Aviões-radar são
peça-chave na Pampa 2005
Na
Operação Pampa 2005, do
Ministério da Defesa, os
aviões-radar são uma arma
importante na estratégia de
guerra. A base aérea de
Canoas, onde está localizado
o centro operacional do País
Azul, possui dois aviões
deste tipo: um R99B e um
R99A. “Poucos países no
mundo têm aviões como estes
[R99A], e o Brasil tem
cinco”, explicou o Ten. Cel.
Aviador Alcides Teixeira
Barbacovi, comandante do
2/6º grupo de aviação.
O R99A detecta aviões
e faz o controle de tráfegos
aéreos ilícitos ou
desconhecidos. Munido de um
radar acoplado à parte
superior da aeronave, tem
capacidade de detecção de
cerca de 500km, atuando com
mais eficiência em altitudes
em torno de 6km. O sensor
reproduz o alvo como um
ponto na tela do
controlador, tanto na
aeronave quanto na sala de
controle.
O R99B tem três
sensores: um à frente, um ao
meio e outro atrás, todos
localizados na parte
inferior da aeronave. O
primeiro possui
infra-vermelho termal, que
detecta imagens através da
emissão de calor dos corpos,
além de captar imagens
comuns ao olho humano. O do
meio, é um Radar de Abertura
Sintética (SAR), capaz de
atuar até através de
barreiras de nuvens, já que
produz as imagens através da
emissão de energia
eletromagnética, que chega
ao solo e é rebatida. Este é
um sensor ativo, ou seja,
produz a energia e a usa
para formar as imagens.
Atrás, o R99B possui um
sensor do tipo MSS, que,
além de possuir as
características do frontal,
produz imagens a partir da
energia do sol, ao ser
rebatida no solo, de forma
semelhante a um satélite.
Estes radares já
ajudaram a localizar
diversos aviões inimigos,
que foram abatidos
virtualmente durante a
Operação Pampa 2005. A Força
Aérea Brasileira (FAB) é um
exemplo não apenas na
capacidade técnica, mas
também no planejamento
estratégico, sendo um modelo
para outros países.
No Brasil, além dos cinco
R99A, há também três R99B,
que atuam, entre outras
funções, no sensoriamento
remoto da Amazônia.
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