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Assédio
Sofro o assédio da serenidade,
Meus tormentos me abandonam
E meus olhos já não represam mágoas.
O meu corpo, do qual já não dispunha
Quando seguia teu séquito de luzes,
Agora é meu ardente amigo.
Afastas como um cometa
Onde já não se definem mais contornos.
Estou feliz! Já não sigo inebriada a tua rota.
Tu, sol, já não aqueces meus dias.
Sentirei saudades da paixão.
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Solidão
Quero amar-te lentamente,
Em silêncio, sem paixão,
Ao som daquela melodia.
Depois do amor, o teu adormecer,
Com a cadência da Fuga predileta,
Emudece o meu corpo, desperta minha mente.
É minha alma agora que deseja a tua!
Sufoco o frêmito, crispo minhas mãos.
Fico, então, a sós com a solidão.
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