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:: EFICÁCIA DA GINÁSTICA LABORAL
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A ginástica laboral é a combinação de atividades físicas do indivíduo no seu ambiente de trabalho, objetivando promover a saúde e a prevenção das possíveis doenças osteomusculares e ligamentares. Os objetivos são diminuir as situações de stress e os acidentes de trabalho, aumentando a produtividade e a melhora do bem-estar geral.

Todo programa de Ginástica Laboral dever ser desenvolvido após avaliação criteriosa de todos fatores do ambiente de trabalho, e individual dos trabalhadores. Por essa razão não existe um modelo de aplicação universal. Geralmente constam do Programa atividades de aquecimento (antes do início do trabalho), exercícios de alongamento (para equilibrar os músculos que ficam em posturas contraídas), relaxamento muscular (que, na realidade, atua no cérebro, para descontrair tensões emocionais), e micropausas (parar de realizar a atividade laborativa, em pequenas frações de tempo, durante a jornada de trabalho). Essas atividades evitam a fadiga crônica, os acidentes e as doenças. As atividades físicas laborais devem ser aplicadas todos os dias da semana, para que dê resultados. Também está incluído no programa de ginástica laboral, a construção de um espaço adequado na fábrica para que o trabalhador possa realizar exercícios, conforme a sua capacidade e vontade. A sofisticação maior se dá com a inclusão de piscinas e campos esportivos. A grande dificuldade é medir a eficácia desses programas para o rendimento da empresa, já que, pessoalmente, os resultados são bons nas primeiras etapas do processo.

R. Elbel e colaboradores, da Universidade de Utah, da cidade de Salt Lake, tentaram medir essa eficácia, aplicando, em 148 ferroviários, essa ginástica laboral, através da teoria cognitiva comportamental. Essa teoria explicada incialmente aos trabalhadores parte da premissa que deve-se entender o que vai ser realizado, e dá-se a oportunidade aos que não quiserem participar do experimento que desistam. A idéia é que as pessoas aprendam isso que vai ser ensinado, e que tentem mudar o seu comportamento para continuar a realizar essa atividade por toda a vida, mas, depois do término do experimento, somente 120 permaneceram até o final. O programa todo foi monitorizado por um programa estatístico, e provas periódicas. Observou-se a formação de 2 grupos: um que recebeu esses informes e mais um treinamento, grupo A, que foi comparado a um grupo de outros profissionais do escritório, com quem só foi feita a preleção. Depois de avaliar os 2 grupos, observou-se que, em termos de gasto de energia nas tarefas realizadas, nas atividades de todos os dias, e rotineiras houve um aumento, e não redução, de gasto de energia de 3% depois desse preparo, já a atenção com as posturas e desempenho no trabalho estava redobrada. Mas, nas atividades específicas de cada grupo, houve uma redução, não significativa de 5% no grupo A, e de 9%, no grupo B. Os desempenhos no trabalho melhorou no Grupo A (p < 0,002) e no grupo B (p < 0,004). O grupo A manteve essa melhoria com o tempo (p < 0,001). Observou-se que a título pessoal 54% do grupo A, e 24% do grupo B continuaram a realizar os exercícios ensinados com o passar do tempo. O grupo A mostrou-se com mais disposição, e eficácia para o trabalho.

Os autores concluem que esse tipo de atividade, uma espécie de ginástica laboral, tem uma eficiência adequada, porém às vezes difíceis de comprovar em termos estatísticos e preventivos. Fonte :: Work. 2003;21(3):199-210.)

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Sexta-feira, 20 de Maio de 2005
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