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Reynaldo Ferreira comenta o
artigo de Aylê-Salassié F. Quintão: Moro e
Dallagnol alternativas para a tal de 3a via
De: Reynaldo
Ferreira
Date: ter., 9 de nov. de 2021
Subject: Lava Jato nas urnas
Repassando: A Operação Lava Jato vai às
urnas contra os corruptos da República. E o
esquema é forte, poderoso. Suas garras já
contaminam os alicerces das instituições
democráticas. O articulista Aylé-Salassié
Quintão aborda, no artigo, em anexo, a
questão, afirmando que pode ser essa a
oportunidade de um julgamento popular dos
denunciados e presos por corrupção, pela
Operação Lava Jato, a maioria inocentada
pelo Supremo Tribunal Federal. É verdade!...
Vamos à forra. Grato pela leitura. Moro vem
aí!... Deus é brasileiro. Ainda não
desistiu.
Reynaldo Domingos Ferreira
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Moro e Dallagnol alternativas para a
tal de
3a via
Aylê-Salassié F.
Quintão*
Quando os cínicos se
juntam: “
A Lava
Jato era um partido
político!..”.
Assusta, sim, as
possíveis
candidaturas às
eleições de 2022 do
ex-juiz Sérgio Moro,
do ex-procurador Deltan Dallagnol ou
do ex-chefe da
Procuradoria Geral
da República , Rodrigo
Janot. Pode ser a
oportunidade de
um julgamento
popular dos denunciados
e presos
por corrupção
pela Operação Lava
Jato, a maioria
inocentada pelo
Supremo Tribunal
Federal.
Não se tomou
conhecimento dos R
$12 bilhões
recuperados em
contas no exterior e
de montante igual perdido
em financiamentos
para países
reconhecidamente
inadimplentes como
Cuba, Venezuela,
Bolívia, Nicarágua
e alguns africanos
. O
Brasil foi feito de
bobo por Chávez e Fidel
.
Por aqui tudo se
assentou no
silêncio dos
inocentes.
A Lava Jato nas
urnas. Por extensão,
serviria para
testar também
a aprovação popular
do aparelhamento das
instituições que
configuram o Estado Brasileiro
e paralisa
o processo de
desenvolvimento.
Poderia levar a uma
revisão de
remodelação do Estado, tirando
do tapetão esses
fantasmas que insistem
em prometer
tudo, nunca a
moralidade pública -
“É fascista!” -
acusam, com a maior
e cínica
autoridade, os
personagens já
do Halloween . Por
aqui, a vergonha
perdeu o sentido
.
Nenhum
desses três
é político.
Fizeram belas carreiras
no Judiciário. Foi lá,
ao aprofundarem-se no estudo da compra
de votos no Congresso
Nacional (Mensalão), que
descobriram a máfia que
se apoderou das diversas
instâncias do Governo e,
por extensão,
dos cofres
públicos. Bom que
não sejam
mesmo políticos. Esse campo,
no Brasil de hoje,
não serve, infelizmente,
de aval para ninguém.
Estamos a um ano das
eleições. A corrida eleitoral
chama para
uma “terceira via,”
que mais
parece uma brincadeira Confia-se
na ausência
de memória e na
baixa politização dos brasileiros.
Esses
corajosos procuradores
do Ministério Público,
condutores da
maior investigação independente que já
teve neste País,
devem ter concluído
que tudo tem de
passar mesmo pelo
povo, essa
maioria que assiste
ignorada ao espetáculo
da ingovernabilidade,
protagonizado, sem
pudor, nos altos
escalões da política.
Em pleitos
anteriores,
investiu-se
nas alternativas
para uma
transformação social. Os
eleitos
seguiram outros
caminhos.
Ampararam-se no
modelo FHC
na economia,
na justiça social de
d. Ruth Cardoso, e tentou-se
repetir Getúlio na
política.
Os proselitismos retóricos
não guardavam, entretanto esses compromissos.
Pior, nas últimas
décadas manteve-se o
caminho aberto
para comportamentos inadequados e
experimentos
econômicos
duvidosos.
Externamente,
acabou-se por se
acomodar em papéis secundários
até na América
Latina.
O
respeito internacional
foi perdido
nos comportamentos levianos
ante Obama, Merkel,
Putin e
até de Xi Jinping. Tornaram quase
impossível olhar
para trás com boa
fé, sem
ver, distante,
essa cadeia de
conchavos externos
que quase quebrou o Brasil. Reunia
os Kirchner
(Argentina), Morales
(Bolívia),
Ortega (Nicarágua),
Rafael Correa(Equador), Olanta (Peru),
Fidel (Cuba), Chávez
e Maduro
(Venezuela), Lugo(Paraguai)
Lula e Dilma
(Brasil) e o que
parecia mais sensato
entres eles, o ex-guerrilheiro,
José Mujica,
do Uruguai. Os PIBs desses
países foram lá
embaixo, gerando
as sequelas que
aí estão com
a desqualificação
dos sistemas produtivos,
altos indicadores
de desempregos e uma
forte perda da
identidade. Quase se
acabou com o
Mercosul.
Em nome de
fantasiosas
organizações de
integração regionais
esses governantes
usaram e
abusaram dos
recursos gerados
tanto pelo Estado
quanto por
empreendedores
privados regionais
de sucesso, submetidos
a extorsões
indiretas. Os
negócios -
dinâmica da geração
de riquezas
, emprego
e captação de
divisas -
daqueles que
não quebraram
foram levados
à desativação.
É com
vergonha,
democrática, que se assiste
a Daniel Ortega
e sua
mulher, Rosario
Murillo,
chamada “familiarmente”
de “co-presidenta ”,
reconduzindo—se, artificiosamente,
pela terceira
vez, à chefia do Estado,
na Nicarágua,
sob um
quadro de forte
repressão e de uma
economia desmatelada. É
o segundo mais pobre
da América Latina.
Assisti in
loco à
ascensão do jovem
Ortega, falando em nome
da revolução
sandinista, contra
os governos das
famílias Somoza e
Chamorro, e
transformado hoje no dono
da Nicarágua,
certamente, também vulcões
e lagos
em torno de
Manágua. Chávez e
os Castros deixaram
discípulos.
O que
prolongou a existência
desses regimes, mal
configurados teórica
, ideológica
e economicamente, inclusive o
cubano, foi o processo
de repressão interno
explícito, e a
emigração que
expulsou
as oposições. Tentando
acompanhar o mesmo
compasso, o Brasil
chegou a ter sua quase
total desclassificação
na
economia internacional.
A Operação Lava
Jato, única
sinalização de
esperança para o
país nestes últimos
anos, vai às urnas
buscar a legitimidade
que a
casta do STF lhe
negou. Nas eleições
de 2022, os
brasileiros terão a
chance de aprovar, nas urnas,
a corrupção ou
condená-la em
definitivo. “We can”-
insistia Obama.
É
uma oportunidade
quase derradeira para
uma ruptura popular e
pacífica, centrada na
intenção de
desaparelhar o Estado e
a Sociedade dos
privilégios
oligarquizados e classistas. É preciso
remodelar esse
aparelho institucionalizado
na transgressão
e retirar
desse tapetão essas
figuras que empacam a
governabilidade. São os
cínicos e desrespeitosos. Moro
vem aí!..Não
sei se vai conseguir.
Mas, o povo pode ser
finalmente informado
de muita
coisa que foi empurrada
para debaixo dos tapetes.
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