A MALDIÇÃO QUE
RECAI SOBRE QUEM
OUSA INVESTIGAR
TOFFOLI
Na sua edição
semanal, a Crusoé traz
uma reportagem
sobre o destino
infausto de quem
ousou investigar
o ministro Dias
Toffoli.
Praticamente
todos foram
punidos de
alguma forma.
Recentemente,
Dias Toffoli foi
alvo de pedido
de investigação.
Um delegado da
PF achou que a
delação de
Sérgio Cabral,
ex-governador do
Rio, era
suficientemente
forte para
apurar o relato
de venda de
sentenças. A
delação inteira
foi revelada
pela Crusoé.
Pois bem, já há
sinais de que as
coisas podem não
acabar bem para
o delegado. Com
o fim da Lava
Jato, voltou a
ser proibido
investigar
poderosos, ao
que parece.
Leia um trecho
da reportagem
da Crusoé:
“Dos pedidos
feitos pela
Lava Jato
para
investigar a
relação de
Toffoli com
as
empreiteiras
Odebrecht e
OAS à
apuração da
Receita
Federal
sobre os
vultosos
pagamentos
recebidos
pelo
escritório
de advocacia
de Roberta
Rangel,
mulher do
ministro, as
suspeitas
envolvendo o
ex-presidente
do Supremo
costumam ser
acompanhadas
de duras
reações,
seja para
sustar as
investigações,
seja para
punir quem
as conduziu.
Como mostrou
Crusoé na
semana
passada,
Sérgio
Cabral acusa
Toffoli de
ter recebido
4 milhões de
reais para
dar duas
decisões
favoráveis a
prefeitos
cassados,
quando foi
presidente
do Tribunal
Superior
Eleitoral,
entre 2014 e
2015. O
ministro
nega. Diz
que nunca
recebeu
valores
ilegalmente.
Para além de
o caso estar
fadado ao
arquivo, já
se espera um
contra-ataque
aos
policiais
que
trabalharam
na delação.
Na própria
Polícia
Federal,
entre as
equipes que
acompanharam
de perto as
tratativas
com Cabral,
é dado como
certo que
haverá algum
tipo de
retaliação
ao delegado
Bernardo
Guidali, que
assinou o
ofício
enviado em
30 de abril
ao STF,
pedindo a
abertura de
um inquérito
na corte
para apurar
as acusações
do
ex-governador
do Rio de
Janeiro.
Os
prognósticos
têm se
confirmado.
Na semana
passada, sob
forte
pressão
interna,
Edson Fachin
não apenas
negou o
pedido feito
pelo
delegado,
como proibiu
a PF de
investigar
os relatos
feitos por
Cabral até
que o
tribunal
decida se a
delação é
válida. De
perfil
discreto e
técnico,
Guidali é
daqueles
investigadores
que não
costumam se
intimidar
diante de
poderosos.
Em 2019, ele
chegou a
pedir a
prisão
temporária
da
ex-presidente
Dilma
Rousseff e
de outros
nomes de
peso da
política, no
curso de um
inquérito
sobre
pagamentos
ilícitos de
40 milhões
de reais da
JBS nas
eleições de
2014. O
delegado
alegava que,
soltos,
Dilma e os
demais
envolvidos
na trama
poderiam
interferir
na coleta de
provas. O
pedido foi
negado pelo
mesmo Fachin,
mas Guidali
seguiu
trabalhando
no Serviço
de
Inquéritos
Especiais da
PF, o Sinq,
grupo
especial
cuja missão
é investigar
autoridades
com foro
privilegiado
nos
tribunais
superiores.
Nem mesmo a
permanência
dele na
equipe está
assegurada.”
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Boa leitura e
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Equipes
O Antagonista e
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