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								| Não sei o nome do terceiro 
 De: Reynaldo Domingos Ferreira
 Date: seg., 10 de jan. de 2022
 Subject: Não sei o nome do terceiro.
 
 Memórias, Memórias, Memórias
 
 Repassando: Uma foto de minha montagem, com os 
								atores, Lamar Lamounier, Orison Bernardes e 
								Jaime Ferreira, feita nos anos de 1950, no 
								Teatro de Bolso, já extinto, de Uberaba, da peça 
								" Os Cegos ", do dramaturgo belga, Michel de 
								Ghelderode ( 1898 - 1962 ), inspirada num quadro 
								do pintor, também belga, da região do Brabante, 
								Peter Brueghel ( 1564 - 1638 ), ilustra a 
								parábola, de que, se um cego dirige outro ( ou 
								outros ) cego, cairão os dois ( ou todos ), no 
								abismo.
 
 Na peça, três cegos peregrinos procuram, através 
								de longa, e inútil caminhada, numa região 
								pantanosa, perto de Bruxelas, chegar a Roma, 
								berço da cristandade, onde esperam conseguir do 
								Papa um milagre, o de voltarem a enxergar. 
								Avisados, entretanto, pelo caolho Lamprido de 
								que estão caminhando, em círculo, muito distante 
								de Roma e, além disso, perto de uma horrível 
								morte, eles não se deixam convencer de que a 
								única saída possível é a volta, acabam por se 
								precipitarem no pântano. A ideia vem de São 
								Mateus ( 15;14) : " Deixai-os: são cegos 
								conduzidos por cegos: se um cego conduz outro 
								cego, cairão ambos no abismo ".
 
 Nem é preciso dizer o quanto essa parábola 
								serve, como luva, para a triste e ameaçadora 
								realidade, em que estamos, no Brasil, desde que 
								se iniciou este malfadado Século XXI, sob o 
								domínio de três governantes, cada um pior que o 
								outro, preconizadores, todos eles, das grandes 
								tragédias, que se abatem sobre o país. E tudo 
								indica, pelo tendencioso noticiário da imprensa 
								brasileira, que os piores cegos - aqueles que 
								não querem ver -, acomodados entre direita e 
								esquerda, continuarão, neste ano eleitoral de
 2022, a nos empurrar para o precipício!... 
								Reynaldo Domingos Ferreira
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