Grupo
Fasano ingressa em novo segmento do
mercado, o Varejo, com diversos
produtos de marca própria.
Fasano encerra ano
com 3 novidades: estreia no varejo
com marca própria e a abertura de
duas novas unidades do Gero Panini
Em um ano marcado
pela forte retração econômica, o
Grupo Fasano encerra o ano com um
sopro de otimismo. Serão três
novidades em um intervalo de poucos
dias nesse mês de dezembro: a
inauguração de mais duas unidades do
Gero Panini e o ingresso em um novo
segmento de mercado — o varejo.
Caçula do irmão
estrelado, o
Gero Panini nasceu em junho de 2019 no
Itaim, em São Paulo. A abertura
marcava o retorno de Rogério Fasano
aos sanduíches, com ciabatas
recheados por itens como presunto
cru, queijo brie, alface e tomate.
A fórmula parece ter
agradado ao público. A
capital paulista logo ganharia uma
nova loja (no shopping Cidade
Jardim), além de outra inaugurada
nos arredores (Catarina Fashion
Outlet) –ambos os empreendimentos da
construtora e incorporadora JHSF,
sócia da família Fasano.
A quarta casa
paulistana ficará ao lado do Hotel
Fasano,
no terraço do primeiro shopping de
luxo do bairro dos Jardins, o Cidade
Jardim Shops — o CJ Shops, também da
JHSF.
“O
Gero Panini proporcionou uma nova
experiência gastronômica na cidade,
mais informal e descontraída, e ao
mesmo tempo manteve os nossos
principais atributos, como a
qualidade nas matérias-primas, o
cuidado e a atenção no serviço”, diz
Rogério ao responder as perguntas
enviadas por e-mail pela GULA.
A quinta casa, a
segunda a ser inaugurada neste ano
de 2020, será aberta no bairro de
Ipanema.
É a primeira no Rio de Janeiro,
exatamente no antigo casarão da Rua
Aníbal de Mendonça que até
recentemente abrigava o restaurante
Gero — agora abrigado nas
imediações, na unidade carioca do
Hotel Fasano, no local antes ocupado
pelo Fasano Al Mare.
“Sempre
esteve em nossos planos expandir a
marca para locais onde existe
um ambiente propício para manter o
projeto de forma mais informal, como
foi concebido. O seu DNA carrega a
facilidade de ser um modelo de
negócios replicável”, acrescenta o
restauranteur.
Com as duas
inaugurações, o
Grupo passará a somar 27
restaurantes no Brasil –
incluindo a operação de delivery.
Somente nas cinco unidades do Gero
Panini serão cerca de 230
funcionários. Os investimentos nas
duas casas não foram revelados — em
2019, a primeira unidade envolveu um
aporte de cerca de R$ 2,5 milhões,
segundo estimativa do próprio
Rogério ao jornalista Arnaldo
Lorençato naquela ocasião.
A principal novidade,
no entanto, é o Selezione Fasano.
Com 230 metros quadrados, o espaço
marca a entrada do Grupo Fasano no
setor de varejo. “Concretizo um
sonho antigo, afirma Rogério. “Tudo
era só uma questão de encontrar o
lugar perfeito e o timing para essa
ideia se transformar em realidade e
a trilogia de negócios —
restaurantes, hotéis e, agora, o
empório”, explica o empresário.
O lugar perfeito é o
já mencionado CJ Shops,
na Haddock Lobo. No local, com 20
metros de fachada total e 6 metros
de porta de entrada, é possível
encontrar produtos de alta
gastronomia que fizeram o Fasano ser
aclamado em seus restaurantes.
Mas a loja, um
projeto do escritório Paula Mattar
Arquitetos, traz um pouco da
experiência de quem conhece os
hotéis da grife. São
cerca de 800 itens, entre
produtos de marca própria e outros
de fabricantes endossados pelo
Grupo.
As expectativas com a
criação de uma marca própria são
elevadas. “Enxergamos
com bastante otimismo“,
destaca Rogério, sem arriscar
prognósticos para o ano de 2021
diante do cenário incerto desses
tempos de pandemia – inclusive de
outro sonho, a inauguração do
restaurante em Nova York.
A entrada do Grupo
Fasano no varejo representa, ainda,
um passo firme em direção a produtos
com marca própria. O
Selezione Fasano terá massas,
molhos, azeites e vinhos, entre
outras iguarias, além de uma linha
de produtos para casa, com curadoria
de Ana Joma Fasano (na
foto acima). São velas, mantas,
pijamas, poltronas, mesinhas e
outras peças já conhecidas pelos
hóspedes e clientes. Ao longo de
suas mesas e estantes, a loja ainda
reunirá itens inéditos.
No Brasil, a Taek, do
Grupo Pão de Açúcar, seria um
exemplo da materialização dessa
tendência. Já no segmento premium
também há precedentes. “Não
podemos esquecer que outras marcas
de luxo já foram ‘marca própria”,
observa presidente da Abmapro,
mencionando a Daslu.
Em períodos em
crescimento econômico significativo,
como a que o Brasil vem
experimentando desde 2014, ou
recessivos, caso deste ano de 2020,
segundo ela, cresce o interesse do
público em experimentar marcas
próprias.
É o caso desse ano em
que a economia deve ter um recuo de
4,55%, na previsão de analistas do
mercado financeiro ouvidos na
segunda quinzena de novembro pelo
boletim Focus. “O
mercado de marca própria está em
franco crescimento e deve
chegar a algo em torno de 25% a
30%”, destaca Neide.