|
|
|
|
|
|
OS TREZE PRIMEIROS DIAS DO NOVO GOVERNO
Nada mais inapropriado do que editorial, do
jornal "O Estado de S. Paulo", de ontem,
domingo, intitulado "Desassossego", referindo-se
a esses treze primeiros dias de atuação do novo
governo, eleito pelo povo para retomar o país de
uma organização criminosa, que o exauria, aos
poucos, mas de forma constante e sistemática,
nos últimos anos, sem que a "besta midiática" -
como diria o detetive paraplégico de um seriado
da televisão francesa - disso tomasse
conhecimento, ou, se ciente de tudo, se
mostrasse conivente com o que estava acontecendo
contra a sociedade brasileira.
Desassossego, portanto, havia, sim, antes desse
já histórico primeiro dia de janeiro, de 2019,
em que o povo, numa euforia poucas vezes vista,
em Brasília, tomou conta, por completo, da Praça
dos Três Poderes, bem como da Esplanada dos
Ministérios, para saudar aos que, bem
intencionados e de corações abertos, carregados
da mais funda esperança cristã, se investiam no
poder. Nesta ainda incompleta primeira quinzena
de governança, portanto, o que está
verdadeiramente, em pauta, são as mudanças de
paradigma.
E, nesse caso, é na observância do que vem
acontecendo, todos esses primeiros dias, que se
poderá reconstruir o terreno, no qual, como
admitem alguns estudiosos do tema, poderão
crescer e fortalecer as novas maneiras de ser e
de pensar, tanto do governo, como da própria
sociedade, que vinha sendo amargamente iludida,
tapeada, há tanto tempo. Há de se compreender, a
propósito, que é extremamente necessário que, em
termos administrativos, se caminhe, com cautela,
pois, o campo permanece minado, com muitas
armadilhas preparadas pelos inimigos, que
deixaram o poder. Ou ainda estão atuantes,
principalmente, nos dois lados vizinhos, da
Praça dos Três Poderes.
É evidente que o governo precisa uniformizar
também, com brevidade, a sua comunicação com a
sociedade. Falta-lhe ainda um bom comunicador
social. Isso é inegável. É aconselhável destacar
bastante, por exemplo, essa decisão histórica,
há muito esperada, da criação de um Conselho de
Ministros para definir as linhas de uma política
internacional, da qual o Brasil se mostra muito
carente. Tudo, nessa área de atuação, é levado
aos trancos e barrancos, segundo a orientação de
políticos, que nada entendem de diplomacia - um
Oswaldo Aranha é peça rara ou raríssima por aqui
-, ou de diplomatas despreparados, como tivemos
alguns, nesses malfadados governos petistas.
Nada há de desassossego!... Há, sim, muita
expectativa pelos trabalhos de prospecção, que
veem sendo feitos, nas áreas da reforma agrária,
da edição de livros didáticos, da saúde, da
previdência, do meio ambiente - o anúncio de que
não nos desligaremos do Acordo de Paris é
altamente louvável -, da tributação, da
famigerada Lei Rouanet, para que, logo, o
governo tenha noção precisa do que deverá fazer.
Um outro passo importante já foi dado, a meu
ver, quando, de imediato, ele decidiu preservar
a estatal do trem de alta velocidade. Outras
medidas virão certamente!... Por enquanto,
portanto, é só tranquilidade.
Reynaldo Domingos Ferreira
Brasília - DF, 14 de janeiro de 2019 |
|
|
|