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Exposição Centenária de 1922 - uma raridade
histórica
De: Reynaldo Domingos Ferreira
Data: 8 de agosto de 2018
Assunto: Fwd: Exposição Centenária de 1922 - uma
raridade histórica
Repassando: Já que a mensagem sobre o Último
Baile da Monarquia fez tanto sucesso, entre os
diletos missivistas, repasso-lhes agora outra
raridade histórica, que me presenteou um amigo,
A Exposição Centenária da Independência do
Brasil, de 1922.
Mas sobre esse documento, precisa-se saber que
as autoridades republicanas morriam então de
medo de que a exposição despertasse, no povo, o
aplacado sentimento de saudosismo do regime
Monárquico, e pudesse, por isso, reacender o
espírito de revolta contra a sempre periclitante
república, imposta por um golpe militar,
patrocinado pelos americanos. Então o que se
fez?... Para tentar obnubilar o brilho da
Exposição, o jornal "O Estado de S. Paulo" -
fiel às autoridades republicanas - recebeu
dinheiro de bancos dos EUA para financiar um
insignificante movimento intelectual,
a Semana de Arte Moderna, que aconteceu nos
porões do Teatro Municipal de São Paulo.
Os promotores do tal movimento, Oswald de
Andrade - trabalhei com o filho dele, Nonê, no
início da minha vida profissional de jornalista
-, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia e Anita
Malfatti, encheram a burra de dinheiro para
percorrerem todo o país, fazendo palestras sobre
as novas ideias estéticas, como o
impressionismo, o dadaísmo, o pontilhismo, que
então já eram velhas na Europa, onde surgiram,
ao início do século XX.
Resumo da história: a república foi, é, e
continuará sendo sempre uma baderna. E os
intelectuais brasileiros, além de atrasados e
superados, estão sempre dispostos, dependendo do
patrocínio, de participar de todas as
bandalheiras possíveis, que lhes forem
propostas, como as de agora em defesa de um
ex-presidente, condenado a mais de doze anos de
prisão por haver saqueado, por todos os meios, o
dinheiro público, durante os seguidos anos em
que mandou na república. Triste destino...
Reynaldo Domingos Ferreira
20180812-08.pps
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