Theresa Catharina de Góes Campos

  POR  UMA  CIDADE  ACESSÍVEL  PARA  TODOS

De: JORNAIS
Data: Wed, 30 Nov 2005 14:01:19 -0200
Para: theresa.files@gmail.com
Assunto: POR UMA CIDADE ACESSÍVEL PARA TODOS

POR UMA CIDADE ACESSÍVEL PARA TODOS  

ATO PÚBLICO NA AVENIDA PAULISTA

 

Com o apoio de diversas ONG's, e da Comissão Permanente de Acessibilidade da Prefeitura do Município de São Paulo, o Movimento SuperAção programou seu próximo ato público na Avenida Paulista, no dia 03 de dezembro de 2005, Sábado, a partir das 10 horas da manhã.

 

O Movimento SuperAção foi criado por 2 jovens cadeirantes da cidade de São Paulo, Guilherme Rocha e Billy que decidiram lutar por uma cidade mais acessível.

Com o apoio da Rádio 89FM, de amigos e pessoas que abraçaram a causa, o Movimento SuperAção cresceu. Realizamos uma grande passeata em 2004 para comemorar o Dia Internacional do Deficiente, juntando em torno de 1000 pessoas na Avenida Paulista.
Esse ano, buscaremos mais gente. E ao mesmo tempo, buscaremos alertar o maior número de estabelecimentos na Cidade para a nossa realidade!
Precisamos de acesso! Precisamos que as leis sejam cumpridas!

 

O movimento é organizado por jovens cadeirantes com o apoio de organizações da sociedade civil e inclui, também, a produção de um documentário e uma campanha de rádio.

 

Uma cidade acessível para todos! Este é o sonho que uniu jovens portadores de deficiência, profissionais de comunicação e militantes de ONGs. Objetivo: chamar a atenção para um problema tão antigo quanto a cidade de São Paulo: a falta de acessibilidade.

 

Apesar de avanços conquistados recentemente, a metrópole ainda não garante o direito de ir e vir a muitos de seus moradores, principalmente os que dependem de cadeira de rodas.  Faltam ônibus adaptados, guias rebaixadas, banheiros públicos, vagas em estacionamentos para deficientes, além de locais e edificações com acessibilidade garantida, como teatros, cinemas, shoppings, bancos e terminais de ônibus.

 

O Movimento SuperAção surgiu para enfrentar o problema a partir de um intercâmbio de idéias entre grupos de jovens "cadeirantes" e integrantes da Rádio 89FM. O objetivo é exigir a continuidade dos ganhos conquistados com a implantação de uma política pública para garantir acessibilidade em toda a cidade. O movimento pretende fazer muito barulho para atingir este objetivo.

 

DOCUMENTÁRIO DE UMA EXPERIÊNCIA RADICAL 

 

Uma das ações idealizadas pelo Movimento é a produção de um documentário para mostrar as “aventuras” de um cadeirante em São Paulo. A personagem principal é a locutora Luka, que, durante uma semana, circulou numa cadeira de rodas para vivenciar essa dura realidade. Ela pôde sentir na pele o que significa andar de ônibus, ir a um show de rock; ver uma partida de futebol, circular por um shopping, andar numa calçada esburacada e até pegar uma praia. As imagens dos tombos da locutora da 89FM falam por si só.

 

CONSCIÊNCIA NO AR

 

A mobilização também conta com o apoio da 89FM – a Rádio Rock, que abre espaço em sua programação para uma campanha de esclarecimento. O objetivo é informar na linguagem jovem como é o dia-a-dia dos portadores de deficiência - pessoas que não encontram apenas dificuldades de acesso, mas que sofrem com o preconceito no trabalho, na escola, nas baladas e até entre a família. A rádio também investe na prevenção ao explicar como se pode evitar acidentes que possam causar lesões capazes de levar à perda da mobilidade.

 

ATO PÚBLICO NA AVENIDA PAULISTA

 

Com o apoio de diversas ONG's, da rádio 89 FM e da Comissão Permanente de Acessibilidade da Prefeitura do Município de São Paulo, o Movimento SuperAção programou seu próximo ato público na Avenida Paulista, no dia 03 de dezembro de 2005, Sábado, a partir das 10 horas da manhã.

 

Uma passeata de cadeirantes partirá da Praça Oswaldo Cruz em direção ao vão livre do Masp, onde estão previstas discussões em torno de um tema fundamental: a plena integração da pessoa portadora de deficiência na vida da cidade. Como foi em 2004.

O intuito é alertar a sociedade para a realidade da pessoa com deficiência com todos os seus direitos e deveres e cobrar o cumprimento da legislação. O Brasil é o país que mais têm leis que defendem o direto da pessoa com deficiência, mas ironicamente é o país que menos cumpre essas leis.

Vamos bater nessa tecla até alcançarmos o nosso objetivo.

 

Guilherme da Rocha, tetraplégico desde 2002 e um dos idealizadores do movimento, explica o sentido do ato: "Para as coisas mudarem, é preciso que o deficiente MOSTRE A SUA CARA.

Billy paraplégico desde 1998 devido à um acidente de moto, causado por uma viatura da Polícia Militar conduzida por um oficial com a carta de motorista vencida completa: “O progresso coletivo não será possível enquanto os direitos não forem para todos, sem distinção de raça, classe ou condições físicas e sociais".

 

SÃO PAULO – MAIS DE UM MILHÃO DE DEFICIENTES

 

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, ONU, cerca de 10% da população dos países em desenvolvimento é constituída por pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. A Organização Mundial da Saúde, OMS, calcula que esse número chegue a mais de 600 milhões de pessoas no planeta. No Brasil, segundo o Censo 2000 do IBGE, estima-se em quase 15% da população ou algo em torno de 25 milhões, e, só na cidade de São Paulo, mais de 1 milhão e meio de habitantes deficientes.

 

Durante décadas a grande maioria dessas pessoas foi colocada à margem da sociedade, confinada em instituições ou dentro de suas próprias casas. A partir dos anos 60 começaram a surgir os primeiros movimentos organizados de portadores de deficiência, que iniciaram a luta pelos seus direitos através de diversas associações. Desde então suas reivindicações foram sendo arduamente conquistadas e passaram a ser traduzidas em forma de leis. Hoje contamos com ampla legislação - nos âmbitos federal, estadual e municipal - que garante a essa expressiva parcela da população o direito de acesso ao trabalho, educação, esporte, saúde, lazer, cultura, reabilitação, transporte, habilitação etc, e que deve ser definitivamente cumprida e respeitada. 

Maiores informações: www.movimentosuperacao.com.br 

Contato: Claudia Leite: (11) 8127 0679 

 
 
 

Jornalismo com ética e solidariedade.