinho do sofá. Assim, de tão à vontade, dá a impressão de ter sido uma escolha sua, ficar na sala, como lugar preferido, próximo à entrada do apartamento. 


Entre as características da raça, vigilante e muito ativa, inclui-se uma excelente habilidade no trabalho de resgate, assim como um temperamento dócil, calmo e amável. Um bom animal, que não dá trabalho, nem perturba o dia a dia de uma casa, enfim, semelhante a toda "pessoa do bem". Nem poderia ser diferente, quando recordamos que os cães São Bernardo se tornaram célebres por saírem vencedores em situações dificílimas, nos desafios que enfrentam para resgatar acidentados na neve, inclusive após avalanches. 


O meu "Corajoso" tem uma respiração pausada e regular, em seu encantador "repouso do guerreiro". 
Quando regresso ao apartamento, mesmo ao contemplar o cãozinho dormindo, tenho a impressão reconfortante de que me recebe, pois não se deixa perturbar pelo som da porta que abre e depois se fecha. Meu olhar vai primeiro para ele, imperturbável no sono. Um encontro no silêncio. Uma compreensão entre dois seres diferentes, compartilhando um espaço residencial.


Ao sair, meus olhos levam comigo a sua imagem de tranquilidade, que me inspira confiança. 


"Corajoso" não chegou sozinho. Com ele vieram quatro peixinhos coloridos. Coloquei o pequeno aquário em lugar estratégico, visível do corredor - no espaçoso banheiro social.


Os que me visitam afirmam se encantarem com essas novas presenças na casa. Já os trouxe com os nomes escolhidos: o cãozinho da raça São Bernardo, "Corajoso", mais os pequeninos na água - Esperança, Alegria, Entusiasmo e Amor. A qualquer pessoa eu recomendaria todos eles como hóspedes residentes que em nada perturbam e contribuem para manter um ambiente de harmonia saudável.


Significativo para mim foi o lugar onde os encontrei: na livraria preferida, entre centenas de livros e dezenas de outros artigos (presentes e produtos de papelaria). 


Podem acreditar em todos os detalhes desta história verdadeira. A quem me pergunta se o São Bernardo e os peixes coloridos são "de verdade", logo explico:


"Sim! Na fantasia e nos sentimentos de minha imaginação, eles têm vida!"

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 10 de março de 2014

 

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De: Hercilia Lopes Lopes 
Data: 10 de fevereiro de 2014

Oi, Theresa, obrigada pelo seu texto OS RECÉM-CHEGADOS (miniconto). É de belas palavras que devemos nos rodear.
Já li o livro "Território da Fantasia", de Ceres Alvim, e volto a te agradecer por tão agradável leitura.

Abraços,
Hercília


De: Elizabeth Barros 
Data: 28 de fevereiro de 2014 

Querida Tia Therezita, eu achei maravilhoso, este texto da senhora sobre os peixinhos e o cãozinho São Bernardo, que estão em sua casa.
Foi uma idéia ótima da senhora comprar esses lindos companheiros.
Um beijo, da sobrinha Elizabeth.


NOTA DA EDITORA:
Minha irmã Victoria me surpreendeu, um ano depois, ao me pedir para que eu encontrasse, para ela, um cãozinho "igual ao seu, só quero se for igual ao que você tem!", me disse, determinada em sua exigência.
Enfrentei uma certa dificuldade, no início da busca, mas consegui achar, em uma papelaria, um animal igualzinho ao meu, para presenteá-la. Contente, Victoria logo me informou que havia escolhido o nome bíblico "Filêmon" para colocar no filhote de São Bernardo.

http://www.theresacatharinacam pos.com/comp6184.htm

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 15 de março de 2015


De: Monaliza Arruda 
Data: 21 de julho de 2015

(...)
Linda, a descrição sobre os "fofos" moradores de sua casa. (...)
Monaliza

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UMA JANELA E DUAS IRMÃS

Nossos pais determinaram que, para uma convivência pacífica e justa entre as irmãs, e como a mais velha, eu, sentia frio, ao contrário da caçula, que habitualmente reclamava do calor, deveríamos alternar: uma noite a janela ficaria fechada, na noite seguinte, aberta. Dormimos sempre assim, as duas irmãs, da infância ao casamento da caçula, esta a primeira dos três irmãos a se casar. Ano após ano, no quarto tranquilo, nas muitas cidades em que vivemos, compartilhávamos o quarto e nos deitávamos em camas paralelas. E fomos as melhores amigas, uma da outra. Personalidades diferentes, mas educadas com equidade e dedicação amorosa de nossos pais.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 15 de maio de 2017

De: Leman Pechliye
Data: 16 de maio de 2017

Bonito! Sessão nostalgia!
Lembrei da minha juventude, quando eu e minha irmã dormíamos no mesmo quarto. Eu acordava muito cedo, quatro horas da manhã, tinha que acender a luz pra me vestir... Ela reclamava muito disso! Apesar de tudo éramos muito unidas!
Leman


De: Elizabeth Barros
Data: 17 de maio de 2017

Tia, gostei muito destas suas lembranças, que vieram como um poema. Recordações de uma infância feliz são bênçãos maravilhosas! (...)
Um beijo da sobrinha, 
Elizabeth

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"A RODEAR MARES E JARDINS", de Reynaldo Domingos Ferreira
 

O escritor, jornalista e advogado Reynaldo Domingos Ferreira, autor de obras publicadas - em gêneros literários desde peças de teatro, poesia e memórias, ao "Dicionário da Dívida Externa Brasileira", tem novo livro editado: 

"A Rodear Mares e Jardins".

 
O título, conforme explica Reynaldo Domingos Ferreira, " surgiu de uma expressão - a rodear jardins - regularmente usada pelo padre Antônio Vieira para significar divagação ou andar sem rumo."  

A RODEAR MARES E JARDINS reúne três narrativas de viagens: a primeira, a Nova York, com o Coro Sinfônico da UnB - para cantar no Carnegie Hall; a segunda, ao Vale do Loire, com um grupo de vinte pessoas de Brasília; e a terceira, a bordo do veleiro Beethoven, atracado na marina de Puerto La Cruz, na Venezuela, a convite de um amigo para velejar no Mar do Caribe. 

 
Os relatos minuciosos dessas três viagens nos demonstram a cultura enciclopédica de Reynaldo Domingos Ferreira, já bastante conhecida pelos admiradores de outros textos de sua autoria. 

Aos leitores desavisados, a evocação lírica do título talvez engane, de início, porque antecipariam uma leitura de roteiros poéticos. Embora se possa, a qualquer momento, enxergar poesia em tudo que encontramos, o que se comprova nas páginas de A Rodear Mares e Jardins, onde a poesia se faz presente, noite e dia, na tristeza e no entusiasmo, na solidão e no convívio humano.

Na obra repleta de informações, vê-se que o escritor, em seus relatos de viagens, faz observações sobre: urbanismo e arquitetura, fatos e personalidades, administração federal e municipal; literatura universal, história e música; enologia, gastronomia e hábitos alimentares; botânica, geografia física; biografias e crítica literária; artes plásticas e cênicas (teatro, dança e cinema ); biografias, costumes, comportamento e política; mobiliário e decoração; características e tendências econômicas, oscilações do mercado! 

Longe de casa, o viajante Reynaldo Domingos Ferreira não se manteve afastado intelectualmente do Brasil. Em várias oportunidades, fez comparações no tempo e no espaço. 

Ao longo de seus itinerários, o escritor mantém o hábito de comprar jornais, acompanha editoriais e notícias publicadas na imprensa dos países visitados. A ênfase maior, contudo, ele coloca além das modernidades e dos avanços tecnológicos - está nas pessoas, nos encontros e relacionamentos. Comparece a um casamento, vai ao cinema, canta ao lado de novas amizades, conversa sobre livros e a cultura dos povos, posiciona-se na questão separatista dos bascos, visita museus e assiste a uma ópera, na companhia de amiga. 

Em A Rodear Mares e Jardins, somos convidados a empreender, prazerosamente, a leitura do que seria identificada, se o objetivo fosse a publicação na imprensa, como uma série de reportagens especiais, escritas com erudição - jornalismo cultural, realizado com olhar atento, em atitude ativa, com a reflexão crítica que abrange os detalhes inseridos no conjunto interpretado, sem faltar uma análise que considera as observações na perspectiva necessária. Aqui não está ausente a coragem das opiniões pertinentes, fundamentadas com objetividade. 

A realidade surge como tela viva, emoldurada por contexto específico.

As numerosas citações, eficientes e apropriadas, mostram-se absolutamente adequadas, acrescentando beleza e sensibilidade às narrativas.

Em Nova York, a música é o fio condutor a reger a programação, portanto, exerce com elegância a função de protagonista. 
Ressalta-se ainda, nessas páginas, um poema de Reynaldo Domingos Ferreira; com o registro de textos reproduzidos no latim original; e a descrição dos acontecimentos que precederam a viagem, dos antecedentes das decisões, das providências para que a apresentação do Coro Universitário da UnB se concretizasse, apesar das inúmeras dificuldades em conseguir patrocinadores. Os interesses políticos, em sua maioria camuflados, por isso desconhecidos pelo grande público, compõem os bastidores, aos quais se acrescentava a influência do grupo religioso frequentado por alguns personagens. 

Na segunda viagem (Ao Longo do Vale do Loire), a narrativa mostra, em destaque, a enologia e a gastronomia.
Reynaldo Domingos Ferreira descreve as características dos famosos vinhos franceses, o cultivo, os diferentes processos usados na fabricação dos vinhos, as adegas e a rotina dos viticultores; assim como os saborosos cardápios, servidos aos turistas durante o itinerário

Castelos, igrejas, capelas e catedrais também estão no roteiro, que se curva à beleza dos templos franceses. O autor afirma sua preferência pela Catedral de Saint-Étienne: "uma das mais belas da França".

Visitando com o narrador os locais em que se reverencia a corajosa e piedosa guerreira Joana d'Arc 
(1412-1431), recordamos as batalhas que a jovem heroína liderou, as ciladas de que "A Donzela de Orléans" foi vítima e tantos sofrimentos lhe causaram, na sua breve existência. 
Reynaldo Domingos Ferreira também registra o reconhecimento de Jules Michelet como o melhor biógrafo de Joana d´Arc. 

 
Na terceira viagem, o tema não é apenas a experiência de velejar no Mar do Caribe. Sobressai a inquietação do escritor ante o cenário desolador da situação política na Venezuela, presidida pelo ditador Hugo Chávez, seguidor de Fidel Castro. Dramas e tragédias, nesta última parte do livro, inclusive as condições de pobreza e ausência de serviços básicos para a população, estão paralelamente descritos às muitas oportunidades de convivência tranquila, conversas e refeições partilhadas com velejadores e seus familiares.

A Rodear Mares e Jardins, de Reynaldo Domingos Ferreira, me levou a evocar, em uma extraordinária peregrinação no tempo: os artistas rupestres, que transmitiram movimento a seus desenhos nas cavernas pré-históricas; as viagens do fabulista Esopo, na Antiguidade; os jograis, menestréis e trovadores medievais, que visitavam castelos e vilas, acompanhados de sua música e poesia, observando e trocando informações preciosas.

E a evocação de outro viajante, o jesuíta missionário e dramaturgo Padre José de Anchieta, que escreveu cartas, sermões, poesias e uma gramática da língua tupi.

Encerro esta primeira leitura de A Rodear Mares e Jardins (
o livro merece mais, por ser tão agradável e pleno de informações) com a nítida impressão de que Reynaldo Domingos Ferreira, nos relatos de suas três viagens, demonstrou, em todos os momentos, vivenciar essas experiências como um capitão de barco que, com mar tranquilo ou agitado, entre calmarias e tempestades, com maturidade e destemor registrou "quase tudo", em seu "diário de bordo". 

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília, 9 de janeiro de 2012 

 

 

Jornalismo com ética e solidariedade.