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								Indignação geral com o STF - Reynaldo Domingos 
								Ferreira / Ricardo Sampaio 
								 
								  
								 
								 
								De: Reynaldo Domingos Ferreira 
								Date: sáb., 27 de mar. de 2021  
								Subject: Fwd: Indignação geral com STF 
								 
								Repassando: O julgamento final dela, a Megera 
								mineira, há de chegar!...Um dia, quando tiver de 
								se aposentar e, se por acaso, retornar a seu 
								berço natal, Montes Claros - terra de serestas - 
								terá de conviver com o repúdio de seus 
								conterrâneos ante o julgamento inexorável da 
								História. Minas Gerais jamais lhe perdoará!... 
								Leiam a carta do advogado Ricardo Sampaio, do 
								Paraná, já enviada ao gabinete da " indigna 
								velha senhora ", como a chamaria Bertold Brecht 
								- já que hoje é o Dia Mundial do Teatro -, se 
								vivo ele fosse. 
								---------------- 
								 
								UM VOTO E O JULGAMENTO DA HISTÓRIA - Ricardo 
								Sampaio - OAB-PR 25.788 (já encaminhado ao 
								gabinete da Ministra) 
								 
								Excelentíssima Senhora Ministra CÁRMEN LÚCIA 
								 
								Atônito, como milhões de brasileiros, 
								manifesto-lhe respeitosamente surpresa e 
								indignação com sua inusitada mudança de voto no 
								emblemático julgamento da 2a. Turma do STF, no 
								dia de ontem, 23/03/2021, destinado a ter 
								repercussões históricas e sociais gravíssimas. 
								 
								Não o faço, senhora Ministra, por viés 
								ideológico, partidário ou pessoal, que não os 
								posso ter como advogado, ex-juiz, ex-presidente 
								de tribunal e com 47 anos de atividade 
								profissional no Direito. A surpresa e o choque 
								seriam os mesmos, qualquer que fosse o réu. 
								 
								Bem sei que o magistrado pode reconsiderar o 
								voto até o momento em que ainda não proclamado o 
								resultado do julgamento. Mas jamais sem que 
								nenhum - repito e enfatizo! - absolutamente 
								NENHUM "fato novo" tenha vindo ao processo, 
								lícito, legal e constitucional, no intervalo 
								entre o seu primeiro voto e o de ontem! 
								 
								É justo conceder-lhe o "benefício da dúvida", de 
								que agiu com respeito às suas mais sagradas 
								convicções – somando-se a dois outros votos, 
								dentre cinco, para verem o que não viram nem o 
								juiz de 1o, grau, nem os três desembargadores do 
								TRF da 4a. Região, nem os Ministros do STJ, nem 
								o Ministério Público em seus três graus. 
								 
								Mas o seu voto, Senhora Ministra, vai muito além 
								da dúvida sobre suposto e sagrado direito 
								constitucional do réu, que até o momento só foi 
								vislumbrado como violado por três, dentre onze 
								Ministros da Corte Suprema. 
								 
								Extrapola o julgamento isolado. Espraia-se pelo 
								país como inequívoco sinal de premiação à 
								impunidade. Promove o desalento entre nosso 
								sofrido povo, que voltará a acreditar que, cedo 
								ou tarde, o Excelso STF faz tábula rasa de 
								detalhada instrução processual e se apega a 
								derradeiros pedúnculos e a contorcionismos de 
								linguagem, desprezando a inteligência e a 
								imparcialidade de todos os magistrados que antes 
								trabalham no feito, em três instâncias 
								inferiores. 
								 
								Aterrador que o voto decisivo de uma só penada 
								absolva por via indireta um réu já condenado em 
								três graus de jurisdição e por mais da metade da 
								opinião pública do país e condena e execra o 
								mais corajoso, intrépido, célere, preparado e 
								leal juiz que, ao risco da própria integridade 
								física, foi um sopro de alento para 215 milhões 
								de brasileiros, acostumados e conformados com a 
								impunidade dos poderosos, herança e cultura 
								malditas que nos acompanham há 521 anos. 
								 
								O seu voto, e mais do que ele, a circunstância 
								da reconsideração tardia, sem argumentos 
								técnicos sólidos e convincentes, restabelece a 
								desesperança de todo um povo e fortalece os 
								pregoeiros da ditadura, mediante atos 
								delinquentes que pregam até intervenção em nosso 
								sagrado STF. Talvez tenha sido, também, ainda 
								que inconsciente, a martelada que faltava no 
								último prego do caixão da mais importante 
								operação de combate e desestímulo à corrupção em 
								nosso querido país – talvez no mundo. 
								 
								Um dia, a Senhora Ministra haverá de se 
								aposentar por ato próprio ou disposição 
								constitucional. Quando, e se, retornar a seu 
								berço natal, em Montes Claros-MG, terá de 
								conviver com o julgamento inexorável da 
								História. Nele infelizmente entrará apequenada, 
								pois o que ficará na memória não será a defesa 
								de um direito individual, por mais relevante, 
								mas sim de ter-se vergado à verborragia de 
								diatribes e achincalhes de um seu Par, este sim, 
								claramente “suspeito”, por infatigável guerra 
								contra um homem de bem, íntegro e digno cujo 
								único crime foi ter sido JUIZ na maior acepção 
								da palavra, ter cumprido sua missão e ter 
								trabalhado por um Brasil melhor. 
								 
								Então, poderá voltar os olhos para as 
								consequências danosas de seu voto para o Brasil 
								e a própria ordem jurídica e também para as 
								montanhas do Serro, a pouco mais de 300 
								quilômetros. E haverá de se lembrar da grandeza 
								de seu conterrâneo PEDRO LESSA, ali nascido, 
								tido como o maior dos Ministros do Supremo 
								Tribunal Federal. Talvez porque foi súdito dos 
								autos e da Justiça e sempre viu o juiz como 
								“vivificador da norma e construtor das 
								soluções.” E, como pregava ele em histórico voto 
								no STF, no HC 2793, “... é ocioso indagar se 
								pelo habeas corpus se podem resolver questões 
								políticas. Nem políticas, nem civis...” 
								 
								Felicidades, e que os Céus apaziguem seu coração 
								e mente, quando cedo ou tarde se der conta da 
								enormidade do erro ontem cometido, e de suas 
								danosas consequências para a Justiça e o Brasil! 
								 
								Ricardo Sampaio - OAB-PR 25.788 | 
							 
							
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