A
BLINDAGEM
CONTINUA
Quando
as
investigações
da Lava
Jato e
adjacências
esbarraram
nesse
problemão,
a Ordem
dos
Advogados
do
Brasil
chiou,
como se
a
polícia
estivesse
ameaçando
o livre
exercício
da
profissão.
O que se
esperava
é que
fosse o
contrário
-- que a
OAB
apoiasse
as
investigações,
para que
a classe
dos
advogados
se
livrasse
dos maus
elementos.
Na sua
última
edição,
a Crusoé descobriu
que,
agora, a
pretexto
de
melhorar
a
legislação
sobre
lavagem
de
dinheiro,
o
Conselho
Federal
da
entidade
trabalha
para
adotar
uma
regra
que
blinda
ainda
mais as
bancas
de
advocacia.
Leia um
trecho
da
reportagem:
“ Não
é de
hoje
que
escritórios
de
advocacia
são
flagrados
em
tramas
desvendadas
por
investigações
de
combate
a
organizações
criminosas.
A
Lava
Jato
lançou
mais
luz
sobre
casos
dessa
natureza
e
expôs
situações
nada
republicanas
envolvendo
bancas
conhecidas
e
outras
nem
tanto,
como
o
uso
de
cerca
de
200
escritórios
para
escoar
propina
a
agentes
públicos,
conforme
revelou
o
empresário
Joesley
Batista,
da
JBS.
Em
2020,
a
Operação
E$quema
S,
baseada
na
delação
premiada
de
Orlando
Diniz,
ex-presidente
da
Fecomércio
do
Rio
de
Janeiro,
foi
ainda
mais
fundo
ao
desbaratar
um
esquema
responsável
por
desviar
150
milhões
de
reais
da
entidade,
abastecida
em
parte
com
dinheiro
público.
Entre
os
envolvidos,
havia
um
time
auricularmente
respeitável
da
advocacia
nacional,
como
o
filho
do
presidente
do
Superior
Tribunal
de
Justiça,
Humberto
Martins.
O
jovem
defensor
Eduardo
Martins
e
outros
parentes
de
magistrados
acabaram
alvos
de
busca
e
apreensão,
tiveram
seus
sigilos
quebrados
e
foram
denunciados
pelo
Ministério
Público.
Um
dos
citados
na
delação
de
Orlando
Diniz,
mas
não
denunciado,
foi
o
próprio
presidente
da
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil,
a
OAB,
Felipe
Santa
Cruz.”
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Boa
leitura
e um
abraço,
Equipes
O
Antagonista
e Crusoé |