A essência da devoção à
Sagrada Face é fazer aquilo que Santa
Teresa tantas vezes queria fazer, ao
meditar o sofrimento de Jesus no horto
das Oliveiras: enxugar
o sangue de seu rosto e consolá-lo.
Essa também é a essência da história de
Santa Verônica [1], cujo gesto amoroso
consolou Nosso Senhor enquanto Ele
estava sendo massacrado por seus
algozes. Embora o gesto de Verônica
pareça tão simples e insignificante, é
marcado por um amor que, teológica e
divinamente, é maior do que o ódio dos
seus algozes, pois provém da graça de
Deus.
A devoção à Sagrada Face
e o Brasil. —
Cem anos antes das revelações de Jesus à
Beata Maria Pierina, a irmã carmelita
Maria de São Pedro também recebera — em
Tours, na França — revelações privadas
acerca da devoção à Sagrada Face, às
quais teve acesso o venerável leigo Léon
Papin Dupont, que passou a divulgá-las.
Após muita perseguição, esse leigo
conseguiu, em 1876, a aprovação
eclesiástica da devoção à Sagrada Face
de Jesus, e criou as confrarias para
divulgá-la. Estas, por sua vez,
receberam o reconhecimento pontifício em
1885. E foi justo destas confrarias que
participaram todos os membros da família
de Santa Teresa do Menino Jesus e da
Sagrada Face, cujo nome de religiosa já
expressa sua vinculação à devoção [2].