O sonho com a restauração do regime monárquico
De: Reynaldo Ferreira
Date: ter., 14 de jan. de 2020
On: Dans le Brésil de Bolsonaro, les
monarchistes se prennent à rêver de restauration
Repassando: Matéria sensacional do "Le Monde",
na edição desta terça-feira: " No Brasil de
Bolsonaro, os monarquistas - como eu - se põem a
sonhar com a restauração do regime monárquico."
A matéria, assinada por Bruno Meyerfeld, revela,
inicialmente, que à frente do movimento, pela
restauração do regime monárquico, está o
príncipe Bertrand, próximo dos meios
ultradicionalistas católicos. Ele, entretanto,
entrevista o vice-líder do movimento, o médico,
Rodrigo Dias, de 37 anos, no Museu da República,
do Rio de Janeiro, o palácio do Catete, que o
repórter não diz, mas que, para nós, ficou, para
sempre, marcado como cenário de uma tragédia: o
suicídio do ditador Getúlio Vargas.
Rodrigo Dias afirma: "Eu sempre amei a
monarquia. Desde meus tempos de colégio, admirei
a figura de Dom Pedro II, um homem culto,
prudente e honesto". Segundo o repórter, Dias
acredita, firmemente, na possibilidade, do
retorno do Império brasileiro, constitucional e
parlamentar, nos moldes da Dinamarca ou da
Inglaterra. E acrescenta: "Todos os países
prósperos e honestos são monárquicos" . Para
ele, nunca o clima político, visando à
restauração do regime monárquico, foi tão
favorável, como agora.
De fato,de acordo com o repórter do "Le Monde",
no Poder Executivo, várias são as figuras, que
não escondem seus pendores pelo retorno do
regime monárquico, tais como: Filipe Martins,
conselheiro de negócios estrangeiros do
presidente da República; Tarcísio Gomes de
Freitas, ministro da Infraestrutura, e
principalmente, Abraham Weintraub, da Educação.
No Parlamento, mais de uma dezena de
parlamentares, recentemente eleitos, formam um
embrião de um lobby monarquista, sob a
liderança, naturalmente, do príncipe Luiz
Philippe d'Orléans e Bragança, membro da Família
Real. De 50 anos, esse deputado, de sangue azul,
como declara Meyerfeld, próximo do clan
Bolsonaro, foi cogitado, durante algum tempo,
para ser o candidato, na chapa dele, a
vice-presidente da República.
"Ser republicano não tem nenhum sentido" - ele
afirma. E continua: "o Império era liberal,
trazia prosperidade e estabilidade para o
Brasil. Era um momento luminoso, para o pais,
que foi interrompido, por uma republiqueta
ditatorial e corrupta." Mas ele diz que nunca
houve tantos monarquistas, no país, como agora,
em todos os Estados e capitais brasileiros.
Acredita poder contar com, entre 100 e 200 mil
militantes da causa monárquica. Agora, vejam a
matéria do "Le Monde":
Dans le Brésil de Bolsonaro, les monarchistes se
prennent à rêver de restauration Par Bruno
Meyerfeld - Le Monde
Les partisans d’un nouvel empire ont obtenu une
nouvelle visibilité, notamment dans l’entourage
du chef de l’État. A leur tête, le prince
Bertrand, proche des milieux
ultratraditionalistes catholiques.
https://www.lemonde.fr/international/article/2020/01/14/dans-le-bresil-de-bolsonaro-les-monarchistes-se-prennent-a-rever-de-restauration_6025756_3210.html
De: Reynaldo Domingos Ferreira
Date: qui., 16 de jan. de 2020
Obrigado, amiga Theresa Catharina, pela
reprodução, em seus sites, da minha versão, da
matéria do Le Monde, sobre a distante
possibilidade de restauração do regime
monárquico, no Brasil. Forte abraço,
Reynaldo Domingos Ferreira |