Atualidade do
Mito da Caverna - Nova Acrópole Lago Norte
De: Nova
Acrópole Lago Norte
Date: seg., 23 de mai. de 2022
Subject: A Atualidade do Mito da Caverna
“O ser humano
que está na caverna só conhece aquilo, não
sabe que está vendo sombras
projetadas no
fundo da caverna e acha que aquilo é a
realidade”.
O Mito da Caverna, trecho do
livro "A República", é o mito mais famoso de
Platão e inspirou diversos filmes como
Matrix, O Show de Truman e outros.
É uma obra que nos inspira a
refletir sobre o nosso papel, como
promotores das transformações necessárias
para que a Vida e todo esse conjunto de
aspectos possam ter propósitos válidos, ou
melhor dizendo, que possam cumprir com
seus Verdadeiros Sentidos.
Entendendo o Mito:
Na alegoria da caverna, os
homens estão acorrentados dentro dela, de
modo que somente podem olhar para a parede
situada no fundo. Próximo à entrada, há uma
fogueira, e entre ela e os homens existe uma
passarela ladeada por muro. Nessa passarela,
pessoas carregam sobre a cabeça esculturas
de todas as coisas do mundo, em silêncio ou
conversando.
Como o muro cobre as pessoas
que passam, a luz da fogueira projeta apenas
a sombra das esculturas na parede do fundo
da caverna, formando as únicas imagens
vistas pelas pessoas acorrentadas.
Dado que as pessoas nascem,
crescem e morrem nessa situação, essas
sombras são as únicas coisas que elas
enxergam, por isso acreditam que se trata da
única realidade existente.
Em consequência, a sua vida
se limita a identificar e a comentar as
diferentes imagens que se oferecem.
Posto isso, Platão passa a
explorar o que aconteceria se uma das
pessoas, de índole mais inquieta, olhando
para trás, pudesse libertar-se das
correntes, percebesse o clarão vermelho da
fogueira e, apesar das dificuldades,
conseguisse arrastar-se até a parte
superior.
Veria primeiro um grupo de
pessoas não totalmente imobilizadas,
responsáveis pela manutenção
da fogueira, pela programação do trabalho
dos carregadores, e entenderia que as
imagens projetadas na parede do fundo não
são a realidade, mas a projeção das
peças carregadas. De repente se daria conta
de como funcionavam as coisas na caverna,
mas não de que se tratava de uma caverna.
Então, diz Platão, após acostumar-se com a
claridade da fogueira, ele percebe um clarão
ainda mais forte, de uma luz amarelada.
Apesar do desconforto e da dor nos olhos que
aquela luz provoca, decide para lá
encaminhar-se e, ao ultrapassar o
umbral, vê-se diante da luminosidade intensa
e ofuscante do Sol, sendo forçado a fechar
os olhos. Mas logo descobre que pode
abri-los lentamente e aos poucos vai
descortinando: primeiro, vultos envoltos em
névoa; depois, paulatinamente, o contorno e
a forma de todas as coisas;
finalmente, as cores – a profusão e a beleza
das cores. Descobre toda a magnitude
da natureza planetária e à noite vê as
estrelas no firmamento. Finalmente, com os
olhos ajustados
à
luz matinal, consegue fitar o próprio Sol e
percebe que é ele, o Sol, o responsável pela
vida e pela natureza exuberante que o cerca.
Ele se dá conta de que vivera
numa caverna escura, sem cor, e, ao
lembrar-se dos amigos ainda presos lá
dentro, volta para libertá-los. Ao entrar na
caverna enfrenta a transição: precisa
acostumar novamente seus olhos à escuridão,
mas só o consegue em parte; nunca mais terá
a mesma eficiência de antes no escuro. Conta
aos amigos o que descobriu e convida-os a
sair, garantindo conhecer o caminho. Qual a
reação deles?- pergunta Platão. Criticam-no
porque perdeu visão e habilidades, porque
quer acabar com a felicidade que desfrutam
e, ainda por cima, por lhes fazer proposta
de passar por sofrimentos. Não demora a ser
tachado de louco ou a ser morto para que
deixe de importunar.
Esse, em resumo, é o relato
que Platão faz do mito da caverna.
Qual a semelhança deste mito
de Platão e nossa realidade atual? O que
podemos aprender do mito que nos auxilie a
entender nosso mundo? Será que estes homens
poderiam imaginar como é o mundo fora da
caverna, o mundo iluminado pela luz do sol?
O 'Mito da Caverna' sintetiza grande parte
dos ensinamentos de Platão sobre a sociedade
e como podemos nos libertar de nossas
amarras e ilusões, elevando-nos em direção à
Verdade e ao Bem.
Olhamos para o mundo, vemos
sua materialidade e acreditamos que ele se
reduza à materialidade observada. Por que
isso nos parece coerente? Porque a bagagem
que usamos para julgar e entender o mundo
nos diz que essa compreensão é adequada. O
nosso modo de pensar está confinado e
condicionado por paradigma e por seus
dispositivos, de sorte que a única maneira
de fazer uma verdadeira revolução no modo de
pensar é mudar de referencial.
No Mito da Caverna, Platão
nos fala da saga humana em busca da
sabedoria, saindo das sombras ilusórias para
ver o mundo real iluminado pela luz do sol.
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