MISSÃO: ACABAR
COM TUDO
A missão em
Brasília está
clara: o
establishment
quer anular as
condenações da
Lava Jato. Isso
ficou claro no
julgamento no
STF que avalizou
o acesso da
defesa de Lula
às menagens
roubadas da Lava
Jato. A própria
liminar de
Ricardo
Lewandowski,
julgada pela
Segunda Turma,
mais conhecida
como “Jardim do
Éden” dos
criminosos, foi
uma manobra para
evitar que o
pedido da defesa
de Lula
permanecesse com
Luiz Edson
Fachin, segundo
os procuradores
da Lava Jato.
Eles tentaram
impedir o acesso
dos advogados do
ex-presidiário
às mensagens —
mensagens que
não foram
periciadas e,
portanto, podem
ter sido
fraudadas pelos
hackers que as
roubaram. A
manobra foi
chamada pelo
Ministério
Público Federal
de “burla do
juiz natural”.
Na edição desta
semana da Crusoé ,
a revista conta
todos os truques
que vêm sendo
utilizados para
anular as
condenações de
Lula e,
possivelmente,
as de outros
condenados no
âmbito da Lava
Jato. Um deles é
desqualificar
Sergio Moro e os
procuradores
pela boca do
ministro Gilmar
Mendes, o
maestro
anti-Lava Jato
no Supremo
Tribunal
Federal. A Crusoé conta
também o que
poderá acontecer
daqui em diante.
Leia um trecho
da reportagem de
capa da Crusoé:
“Gilmar
Mendes
aguardava
havia mais
de dois anos
o momento
oportuno
para tirar
da gaveta
aquilo que
os algozes
da Lava Jato
acreditam
que será o
golpe fatal
na maior
operação de
combate à
corrupção já
feita no
país. Desde
dezembro de
2018, o
ministro do
Supremo
Tribunal
Federal
segura em
seu gabinete
o habeas
corpus no
qual a
defesa do
ex-presidente
Luiz Inácio
Lula da
Silva pede a
suspeição de
Sergio Moro
para
processar e
julgar o
petista e a
anulação de
todos os
atos do
ex-juiz de
Curitiba nos
processos
dele, o que
inclui a
condenação
no caso do
tríplex do
Guarujá e as
demais
decisões nas
ações do
sítio de
Atibaia e do
Instituto
Lula. Gilmar
pediu vista
do habeas
corpus
depois que
seus colegas
Edson Fachin
e Cármen
Lúcia
votaram
contra o
pleito de
Lula — que
estava preso
à época —,
abrindo 2 a
0 no placar
da Segunda
Turma,
composta por
cinco
magistrados.
Desde então,
o ministro
prometeu,
mais de uma
vez, colocar
o recurso em
pauta, o que
não ocorreu.
Agora, o
momento de
virar o jogo
chegou. Com
a entrada de
Kassio
Marques na
corte e o
uso retórico
das
mensagens
roubadas da
força-tarefa
para
desqualificar
a Lava Jato,
Gilmar
pretende
retomar
depois do
Carnaval o
julgamento
do recurso
que hoje não
apenas
simboliza
uma possível
vitória de
Lula sobre
Moro, mas
também a
derrota do
modelo de
investigação
que
conseguiu,
ainda que
por um breve
período,
acabar com a
impunidade
de corruptos
e
corruptores
no Brasil.
A sanha para
tornar os
diálogos
apreendidos
pela
Operação
Spoofing em
provas
lícitas para
anular
sentenças de
condenados
por
corrupção,
lavagem de
dinheiro e
organização
criminosa ao
longo de
quase sete
anos de Lava
Jato ficou
escancarada
na sessão da
Segunda
Turma do STF
na última
terça-feira,
9, nos
efusivos
votos de
Gilmar e de
Ricardo
Lewandowski.
Ambos foram
acompanhados
de forma
mais
discreta por
Cármen Lúcia
e Kassio
Marques,
convalidando
o acesso da
defesa de
Lula a todo
acervo de
conversas
obtido
ilicitamente
por hackers.
A medida
tinha sido
deferida por
uma liminar
de
Lewandowski
a pedido do
advogado
Cristiano
Zanin no dia
28 de
dezembro,
durante o
recesso do
Judiciário,
e contestada
pelos
procuradores,
após uma
manobra
jurídica
feita para
direcionar o
caso ao
ministro
notoriamente
crítico da
Lava Jato,
no escopo de
uma
reclamação
que tratava
do acesso a
documentos
da delação
da
Odebrecht.
Esse mesmo
pedido de
compartilhamento
do material
roubado já
tinha sido
distribuído
anteriormente
a Fachin,
que
encaminhou o
julgamento
ao plenário
do STF, onde
votam todos
os onze
ministros da
corte.
Depois da
liminar
favorável de
Lewandowski,
Zanin,
espertamente,
desistiu do
recurso que
estava com
Fachin, numa
artimanha
classificada
como "burla
do juiz
natural" pelo
Ministério
Público
Federal. O
caso foi,
então, para
o colo de
Lewandowski.”
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Boa leitura e um
abraço,
Equipes
O Antagonista e
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