No campo da sintaxe,
ou seja, no sistema de
formulação de frases,
existem diferenças entre
Portugal e o Brasil, embora
se trate da mesma língua.
As construções frasais
portuguesas utilizam, como
usual, a preposição 'a'
antes do verbo no
infinitivo.
Observem o exemplo extraído
do romance Primo Basílio, do
escritor português Eça de
Queirós. Na fala de um dos
personagens, lê-se: "(...)
Estar a afligir a criança
com estudos!..."
Outra curiosa forma de
construção frasal, diversa
da sintaxe do português
no Brasil, embora
corretíssima, também é
normalmente encontrada em
Eça de Queirós.
Um dos personagens dialoga
com o outro: "(...) ouvira
que ele tinha ido para o
Brasil fugir aos
credores...". No
linguajar culto do Brasil,
escreveríamos ou mesmo
diríamos: "... ouvira que
ele tinha ido para o Brasil
fugir dos (de+os)
credores.".
A preposição usual,
utilizada no Brasil, nesse
tipo de frase, seria, sem
dúvida, 'de' e não 'a', como
no exemplo citado, de Eça de
Queiros: "(...) fugir aos
credores...".
Na próxima resenha, vamos
saber e interagir com uma
pequena série de
vocabulário; será
apresentada uma série de
múltipla escolha, ao
estilo do Show do Milhão, a
exemplo da palavra
mandrionas. Mas o que
será mandrionas?
Aguarde.
"Morre lentamente/
Quem não viaja,/
Quem não lê,/
Quem não ouve música,/
Quem não encontra graça em
si mesmo."
(Pablo Neruda) |