Mostra XINGU 60 (Abre 01/12) - filmes raros
e atuais (de 1932 a 2021)
Online para todo Brasil e
gratuita,
De: Eliz
Ferreira - Atti Comunicação
Date: sex., 26 de nov. de 2021
A Mostra Ecofalante de Cinema preparou o especial Xingu 60 Anos, que marca as seis décadas de
existência do Parque Indígena do Xingu, com 31 filmes realizados de 1932 a 2021, assinadas
por Aurélio Michiles, Mari Corrêa, Maureen Bisilliat, Paula Gaitán, Vincent Carelli, Washington
Novaes, Jesco von Puttkamer, e uma nova geração de cineastas indígenas representada por
Takumã Kuikuro e Kamikia Kisêdjê.
A mostra acontece de 01 a 12 de dezembro, online e gratuita para todo Brasil
*Abertura- Dia 01/12, quarta-feira, com o premiado "Raoni" (1978), indicado ao Oscar de
melhor documentário (em sua versão norte-americana, com locução de Marlon Brando) e
que, na versão brasileira (com a voz de Paulo César Pereio), conquistou quatro premiações
no Festival de Gramado, incluindo a de melhor filme.
*Narrado por Orlando Villas-Bôas, o filme "Xingu/Terra" (1981), da fotógrafa/diretora
Maureen Bisilliat, retrata o cotidiano da aldeia indígena Mehinaku: Vencedor dos prêmios
de melhor fotografia e melhor técnico de som no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
*Até hoje inédito comercialmente no Brasil, "Uaka" (1988) documenta delicadamente
o universo e os movimentos de um dos rituais mais famosos dos povos indígenas
xinguanos, o Kuarup, obra de estreia na direção de longas da premiada diretora
Paula Gaitán, viúva do cineasta Glauber Rocha.
*Produções pioneiras como "Ao Redor do Brasil" (1932), do major Luiz Thomaz Reis,
acompanhando diferentes episódios do projeto militar-científico-civilizatório conhecido
como Comissão Rondon; "Kuarup", do fotógrafo e cineasta alemão Heinz Forthmann;
o diretor Jesco von Puttkamer, considerado um dos precursores da antropologia visual
no Brasil, a programação inclui três títulos do realizador, um deles inédito no Brasil:
"O Destino das Mulheres Amazonas" (1960, inédito no Brasil), sobre a lenda das
amazonas e como essas mulheres e seus costumes podem ter sobrevivido em outras
tribos da região.
Além dos filmes, a programação conta com importantíssimos debates com o objetivo
de conhecer e entender melhor o Parque Indígena do Xingu com participações
de André Villas-Bôas (antropólogo e secretário executivo do ISA - Instituto
Socioambiental), Maiware Kaiabi (líder do povo Kaiabi), Mekaron Txucarramãe (líder
Kayapó e primeiro indígena a se tornar diretor do PIX), Vincent Carelli (indigenista,
documentarista e fundador do projeto Vídeo nas Aldeias), Watatakalu Yawalapiti
(liderança das mulheres indígenas do Alto Xingu), entre outros.
Presskit com release, fotos e trailers: aqui
Seguem abaixo release e fotos anexadas.
ATTi Comunicação
Valéria Blanco
11.3729-1456 / 99105-0441
Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo – por meio da
Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e Ecofalante apresentam
XINGU 60 ANOS
MOSTRA DE FILMES MARCA
OS 60 ANOS DO
PARQUE INDÍGENA DO XINGU
*
de 1/12 a 12/12, evento acontece de forma online
e gratuita
* programação especial da Mostra Ecofalante de
Cinema traz 31 títulos realizados de 1932 a 2021
* obras assinadas por
Aurélio Michiles, Mari
Corrêa,
Maureen Bisilliat, Paula
Gaitán, Vincent Carelli e uma
nova geração
de cineastas indígenas
representada por Takumã Kuikuro e Kamikia
Kisêdjê
* produções pioneiras apresentam registros
realizados por Luiz Thomaz Reis, Heinz Forthmann,
Jesco
von Puttkamer e Noel Nutels
* abre o evento o longa "Raoni", indicado ao
Oscar de melhor documentário (em sua versão
norte-americana,
com locução de Marlon Brando) e que, na versão
brasileira (com a voz de Paulo César Pereio),
conquistou quatro premiações
no Festival de Gramado, incluindo a de melhor
filme
* uma série de debates complementam o cardápio
da mostra
De 1 a 12 de
dezembro, a
Mostra Ecofalante
de Cinema
promove a
programação especial
Xingu 60 Anos,
com 31 filmes
disponibilizados de forma online e gratuita.
O evento marca as seis décadas de
existência do Parque Indígena do Xingu, criado
em 1961
para garantir a sobrevivência,
melhores condições de vida e a posse da terra à
população indígena
da região e para preservar sua
cultura, seus hábitos e suas crenças. À época a
maior e
mais importante reserva indígena
brasileira, o parque foi uma iniciativa de
sertanistas liderados pelos
irmãos Villas-Bôas
–
Cláudio, Orlando e
Leonardo.
A programação traz curtas, médias
e longas-metragens, reunindo produções pioneiras
realizadas
a partir de 1932 até títulos
finalizados em 2021 e ainda inéditos.
Destacam-se obras
assinadas por cineastas consagrados – como
Aurélio Michiles,
Mari Corrêa,
Maureen Bisilliat, Paula Gaitán e
Vincent Carelli – ao lado de trabalhos recentes
de realizadores
indígenas originários da região
do Xingu, como Takumã Kuikuro, que estreia na
mostra dois novos
títulos, e Kamikia Kisêdjê.
Os filmes e demais atividades
podem ser acessados gratuitamente através do
site do evento
[https://www.ecofalante.org.br/],
sendo parceira a plataforma Cultura em Casa
[https://culturaemcasa.com.br/].
sobre os filmes
Coprodução entre a
França, Brasil e Bélgica,
"Raoni"
(1978) foi indicado ao Oscar de melhor
documentário (em sua versão
norte-americana, com locução de Marlon Brando).
Na versão
brasileira, com a voz de Paulo
César Pereio, conquistou quatro premiações no
Festival de
Gramado, incluindo a de melhor
filme. É esta a versão exibida na mostra. A obra
acompanha a luta do cacique Raoni
pela preservação do Parque Nacional do Xingu,
ameaçado por grileiros, caçadores
e madeireiras. O longa-metragem foi filmado
clandestinamente no Parque
Nacional do Xingu no princípio de 1975.
A direção é assinada pelo
cineasta e escritor belga Jean-Pierre Dutilleux
(de "Amazon
Forever" e "Une Histoire
Amazonienne") e pelo fotógrafo e montador
brasileiro Luiz Carlos
Saldanha. Na mostra, o filme é
exibido em cópia recentemente digitalizada em
resolução
4K, que oferece a
maior qualidade de imagem.
Da fotógrafa Maureen Bisilliat,
que foi parceira dos irmãos Villas-Bôas, a
programação
exibe
"Xingu/Terra"
(1981), um
retrato do
cotidiano de uma aldeia do grupo indígena
Mehinaku, no Alto Xingu,
contemplado com dupla premiação no Festival de
Brasília
do Cinema Brasileiro. Plantação,
pesca, cerâmica, a preparação da tinta de
urucum,
a modelagem da cerâmica
doméstica, o relacionamento entre pais e filhos
e o
cerimonial de casamento são
alguns dos aspectos abordados na obra. Inglesa
radicada
no Brasil, Bisilliat fez uma
série de viagens ao Xingu, tendo lançado em
1979, em
coautoria com os irmãos Cláudio e
Orlando Villas-Bôas, o livro "Xingu: Território
Tribal".
Segundo especialistas, ela
desenvolveu um dos mais sólidos trabalhos de
investigação fotográfica, focalizando temas como
os sertanejos e indígenas.
Em
"O Brasil Grande e
os Índios Gigantes"
(1995), o cineasta Aurélio Michiles (dos
longas-metragens "O Cineasta da
Selva" e "Tudo por Amor ao Cinema") narra a saga
da tribo Krenakarore (também
conhecidos como Panará) e retrata a violenta
mudança
no destino dos indígenas após seu
contato com os homens brancos. A obra inclui
depoimentos do antropólogo Darcy
Ribeiro e do economista Roberto Campos.
Participam ainda os sertanistas
Orlando e Cláudio Villas-Bôas, os primeiros
brancos
a entrarem em contato com os
Krenakarore. O filme é uma produção do ISA -
Instituto Socioambiental.
Até hoje inédito
comercialmente no Brasil,
"Uaka"
(1988) documenta delicadamente o universo e os
movimentos de um dos rituais mais
famosos dos povos indígenas xinguanos, o Kuarup.
Premiado no
Festival de Amiens (França), a
obra marcou a estreia na direção de
longas-metragens de Paula Gaitán,
realizadora homenageada em 2021
pela Mostra de Cinema de Tiradentes. Viúva do
cineasta Glauber
Rocha, Gaitán dirigiu longas como
"Diário de Sintra" e "Exilados do Vulcão" - este
último vencedor
do Festival de Brasília do Cinema
Brasileiro.
Dirigido por Daniel Solá Santiago
(de "Família Alcântara") e exibido no festival É
Tudo Verdade,
"Coração do
Brasil"
(2012) reúne três
integrantes da expedição que demarcou o centro
geográfico do Brasil em 1958 – o
explorador Sérgio Vahia de Abreu, o
documentarista Adrian
Cowell e o cacique Raoni. Eles
revisitam aldeias, reencontrando personagens e
verificando a condição
dos indígenas passados 50 anos da
criação do Parque Indígena do Xingu.
Curta-metragista e documentarista
premiado em festivais como Havana e Brasília, o
cineasta
Nilson Villas-Bôas
promove em
"O Último Kuarup
Branco"
(2008) uma reavaliação do Parque
Indígena do Xingu após 50 anos de
sua criação. Na obra, os indígenas mais velhos
ainda não
esqueceram as terras originais,
que deixaram para trás, e alguns querem voltar
às suas antigas
origens.
Estão presentes em
Xingu 60 Anos
obras pioneiras, assinadas por
Luiz Thomaz Reis,
Jesco von
Puttkamer e Heinz
Forthmann.
O documentário
silencioso
"Ao Redor do
Brasil",
de 1932,
reúne
os principais registros do major
Luiz Thomaz Reis (1878-1940) em suas incursões
pelo interior
das Regiões Norte e Centro-Oeste
do Brasil, entre 1924 e 1930, acompanhando
diferentes
episódios do projeto
militar-científico-civilizatório conhecido
como Comissão Rondon.
Fotógrafo e cineasta de origem
alemã, Heinz Forthmann (1915-1978) produziu uma
obra que
situa-se entre as mais
importantes do cinema etnográfico brasileiro.
Integrou a equipe de
Expedições do Serviço de Proteção
ao Índio (SPI) que, a partir de 1942, registrou
imagens
preciosas do interior do Brasil e
dos povos indígenas do país. Com destaque para
sua bela
fotografia em
cores,
"Kuarup",
filme que realizou em 1966 e integra a
programação,
documenta o ritual homônimo
dedicado aos mortos ilustres.
Considerado um dos precursores da
antropologia visual no Brasil, o cineasta e
fotógrafo
Jesco von Puttkamer (1919-1994)
dedicou grande parte da sua vida à produção de
um dos maiores acervos
audiovisuais existentes sobre os povos indígenas
brasileiros.
A programação
inclui três títulos do realizador, um deles
inédito no Brasil:
"O Destino
das Mulheres
Amazonas"
(1960, inédito no Brasil), sobre a lenda das
amazonas
e como essas mulheres e seus
costumes podem ter sobrevivido em outras tribos
da
região. Já
"Contato com uma
Tribo Hostil"
(1965) documenta os primeiros contatos
dos irmãos
Villas-Boas com os indígenas Txicão (Ikpeng) em
1965.
"Incidente no
Mato Grosso"
(1965), por sua vez, focaliza a transferência do
grupo indígena Kaiabi
para o Parque do
Xingu. Está programado ainda
"Bubula, o Cara
Vermelha"
(1999),
documentário sobre Jesco von
Puttkamer dirigido por Luiz Eduardo Jorge, que
narra sua trajetória histórica
durante quatro décadas e foi premiado no
Festival de
Brasília e no Cine-PE | Festival
Audiovisual (Recife), entre outros eventos.
Grande homenageado na terceira
edição da Mostra Ecofalante de Cinema, em
2014, Washington Novaes
(1934-2020) foi um jornalista que tratou com
especial
destaque os temas
de meio ambiente e culturas indígenas. Em
"Xingu - Terra
Ameaçada",
série de 2007, cujo primeiro episódio é exibido
na mostra, ele revisita
a região do Xingu, na qual havia
realizado outra série documental, "Xingu - Terra
Mágica", na década de 1980, e
encontra os mesmos grupos indígenas
anteriormente retratados, só que
agora sofrendo com a pressão do desenvolvimento
econômico.
Xingu 60 Anos
exibe seis produções do Vídeo nas Aldeias,
projeto criado em 1986
que utiliza recursos audiovisuais
para fortificar a identidade dos povos indígenas
e
sua cultura. O
grande destaque é
"Itão Kue-gü – As
Hiper Mulheres"
(2011),
dirigido por Carlos Fausto,
Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. A obra venceu o
Olhar de Cinema – Festival
Internacional de Curitiba, foi premiada no FICA
– Festival
Internacional de Cinema Ambiental
(Goiás) e nos festivais de Brasília e Gramado,
além de ter sido selecionado para
eventos internacionais prestigiosos, como os
festivais de Roterdã,
Bafici-Buenos Aires e World Cinema de Amsterdã.
O longa focaliza o maior ritual
feminino da região do Alto Xingu.
Também oriundos do
mesmo projeto são
"Kiarãsâ Yõ Sâty –
O Amendoim da
Cutia"
(2005, eleito melhor documentário na Jornada
Internacional de Cinema
da Bahia e no
forumdoc.bh
- Festival do Filme Documentário e Etnográfico
de
Belo Horizonte), de Paturi Panará
e Komoi Panará, sobre a colheita do
amendoim e o
cotidiano em uma aldeia Panará;
"Imbé
Gikegü – Cheiro de
Pequi"
(2006), de Takumã Kuikuro e Maricá Kuikuro, que
explica, com muito
humor, porque o
pequi tem cheiro forte, segundo a lenda Kuikuro;
e
"Kîsêdjê
ro Sujareni – Os
Kisêdjê Contam a Sua História"
(2011), de Kamikia
Kisêdjê e Whinti Suyá, reunindo
narrativas sobre os primeiros contatos com o
homem branco e a história recente
do povo Kîsêdjê.
Co Dirigido por Mari Corrêa – que
tem outros três filmes no evento – e Vincent
Carelli (dos
longas "Corumbiara" e "Martírio"),
"De Volta à Terra
Boa"
(2008)
narra a trajetória do grupo
indígena Panará, do desterro ao reencontro com
seu território original. A
narrativa parte do primeiro contato com o homem
branco, em 1973, passa pelo
exílio no Parque Indígena do Xingu e chega
até a luta e reconquista da posse
de suas terras. A produção venceu dois
prêmios na Mostra Internacional
do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro).
Da cineasta Mari Corrêa, a
programação apresenta outras três realizações.
"Pïrínop: Meu
Primeiro Contato"
(2007, codirigido com Karané Ikpeng) traz
as lembranças do primeiro contato
dos indígenas Ikpeng com o homem branco,
o exílio, a terra abandonada, o
desejo e a luta pelo retorno.
Já
"O Corpo e os
Espíritos"
(1996) relata o encontro entre duas visões
opostas da saúde, com médicos e
pajés tentando conciliar medicina moderna e
xamanismo. Por sua
vez,
"Para Onde Foram
as Andorinhas?"
(2015) alerta
sobre as mudanças climáticas e o
crescente calor, que prejudicam as árvores,
queimam a floresta, calam as
cigarras e estragam os frutos da roça. O filme,
co-realizado com o ISA, foi
exibido na Conferência do Clima em Paris (COP
21).
Também integra a
programação o filme "Yarang
Mamin"
(2019), uma correalização do
Instituto Catitu e do Instituto
Socioambiental (ISA) dirigida pelo cineasta
Kamatxi Ikpeng.
O documentário retrata o dia a
dia de mulheres que formaram um movimento para
coletar
sementes florestais, um trabalho
que possibilitou o plantio de cerca de 1 milhão
de árvores
nas bacias do Rio Xingu e
Araguaia.
Do cineasta Takumã Kuikuro,
codiretor de "Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres" e
"Imbé
Gikegü – Cheiro de Pequi", o
evento promove a estreia de dois trabalhos
inéditos.
"Kukuho – Canto
Vivo Wauja"
(2021) focaliza um músico, contador de histórias
e líder
da comunidade Waujá do Xingu que
tenta preservar e compartilhar a música
tradicional
do seu povo.
"Território Pequi"
(2021) mostra como o pequi se tornou símbolo de
vasto
patrimônio cultural e genético.
Membro da aldeia indígena Kuikuro e atualmente
vivendo
na aldeia Ipatse, no Parque
Indígena do Xingu, Takumã Kuikuro recebeu em
2017 o
prêmio honorário Bolsista da
Queen Mary University of London. Foi, em 2019, o
primeiro
jurado indígena do Festival de
Brasília do Cinema Brasileiro.
Outros três filmes são dirigidos
ou co-dirigidos pelo cineasta Kamikia Kisêdjê.
"A
Última Volta do Xingu"
(2015, de Kamikia
Kisêdjê e Wallace Nogueira) expõe os
arrasadores impactos
socioambientais da construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte
sobre os povos da Volta Grande do
rio Xingu. Vencedor de menção honrosa na Mostra
Ecofalante de
Cinema,
"Topawa"
(2019, de Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine) traz
depoimentos
de mulheres da Terra Indígena
Apyterewa sobre os primeiros contatos com os
homens brancos,
enquanto
confeccionam redes e cestas a partir da palmeira
de tucum.
"Wotko e Kokotxi,
Uma
História Tapayuna"
(2010, de Kamikia Kisêdjê) conta
a trágica história
do povo Tapayuna, que,
durante décadas, combateu a
invasão de suas terras. No final dos anos 1950,
com a intensificação
da exploração da borracha na
região, alguns brancos deram a eles carne
envenenada, fazendo
com que grande parte do grupo
morresse. O filme aborda também o ressurgimento
desse povo
Tapayuna, com narração por um
casal sobrevivente.
Já
"A
História da Cutia e do Macaco"
(2012) é assinado por mulheres cineastas
indígenas
–
Wisio Kayabi e
Coletivo das Cineastas Xinguanas. A obra é
baseada em uma história tradicional
do povo Kawaiweté.
A programação de
filmes completa-se com três títulos recentes.
"O Índio Cor de
Rosa Contra a
Fera Invisível: A
Peleja de Noel Nutels"
(2020), de Tiago Carvalho, reúne imagens
inéditas do
acervo do médico sanitarista Noel
Nutels (1913-1973), que percorreu o Brasil
tratando da
saúde de indígenas, ribeirinhos e
sertanejos, nunca deixando de registrar essas
experiências
com uma câmera de cinema.
Multipremiada, a obra foi vencedora do prêmio de
público de melhor
documentário, menção especial do
júri e prêmio dos estudantes no Festival de
Biarritz.
"Olhares Cruzados
– Parque Indígena do Xingu 50 Anos"
(2011), de João Pavese, tem
como fio condutor depoimentos de
indígenas e não indígenas sobre a história,
dilemas e
desafios da consagrada terra
indígena, situada no coração do Brasil. Já em
"O Segundo
Encontro"
(2019), a cineasta Veronique Ballot recupera os
passos de seu pai,
o repórter-fotográfico Henri
Ballot, que integrou a expedição dos irmãos
Villas-Bôas na qual
se deu o primeiro contato entre
homens brancos e indígenas Metuktire, no norte
de Mato Grosso.
sobre os debates
Com o objetivo de conhecer e
entender melhor o Parque Indígena do Xingu – em
que
circunstâncias ele foi criado, o
impacto da criação da primeira grande Terra
Indígena
demarcada pelo
governo federal e os desafios que enfrenta –
Xingu 60 Anos
organizou três debates.
debate 1:
Parque Indígena do
Xingu (PIX): Origens
- 2/12, quinta-feira, às 18h00
Com André Villas-Bôas
(antropólogo e secretário executivo do ISA -
Instituto Socioambiental),
Maiware Kaiabi (líder do povo
Kaiabi) e Mekaron Txucarramãe (líder Kayapó e
primeiro indígena a
se tornar diretor do PIX), com
mediação de Marina Kahn (presidente do Iepé
– Instituto de Pesquisa e
Formação Indígena).
O encontro pretende
contextualizar a decisão de criar o parque, o
momento histórico em que esse
projeto se concretizou e os
obstáculos que os seus idealizadores tiveram que
enfrentar.
debate 2:
Imagens do Xingu
- 3/12, sexta-feira, às 18h00
Com Carlos Fausto (antropólogo e
documentarista), Kamikia Kisêdjê (cineasta),
Takumã Kuikuro
(cineasta), Mari
Corrêa (cineasta,
fundadora e diretora do Instituto Catitu)
e Vincent Carelli (indigenista,
documentarista e fundador do
projeto Vídeo nas Aldeias), com mediação de
Flávia Guerra
(documentarista e jornalista
cultural).
O encontro promove uma conversa
sobre a representação audiovisual dos povos
indígenas da
região do Xingu, desde a
documentação dos cineastas – em sua maioria,
estrangeiros – que
acompanharam os irmãos
Villas-Bôas em suas expedições, até o recente
surgimento dos coletivos
indígenas de cinema e sua
apropriação do meio audiovisual e de sua própria
representação.
debate 3:
O Xingu Hoje
- 11/12, sábado, às 18h00
Com Douglas
Rodrigues (médico sanitarista,
do Departamento de
Medicina Preventiva da
Escola Paulista de
Medicina / Universidade Federal de São Paulo),
Ianukulá Kaiabi
Suyá
(presidente da
ATIX -
Associação Terra
Indígena Xingu),
Ivã Bocchini (indigenista do ISA -
Instituto
Socioambiental e
articulador dos
planos de gestão territorial - TIX),
Kátia Ono
(articuladora
comunitária e assessora técnica em manejo de
recursos naturais e fogo do ISA
- Instituto Socioambiental),
Sofia Mendonça (médica sanitarista e
coordenadora do Projeto
Xingu,
do
Departamento de
Medicina Preventiva, da Escola Paulista de
Medicina /
Universidade Federal de São
Paulo), Tapi Yawalapiti (professor,
ex-vice-presidente do
IPEAX - Instituto de Pesquisa
Etno Ambiental do Xingu ex-presidente do
Conselho Local de
Saúde Indígena do
Alto Xingu do Pólo Base Leonardo Villas Bôas e
liderança indígena)
e
Watatakalu Yawalapiti (liderança
das mulheres indígenas do Alto Xingu), com
mediação
de Biviany Rojas
(ISA - Instituto Socioambiental).
O debate coloca em
discussão
quais são as
condições atuais de vida e manutenção do
modo de vida dos povos indígenas
– o Parque Indígena do Xingu está cumprindo a
sua
função original? Como os povos
indígenas veem esse território hoje e a
possibilidade
de sua preservação diante dos
muitos desafios?
Xingu 60 Anos
é viabilizado através da Lei de Incentivo à
Cultura e do Programa de
Apoio à Cultura (ProAC). Tem
patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da
Spcine,
empresa pública de fomento ao
audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de
Cultura
de São Paulo. Conta com apoio da
White Martins, Valgroup e Itaú. É uma produção
da
Doc & Outras Coisas e coprodução
da Química Cultural. A realização é da
Ecofalante,
do Governo do Estado de São
Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e
Economia
Criativa, do Ministério do
Turismo e do Governo Federal.
Mais importante evento
audiovisual sul-americano dedicado às temáticas
socioambientais,
a
Mostra Ecofalante
de Cinema
realizou sua 10ª edição nos meses de agosto e
setembro últimos.
A iniciativa, da ONG
Ecofalante,
tem direção de Chico Guariba.
serviço:
Xingu 60 Anos
– programação especial da Mostra Ecofalante de
Cinema
de 01 a 12 de dezembro de 2021
online e gratuito
acesso aos filmes e demais
atividades pelos endereços
www.ecofalante.org.br
redes sociais
www.instagram.com/mostraecofalante
www.facebook.com/mostraecofalante
www.twitter.com/mostraeco
www.youtube.com/mostraecofalante
atendimento à Imprensa:
ATTi Comunicação e Ideias - Eliz Ferreira e
Valéria Blanco
(11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
DADOS SOBRE OS FILMES
*
"A
História da Cutia e do Macaco"
(Brasil, 2012, 12 min) – Wisio Kayabi e Coletivo
das Cineastas Xinguanas
Baseado em uma história tradicional do povo
Kawaiweté, é o primeiro filme realizado pelas
mulheres xinguanas que
participaram da Oficina de Formação Audiovisual
das Mulheres Indígenas, na aldeia Kwarujá, no
Parque Indígena do Xingu.
*
"A
Última Volta do Xingu"
(Brasil, 2015, 35 min) –
Kamikia Kisêdjê e Wallace Nogueira
Os indígenas Juruna e Arara expõem os
arrasadores impactos socioambientais da
construção da Usina Hidrelétrica de
Belo Monte sobre os povos da Volta Grande do rio
Xingu.
*
"Ao Redor do
Brasil"
(Brasil, 1932, 80 min) – Luiz Thomaz Reis
Major do exército brasileiro, Luiz Thomaz Reis
ficou conhecido como o 'cinegrafista de Rondon'.
Em Paris, na década de
2010, aprendeu a trabalhar com uma câmera de
filmar nos estúdios Pathé, onde adquire
equipamentos cinematográficos
levando-os para o Brasil. Este filme focaliza os
maiores rios da América, situados no Brasil –
como Amazonas, Araguaia,
Negro e Guaporé –, os sertões, exemplares da
fauna e flora, povos indígenas dessas regiões, e
as cidades das fronteiras,
como Tabatinga, Iquitos (no Peru), Rio Branco e
outras.
*
"Itão Kue-gü – As
Hiper Mulheres"
(Brasil, 2011, 80 min) – Carlos Fausto, Leonardo
Sette e Takumã
Kuikuro
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede
que seu sobrinho realize o 'Jamurikumalu', o
maior ritual feminino da
região do Alto Xingu, para que ela possa cantar
uma última vez. As mulheres do grupo começam os
ensaios enquanto
a única cantora que de fato sabe todas as
músicas se encontra gravemente doente. Vencedor
do prêmio de melhor
filme, prêmio da crítica e
prêmio do público no Olhar de Cinema – Festival
Internacional de Curitiba; prêmio do público
no FICA – Festival Internacional de Cinema
Ambiental (Goiás); melhor montagem e prêmio
especial do júri no Festival
de Gramado; melhor som no Festival de Brasília
do Cinema Brasileiro; melhor longa-metragem
documentário no
FestCine Goiânia e no Hollywood Brazilian Film
Festival; Prêmio Al Jazeera de melhor
documentário no Festival
Latino-Americano de Vancouver (Canadá);
selecionado para os festivais de Roterdã,
Bafici-Buenos Aires e World
Cinema de Amsterdã.
*
"Bubula, O Cara
Vermelha"
(Brasil, 1999, 28 min) – Luiz Eduardo Jorge
Sobre a filosofia e a metodologia do cineasta e
fotógrafo Jesco von Puttkamer, o documentário
propõe
uma revisitação de sua obra audiovisual,
rememorando sua experiência como fotógrafo ao
documentar
grupos indígenas do Brasil Central. Vencedor do
Prêmio Marco Antônio Guimarães, pelo melhor uso
de
material de pesquisa, no Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro; prêmio especial do júri no
Cine-PE |
Festival Audiovisual (Recife) e na Jornada
Internacional de Cinema da Bahia; Prêmio OCIC
(Organização Católica Internacional do Cinema)
no FICA – Festival Internacional de Cinema e
Vídeo
Ambiental (Goiás); Troféu Karajá na Jornada
Científica das Universidades Católicas do
Centro-Oeste.
* "Contato com uma
Tribo Hostil"
(Brasil/Reino Unido, 1967,
26 min)
–
Jesco von Puttkamer
Compõe a série de curtas documentários para o
programa da BBC "Travelers' Tales": este
episódio
documenta os primeiros contatos dos irmãos
Villas-Boas com os indígenas Txicão (Ikpeng) em
1965, incluindo cenas de seu cotidiano (banho no
rio, alimentação, armas, utensílios domésticos
etc.)
e suas reações diante do homem branco, como
troca de presentes e aprendizado das línguas.
*
"Coração do
Brasil"
(Brasil, 2012, 86 min) – Daniel Solá Santiago
Três participantes da expedição liderada pelos
irmãos Villas-Bôas que demarcou o centro
geográfico
do Brasil em 1958 – o explorador Sérgio Vahia de
Abreu, o documentarista Adrian Cowell e o
cacique
Raoni – revisitam aldeias, reencontrando
personagens e verificando a presente condição
dos indígenas.
Selecionado para o É Tudo Verdade – Festival
Internacional de Documentários.
*
"De Volta à Terra
Boa"
(Brasil, 2008, 21 min) –
Mari Corrêa e Vincent
Carelli
Homens e mulheres do grupo indígena Panará (ou
Krenakore) narram a trajetória de desterro e
reencontro de seu povo com seu território
original. A narrativa parte do primeiro contato
com o homem
branco, em 1973, passa pelo exílio no Parque
Indígena do Xingu e chega até a luta e
reconquista
da posse de suas terras. Vencedor do Prêmio TV
Brasil de melhor curta-metragem e Prêmio ABDeC
de melhor curta-metragem na Mostra Internacional
do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro).
*
"Imbé
Gikegü – Cheiro de Pequi"
(Brasil, 2006, 36 min) –
Takumã Kuikuro e Maricá
Kuikuro
O filme explica porque o pequi tem cheiro forte,
segundo a lenda Kuikuro, povo do Alto Xingu.
O enredo inclui traição, assassinato e romance.
Tudo com muito humor, já que o cheiro viria do
sexo
da mulher.
*
"Incidente
no Mato Grosso"
(Brasil/Reino Unido, 1965, 26 min)
–
Jesco von Puttkamer
Parte da série de documentários para o programa
da emissora britânica BBC "Travelers' Tales",
este episódio retrata a transferência do grupo
indígena Kaiabi para o Parque do Xingu. O filme
mostra as excursões para
resgatar indígenas em perigo de extinção
–
muitos fugindo de serem
mortos ou escravizados por
seringueiros
–, incluindo
um pajé como proativo no
resgate do seu povo.
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"Kiarãsâ Yõ Sâty –
O Amendoim da Cutia"
(Brasil, 2005, 51 min) –
Paturi Panará e Komoi Panará
O cotidiano da aldeia Panará na colheita do
amendoim, apresentado por um jovem professor,
uma
mulher pajé e o chefe da aldeia. Vencedor do
prêmio de melhor documentário em vídeo na
Jornada
Internacional de Cinema da Bahia e no
forumdoc.bh
- Festival do Filme Documentário e
Etnográfico de Belo Horizonte; menção honrosa na
Mostra Internacional do Filme Etnográfico
(Rio de Janeiro); melhor média-metragem
documentário no FICA – Festival Internacional de
Cinema
e Vídeo Ambiental (Goiás).
*
"Kîsêdjê ro
Sujareni – Os Kisêdjê Contam a Sua História"
(Brasil, 2011, 20 min) –
Kamikia Kisêdjê e Whinti Suyá
Enquanto os velhos da tribo narram os primeiros
contatos com o homem branco e sua relação com o
Parque Indígena do Xingu, Winty, liderança
jovem, apresenta a história recente do povo
Kîsêdjê.
Uma rara produção indígena que revisita o
passado através de imagens de arquivo, fazendo
uma releitura contundente da história de um dos
povos xinguanos.
*
"Kuarup"
(Brasil, 1966, 20 min)
–
Heinz Forthmann
XINGU 60 ANOS
MOSTRA DE FILMES MARCA OS 60
ANOS DO PARQUE INDÍGENA DO XINGU
*
de 1/12 a 12/12, evento acontece de forma online
e gratuita
Release:
https://docs.google.com/document/d/1a0mnbVq5vh8NW2LF0XKO7-aq_hKqdhUN/edit?usp=sharing&ouid=106539532743660097063&rtpof=true&sd=true
Fotos:
https://drive.google.com/drive/folders/1QfPD8rcDLyEhJkloHzufYSX6EjAcv0Cy?usp=sharing
Trailers:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1mo-WWa3ABXwHFuLnNh-FsHibsalilTxI0xtSs9ErZJw/edit#gid=0
20211128-08.pdf |