Theresa Catharina de Góes Campos

 

De: PR Newswire Brasil

Para: THERESA CATHARINA DE GÓES CAMPOS
Assunto: A grande noite de homenagem a Gonzaga Belluzzo
 28 de outubro de 2005 16:07 HORALOCAL

A grande noite de homenagem a Gonzaga Belluzzo

São Paulo, 28 de outubro de 2005 - A noite de quinta-feira, dia 27, não poderia ter sido mais agradável para o professor Luis Gonzaga Belluzzo. O auditório da Academia Paulista de Letras, no largo do Arouche, estava lotado de familiares, como sua mãe, e intelectuais e políticos do porte da escritora Lygia Fagundes Telles e do secretário municipal Aloísio Nunes Ferreira. Foram todos prestigiar a cerimônia de entrega a ele do prêmio “Intelectual do Ano 2005-Troféu Juca Pato”, concedido pela União Brasileira de Escritores (UBE), com apoio do jornal “Folha de S.Paulo”.

Levi Bucalem Ferrari, presidente da UBE, presidiu a sessão, tendo ao seu lado o jurista Ives Gandra Martins, presidente da APL; o jornalista Vinicius Motta, representando a Folha; o escritor Alberto da Costa e Silva, premiado do ano passado, e o emocionado Gonzaga Belluzzo, eleito pelo voto direto dado por outros escritores e autoridades culturais. Ele é professor do curso de Gestão do Esporte da Universidade São Marcos e da FACAMP.

Criado em 1962, por proposta de Marcos Rey, um dos fundadores e então vice-presidente da UBE, o prêmio é singular por ser o único no gênero no País. Foi criado pelo escritor Marcos Rey, juntamente com seu irmão Mário Donato, e leva o nome de “Juca Pato” em referência a uma personagem criada pelo jornalista Léllis Vieira e celebrizada em 1925 na caricatura feita pelo ilustrador Benedito Carneiro Bastos Barreto, o popular Belmonte.

Homem simples, de estatura baixa, óculos redondos e gravata borboleta, Juca Pato escondia por detrás da aparência um sujeito de pavio curto. Era uma espécie de porta-voz de algumas camadas médias da sociedade paulistana, conforme lembrou Levi Ferrari. “Irritava-se com os desmandos, a prepotência, o arbítrio dos governantes e poderosos em geral. Sob o lema “Poderia ser pior”, desfilava seus reclamos em coluna publicada na “Folha da Manhã”. Desde a primeira edição o Prêmio Intelectual do Ano visou a consagrar autores de estudos e reflexões sobre o País que comungam do mesmo espírito crítico”.

O professor Gonzaga Belluzo, que ganhou o troféu por seu livro “Ensaios sobre o Capitalismo do Século XX” (Unesp), é muito parecido com a personagem, por sua luta e impaciência com os enganos do poder, nas palavras de Alberto da Costa e Silva, seu antecessor. Em seu discurso de agradecimento, Luiz Gonzaga Belluzzo apresentou uma forte crítica à globalização da economia, citando várias vezes Keynes, seu autor predileto. Em sua visão, “a crise do Brasil não é feita da banalidade do mal, mas da maldade das banalidades”. Saudou, em especial, o economista João Manoel Cardoso de Melo, com quem criou a FACAMP, um antigo companheiro a quem considera um verdadeiro irmão; o jornalista Mino Carta, outro dileto amigo, que lhe abriu os caminhos do jornalismo; e à senhora Elza Resk, viúva do ex-vereador e deputado estadual Antonio Resk, recém falecido, que como vice-presidente da UBE formulou a candidatura de Gonzaga Belluzo para o prêmio. O outro candidato foi o jornalista Paulo Markun e a disputa foi acirrada.

“Meu apego ao passado se deve ao fato de que ele é um intrometido, está sempre presente”, disse ao final Luiz Gonzaga Belluzzo, lembrando frase similar de Ferreira Gullar que lhe foi dita por Luciane Miranda de Paula, vice-reitora da Universidade São Marcos, dois dias antes, em encontro casual que tiveram na Prefeitura. Na ocasião, o professor antecipou à vice-reitora: “você me deu uma bela idéia para meu discurso”.

Palmeirense roxo, Luiz Gonzaga Belluzzo dá aulas sobre a história do esportes no Curso de Gestão do Esporte da Escola do Esporte da Universidade São Marcos, que está prestes a realizar seu terceiro vestibular. José Luiz Portella, coordenador do curso, representou a São Marcos no evento, em companhia do jornalista Júlio Moreno, diretor de comunicação institucional. Presentes ainda o ex-reitor da USP Flávio Fava de Moraes; os economistas Frederico Mazuchelli, João Manoel Cardoso de Melo, Roberto Macedo e Luciano Coutinho; Guilherme Santos Mendes, da delegacia paulista da Receita Federal, representando o governo federal; o deputado Arnaldo Jardim; os jornalistas Audálio Dantas e Nirlando Beirão; Djalma Alegro, da OAB; os escritores Cláudio Wille, Fábio Lucas e Paulo Bonfim, o “principe dos poetas”, entre muitos outros. Enviaram cumprimentos o presidente Lula, o governador Alckmin, o vice-governador Lembro, o ex-arcebispo dom Arns e vários reitores de universidades paulistas.

BNED: NG

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