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Como escrevi em artigos anteriores, uma
saída rápida para a crise (minimizando o
número de novos
casos e, sobretudo, o de
mortes) dependeria de dois fatores: (i)
a adoção de medidas
efetivas de
proteção e confinamento; e (ii)
uma massiva e acelerada campanha de
vacinação.
Como também escrevi
anteriormente, os efeitos da vacinação só
seriam percebidos – na melhor das
hipóteses – quando mais da
metade dos brasileiros tivesse sido
vacinada. (O que só será possível agora
no segundo semestre.) De
resto, devemos continuar tomando cuidado com
as armadilhas
mentais que
cercam a campanha de
vacinação. Três das quais seriam as
seguintes: (1)
a imunização individual não é
instantânea nem nos livra de
continuar adotando as medidas de proteção
social (e.g., distanciamento
espacial e uso de máscara); (2)
a imunização coletiva só será alcançada
depois que a maioria (> 75%)
da população tiver sido
vacinada; e (3)
a população brasileira é grande, de sorte
que a campanha irá
demorar vários meses (mais de
um ano, talvez).