Theresa Catharina de Góes Campos

     
Crônica do desrespeito

Cheguei com antecedência a uma consulta médica particular com o especialista do qual sou paciente há quase 2 décadas. As secretárias continuam descorteses e desatenciosas. Na bancada que ocupam, vejo aquele aviso SORRIA. O prédio é de alto nível, moderno e bem organizado. A sala de espera, bastante ampla, tem 2 sofás, várias poltronas e cadeiras. Ali já aguardam, cada uma em um sofá diferente, 2 senhoras. Faço o pagamento da consulta, agendada e confirmada. E vou me sentar mais longe, perto da porta, com minha bengala e a cuidadora, que me acompanham. A secretária me fala, então: "Estamos em uma pandemia. Peço que vá esperar embaixo. Depois, eu a chamarei pelo celular."

Mesmo acostumada com a ausência de simpatia, fiquei chocada, entretanto, saí do local quase vazio, com minha acompanhante. Não quis deixar o décimo-terceiro andar e, depois, novamente, precisar usar o elevador, para retornar à sala de espera com decoração refinada e secretárias deselegantes. Ficamos no mesmo andar, esperando na área próxima aos elevadores, eu com 76 anos e bengala, em pé, durante 45 minutos. Exatamente no horário de minha consulta, embora sem receber nenhum telefonema, mais uma vez entrei no consultório, onde havia apenas uma daquelas 2 pessoas que aguardavam atendimento. Ressalto que, para mim, especialmente em ambientes médicos, cortesia e simpatia são imprescindíveis. Nada substitui o acolhimento humanizado e sensível. Vou escolher melhor os ambientes que frequento.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 29 de janeiro de 2021


Prezada Senhora:
Agradeço o contato. O que ocorreu na minha última consulta foi como descrevi por escrito em meu texto assinado, objetivo e bastante preciso. Nunca fui bem atendida pela recepção da Clinica. Desde a primeira vez. A descortesia era habitual. E culminou no episódio inaceitável do dia 28/1/2021. Foi "a gota d'água", ou melhor, o "tsunami". Que confirmou a regra de anos. Quem tem o dever de sorrir não é o paciente. Ultrapassou todos os meus limites de tolerância.

Empresas como Sabin e Janice Lamas, por exemplo, das quais sou cliente há décadas, sempre oferecem aos clientes a oportunidade da avaliação. Também dou nota DEZ ao atendimento do Consultório Odontológico do Dr. Marcelo Brilhante do Couto, de quem sou
paciente desde 2002.

Pessoas habilitadas em informática talvez precisem aprender a recepcionar pacientes com um mínimo de boas maneiras.
Cordialmente,
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 3 de fevereiro de 2021

 

Jornalismo com ética e solidariedade.