Theresa Catharina de Góes Campos

     
Livros de haicai (abril/2022)

De: kakinet@
Date: qua., 6 de abr. de 2022
Subject: [Kigo-BR] Livros de haicai (abril/2022)

Haicaístas:

Confiram os últimos livros recebidos pelo Caqui:

O bambu balança (Felipe Moreno)

https://www.kakinet.com/cms/?p=3261


O enorme imbondeiro (Fernando Bunga)

https://www.kakinet.com/cms/?p=3281

ATENÇÃO: Não intermediamos vendas. Caso haja interesse no livro, comuniquem-se com os contatos indicados nos artigos.

Abraços,

Edson Iura

kakinet

www.kakinet.com
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“Felipe Moreno nasceu em São Paulo e vive em Florianópolis. Graduado em Comunicação Social, faz livros com as mãos pela editora Casatrês. Escreve fragmentos, miniensaios, crônicas, minicontos, aforismos, haicais e haibuns. Recebeu menção honrosa do Prêmio Maraã de Poesia 2019, pela coleção de haicais Disparates e Carinhos. ‘O Bambu Balança’ é sua segunda publicação”.

varal com lençol
cadeira de madeira
vidas sob o sol

devagar, sem afã
a borboleta divaga
pelo ar da manhã

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Do prefácio de Carlos Martins: “Certo dia recebi uma solicitação de entrada, na página de Facebook que administro, do atual confrade Fernando Manuel Bunga, de haigô (‘nome poético’, um costume da poesia japonesa) Mandioca. Desde então, despertou-me uma profunda admiração pelo haicaísta e seu trabalho — o que, certamente, não ocorre somente comigo. Fernando não mede esforços em aprender, em evoluir no conhecimento teórico e prático da poesia mínima de origem japonesa, o haicai, que mesmo ‘enganando’ quem a julga simples, por se apresentar em apenas três versos, requer muita dedicação e estudo para seu manejo e, tal síntese em tão poucos versos só é conseguida com horas e horas de estudo e prática. Desde o início, Fernando, paralelamente à avidez com que buscava textos ou informações em conversas sobre o haicai, produzia haicais cada vez mais singulares e com requinte técnico. Tal singularidade residia, entre outras características de seu estilo, em transitar nos dois lados do oceano, mediante a ponte do haicai: ora ele compunha como se fosse brasileiro, se valendo dos kigos (palavras que indicam a estação do ano em que foi composto o poema) adaptados à nossa realidade, ora nos apresentando à fauna, flora, relações pessoais e problemas sociais de sua amada pátria angolana que, também posso afirmar, muitos de nós que o lemos diariamente, também passamos a admirar mais.”

Amostras:

Libélula e a sombra
vão na mesma direção —
Manhã de sol

Área desminada —
Preparada pro cultivo
da mandioca
 

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